Salve palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir o empate do Palmeiras ante a Chapecoense pelo placar de 0x0, em jogo disputado no Allianz Parque pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro de 2018. Um jogo que ficou devendo no aspecto técnico, mexidas um pouco estabanadas de Roger Machado, árbitro que apitou "demais" e se complicou, mas claro, não se pode ter memória curta. Primeiro, vamos ao jogo, avaliação e depois ao fato do "apitou demais".

Palmeiras foi a campo com Weverton, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Thiago Martins, Diogo Barbosa, Felipe Melo, Moisés, Lucas Lima, Dudu, Keno e Borja. Não demorou muito e o Palmeiras teve um gol bem anulado de Borja, que estava à frente da linha de marcação da Chapecoense. Minutos mais tarde, foi o time de Santa Catarina que teve um gol anulado: bola cruzada na área do Palmeiras, desvio de cabeça no ataque e a bola sobrou para Rafael Thyere que empurrou para as redes; por muito pouco não estava em posição legal, mas o bandeira acertou. Felipe Melo sofreu tranco nas costas dentro da área e o juiz nada marcou (será comentado sobre o "apitou demais"). Palmeiras voltou a buscar o ataque com Dudu, mas não finalizou bem. Borja então, conseguiu perder mais um gol embaixo da trave, mandando a bola por cima. Quando não foi a imprecisão do ataque alviverde, Jandrei, goleiro da Chape, apareceu para salvar uma cabeçada no cantinho direito.

Veio a segunda etapa e Roger se viu forçado a mexer no time logo depois da saída de bola: Felipe Melo sentiu desconforto e deu lugar a Thiago Santos. Fato que o Palmeiras criou pouquíssimas oportunidades de gol no começo da segunda etapa. Na verdade, até o meio da segunda etapa; o primeiro chute a gol foi dado por Dudu aos 21 minutos, mas Jandrei estava lá mais uma vez para fazer a defesa. Em outro lance bizarro na partida, cruzamento na área, a bola sobrou para Thiago Santos que finalizou mal, dando chances para a defesa catarinense afastar a bola. Roger mexeu mais uma vez, sacando Borja para a entrada de Deyverson. O atacante recém entrado tentou algumas jogadas pelo chão, mas não funcionou. A última cartada foi a entrada de Willian no lugar de Lucas Lima para dar aquela última movimentada no ataque. Até que funcionou, já que nos últimos 7 minutos de jogo, o Palmeiras finalizou 4 vezes; Dudu, Marcos Rocha em cruzamento perigoso, Keno e um gol anulado de Antônio Carlos (será comentado ainda! Fique conosco!). Fim de papo.

Primeiro, vamos falar da parte técnica do jogo. Palmeiras abaixo do que jogou na quarta feira, compreensível por questões físicas, mas poderia ter tentado mais. Lucas Lima mais uma vez muito sobrecarregado na criação, tendo que buscar a bola praticamente quase sempre na defesa. Quem teve que fazer esse papel muitas vezes hoje foi Dudu, principalmente para desafogar a saída pelas laterais. Moisés cadenciou bem a bola pelo meio, mas contou muito com uma tarde pouco feliz de Keno que, por mais que tenha ido bem no fantasy game, errou quase tudo que tentou. Defesa por outro lado, não sofreu nenhum risco. O ataque ficou muito estático na frente; pouca movimentação, Borja não puxou a marcação adversária para abrir espaços para Dudu, Keno, chegadas de Moisés, Lucas Lima, etc. Os meias e volantes pegavam a bola e não conseguiam encontrar alguém para toca-la. Em resumo, o ataque do Palmeiras não conseguiu tirar a defesa da Chapecoense de sua zona de conforto.

Baseado nestas últimas linhas, é possível concluir que as mexidas de Roger Machado foram ruins. Até que é aceitável colocar Thiago Santos no lugar de Felipe Melo, mas as demais não dão para entender. Tendo em vista que o time estava pouco movimentado na frente, Willian tinha que ser peça de substituição no lugar de Borja para tentar alguma coisa, uma movimentação a mais, etc. Caso continuasse dando errado, aí sim colocaria o Deyverson para tentar aquela última cartada com um homem de referência, inclusive para aproveitar melhor a movimentação dos pontas, laterais, que foi o que acabou acontecendo nos 7 minutos finais da partida. Em resumo, faltou movimentação no ataque e mexer melhor na equipe.

"Apitar demais", mas por favor, sem memória curta


Bom, agora vamos comentar as polêmicas da arbitragem. Primeiro tempo, dois gols impedidos bem anulados, um para cada time. Mas o árbitro Igor Benevenuto simplesmente apitava qualquer contato, encosto, tranco, etc. Para todos os lados. Aí que entra o "cuidado ao apitar demais", pois se esse era o critério adotado na partida, um pênalti em cima de Felipe Melo deveria ter sido marcado. 

Mas esse não foi o lance capital. A foto acima mostra o lance do gol mal anulado de Antônio Carlos, após receber cruzamento. Reparem que o pé do zagueiro da Chapecoense está na frente do zagueiro palestrino, que empurrou a bola para as redes de cabeça. Lance difícil que realmente está sujeito ao erro humano, assim como foram os lances de semana passada de Palmeiras x Internacional. Vários jogadores do Palmeiras saíram de campo falando de "sempre prejudicam a gente", mas semana passada nós fomos beneficiados. Nesse caso, o erro faz parte e suas reclamações foram compreensíveis, porém, inválidas.

Apenas são válidas em relação à mídia que vive de audiência. Time que vence na Argentina com gol impedido ganha manchetes de "na raça", etc. Quando o Palmeiras ganha com erro de juiz, isso vira o destaque do jogo, da reportagem, do assunto principal e o erro parece que deixa de ser humano. Neste caso, a reclamação é válida. O erro de árbitro de hoje diante da Chapecoense foi humano, assim como o erro diante do Internacional. Mas obviamente, as abordagens com certeza serão diferentes. Disto os jogadores podem sim (mas não devem) reclamar.
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Leonardo Paioli Carrazza

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