Amigos! Chegamos ao último amistoso, o último compromisso da Seleção Brasileira antes da convocação final no início de maio para a Copa da Rússia, o reencontro do nosso time contra a Alemanha em se tratando de seleção principal desde o fatídico 7 x 1, claro que é prudente não se falar em revanche, mas também é evidente que um resultado de vitória seria importante para a confiança do grupo e para a preparação em si, mesmo sendo diante de uma Alemanha um tanto desfalcada e diferente daquela que nos venceu daquela maneira há quatro anos.


Uma etapa inicial bastante travada, estudada, apesar da qualidade das equipes não era mesmo de se esperar um jogo extremamente aberto, amistoso é só a alcunha, o jogo é encarado com seriedade e com isso, as equipes se estudam e se marcam muito mais e de uma forma muito mais eficiente. O jogo teve um início onde a Alemanha começou tocando a bola com o Brasil marcando pressão, com o passar do tempo a Alemanha passou a explorar o lado direito da defesa em cima de Dani Alves, com as descidas do lateral Plattenhardt. 

Porém, do meio pra frente da etapa inicial o Brasil se soltou mais, com isso aos 36 minutos Gabriel Jesus fez tudo certo, mas finalizou pra cima, no lance seguinte a jogada pela direita com Willian, cruzamento perfeito que encontrou o ex-Palmeiras que testou firme para vencer Trapp que defendeu com a bola já dentro, sem outras grandes chances, o Brasil foi pro intervalo com o resultado de vitória parcial.


Mostrando personalidade, o Brasil seguiu postado no campo de ataque adversário na etapa final, marcando pressão e criou a primeira grande chance na finalização de Paulinho, chegou bem pouco depois também com Coutinho, o time tinha o controle do jogo. A Alemanha mexeu no time e cresceu na partida, mesmo sem chances claras de gol, o Brasil foi quem chegou de forma mais efetiva novamente com Jesus.

A Alemanha cresceu na etapa final com as mudanças, tentando não perder a partida, com isso o Brasil já com Douglas Costa tinha a possibilidade de explorar os contragolpes. A Alemanha assustou muito mais nas bolas aéreas, teve o controle do jogo, mas não exigiu grandes defesas de Alisson, a tal da história do "saber sofrer" valeu nesta partida.


Vejam, todas aquelas experimentações de Tite na convocação só ele sabe se tiveram algum êxito, ele acompanhou nos treinamentos nomes como Taison, Anderson Talisca, Ismaily e Willian José e pode ter com isso tirado conclusões, mas não dá pra cravar, jogos onde o time jogou como valessem três pontos, impediram a visualização no campo, em larga escala destes jogadores, cujo Tite pode inclusive ter outras opções em pouco mais de um mês para a convocação final. Há uma crítica a por exemplo se fazer apenas uma substituição em um jogo como este, mas, as observações vão muito além de alguns minutos de jogo, há que confiar em Tite, apesar da demonstração de alguma indecisão em relação as últimas vagas.

Um capitulo em particular é a lateral esquerda, onde muito provavelmente Filipe Luís ficará fora da Copa, Alex Sandro (Juveestava lesionado e foi cortado e se testou Ismaily, que foi alvo de muitas críticas, eu conheço o jogador, não tanto das atuações do Shakhtar, mas de sua passagem pelo futebol Português, no Braga, onde demonstrou muita qualidade, é um jogador também de boa chegada na frente e que tem a bola parada como uma de suas armas. Ainda assim, vejo Alex Sandro, o também lesionado Alex Telles (Porto) além do ex-Flamengo Jorge, hoje no Mônaco, a sua frente, vejamos com quem Tite poderá contar e o que vai fazer, é difícil falar em jogadores que atuam em Portugal, há um estigma de que a liga é um tanto mais fraca que as quatro principais do continente, mas o jogador do Porto tem minha preferência, pela letalidade da bola parada, chegada na frente, mas a decisão é de Tite.

Seria tolice crer em um jogo que oferecesse grande espetáculo, mesmo se a Alemanha estivesse completa, é um jogo encarado com muita seriedade, muito estudo, é um jogo como fosse de Copa, não a toa a própria Alemanha vinha de um empate em 1 x 1 com a Espanha. O Brasil se portou bem, aproveitou a grande chance que teve e fez, soube agir taticamente a cada momento que o jogo apresentava, marcou alto quando necessário, trabalhou bem quando presente no ataque, já quando a Alemanha atrás no placar se lançou ao ataque, protegeu bem as linhas e levou perigo no contragolpe, nas bolas aéreas a defesa se mostrou também bastante segura.

A indicação é de que Thiago Silva pela estatura alcance a titularidade, minha zaga seria Miranda e Geromel pois ser ótimo não basta, há que ter equilíbrio emocional, força em jogos decisivos e não só em seleção, isso falta a Thiago, mas não sabemos nem se Geromel será convocado, o buraco é mais embaixo. Mas na avaliação geral, foi um bom jogo, um jogo onde como dito, taticamente o time teve resposta pra tudo que o adversário ofereceu, não pode haver empolgação, mas o time está bem, está credenciado no primeiro escalão junto a própria Alemanha e a França a lutar pelo título, mas não é franca favorita como uns creem ou querem crer, o caminho está certo, mas é muito longo e muito desafiador.



Curta nossa página: Jovens Cronistas! (Clique)



Foto: AFP. 


Compartilhe:

Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours