Bem amigos! Eu tenho por questões de tempo e pela condução brilhante do companheiro Claudio Porto deixado um tanto este espaço de Editorial do nosso projeto, apesar de coordenar a equipe. Mas chegou o momento de nos manifestarmos sobre este tema, o racismo e consequente demissão do renomado jornalista William Waack da TV Globo e como eu, que respondo pelo projeto (e por quaisquer consequências de qualquer texto aqui publicado) tenho este dever de fazê-lo, por pormenores sérios que este texto possa trazer. Antes de mais nada quero deixar muito claro, Jovens Cronistas é FAVORÁVEL institucionalmente à demissão do jornalista, por crer que sua conduta preconceituosa é inaceitável e não condiz com o que se espera de um formador de opinião, um ente informativo e aglutinador da sociedade que é o que representa um âncora com tanto alcance como ele. Mas como dito, há alguns questionamentos muito sérios a serem feitos em relação a como se deu essa decisão de afastamento definitivo da emissora.


O primeiro ponto é deixar muito claro, o incidente racista envolvendo o jornalista ocorreu no pleito presidencial dos EUA em 2016 e só foi vazado (porque Waack coleciona inúmeros desafetos na emissora por sua postura centrista e arrogante) em Novembro deste ano, exatamente quando a infeliz fala completou exato um ano, ou seja, com a alta cúpula do jornalismo (no mínimo) da emissora sabendo do comentário (afinal, o material bruto passa pela ilha de edição, enfim) o jornalista foi mantido impávido e colosso em sua bancada do Jornal da Globo e em seu estúdio do GloboNews Painel, na GloboNews, sem qualquer reprimenda, sem que qualquer questionamento fosse levantado, curioso não?

Isso deixa claro a qualquer um que pense, que a decisão tomada pelas Organizações Globo de demitir o jornalista não foi tomada em nome do que diz o seu comunicado oficial: "A TV Globo repudia o racismo em todas as suas formas e manifestações". Será mesmo? Então por que a própria cobertura ao vivo da eleição, onde sem dúvidas o diretor de jornalismo via (ou teve acesso depois) o link ao vivo e que é autor de um livro coincidentemente (coincidência um tanto mórbida) intitulado "Não somos racistas", não ocasionou o afastamento e consequente demissão de Waack? Isto veio um ano depois e jamais viria, não fosse vazado o vídeo e certamente o apresentador lá continuaria, reprimindo suas colegas de emissora e tecendo comentários de duplo sentido, centristas e preconceituosos. Aliás, só ficamos sabendo disso porque Diego Rocha Pereira, que no dia 8 de Novembro passado vazou o comentário, foi demitido no começo do ano, caso o profissional ainda estivesse na emissora, o caso jamais viria á tona.


Portanto, essa lacração, essa visão progressista que as Organizações Globo tentam passar em algumas atrações e nessa decisão não passam de estratégias de atração de público. A verdadeira faceta deles é a mesma de sempre, da emissora que apoiou a Ditadura Militar e que tem um padrão longe de ser inclusivo. Sobre Waack, o caminho para ele está aberto por Sílvio Santos para que ele assine com o SBT, imaginem juntos Sherazade e Waack, "que dupla". Aliás, ao contrário do que dizem os comunicados da Globo, o jornalista não demonstrou em nenhum momento arrependimento pelo que disse, ao contrário, cobrou a Globo pela recontratação do "vazador" (outra atitude pra dizer que "lacrou") e por não ter se preocupado em "preservar sua imagem" ou seja, mascarar a mesquinhez do que SEMPRE FEZ fora do Ar e do que muitas vezes indiretamente ou quase diretamente fez no Ar. O caminho (infelizmente) para o jornalista deveria ser o ostracismo, pelo peso de seu ato, mas tudo indica que ele seguirá influenciando pessoas e que talvez até ganhe uma ação na "justiça" por danos morais, este é o "inclusivo" Brasil.



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Imagens: Reprodução YouTube e Instagram. 


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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