Surpresa ou reflexo de um bom planejamento?
O jogo mais esperado da repescagem europeia em busca da vaga na Copa do Mundo de 2018 foi com certeza o jogo mais disputado dessas eliminatórias. Também como esperado, Suécia e Itália fizeram dois jogos de muita marcação e com emoção até os últimos minutos possíveis com disputa intensa, altas e poucos gols. Jogando em casa no jogo de ida, a Suécia venceu por 1 a 0, na Friends Arena, em Estocolmo dando a vantagem do empate para o jogo de volta em Milão.

O empate no jogo de volta por 0 a 0 em Milão veio com um esforço muito grande dos suecos para não sucumbirem diante da pressão da tetra campeã do mundo e das 72 mil pessoas no estádio em San Siro. Muitos suecos não acreditaram na classificação, especialmente porque a Suécia ficou no mesmo grupo de França e Holanda na primeira fase e sem o seu principal nome Ibrahimovic, pareciam que as coisas iriam se desandar para a Seleção Sueca após duas ausências em mundial e os fracassos nas últimas três Eurocopas sendo três quedas consecutivas na primeira fase. Mas o time mostrou tamanha evolução nas mãos de Jan Andersson que assumiu a equipe na temporada passada com a missão de dar aos Suecos novos ares em sua história. A Suécia na primeira fase superou os decadentes holandeses, conseguiu uma vitória diante da fortíssima França e o segundo lugar do A, depois foi preciso superar a Itália, quatro vezes campeã do mundo.

Muito disso vem do bom sistema defensivo liderado por Granqvist, zagueiro e capitão da Suécia após a era Ibrahimovic, ao todo nas eliminatórias foram 9 gols sofridos, mas muito além disso, Granvqvist lembrou da promessa que fez de raspar sua cabeça em forma de comemoração pela histórica classificação de seu país. Granqvist vai liderar a seleção sueca na Rússia. E começara a conhecer o seu destino no dia primeiro de dezembro, quando definirá os grupos da Copa de 2018. O Zagueiro terá a chance de jogar uma Copa do Mundo,algo que parecia difícil, mas aconteceu, outra expectativa é a reintegração de Ibra a seleção Sueca, mas isso é outra história.


Passeio Inesperado
Dinamarca e Irlanda fizeram um primeiro jogo uma troca de solidez defensivas garantindo que o placar não fosse inalterado em nenhuma de ambas as partes em Copenhague, no entanto o que vimos foi uma Dinamarca completamente ofensiva e de fato era de se esperar, jogando diante de sua torcida a equipe obteve 70% de posse de bola e ocupou o campo ofensivo quase o jogo inteiro. A boa proposta do técnico da Irlanda Martin O'Neill e as boas defesas do goleiro Randolph garantiram o empate em 0 a 0, precisando apenas de uma vitória simples diante de sua torcida para voltar a uma Copa do Mundo após 16 anos desde sua última participação em 2002.

Veio o jogo de volta diante de um lotado Aviva Stadium e o brilho de esperanças nos olhos dos Irlandeses desceriam em forma de lagrimas de tristeza sobre o que estaria por vir na noite de hoje. Se alguém esperava um jogo amarrado, como foi a ida, se enganou. Muito porque a Irlanda nos primeiros minutos. Aos cinco já em uma bola parada, Nicolai Jorgensen falhou na tentativa de afastar o perigo dentro da área e permitiu que Duffy abrisse o placar.

A desvantagem impulsionou a Dinamarca ao ataque, mas parecia que Randolph iria ter a noite da sua vida e um dos heróis no empate em Copenhague defendeu duas excelentes chances criadas pelos Dinamarqueses. Veio a virada três minutos depois com Christie (29'), Eriksen (63',73') e Bendtner nos minutos finais. E claro, como não mencionar e falar o que foi Christian Eriksen na maior goleada da história da repescagem, a principal estrela do time. O camisa 10, que já havia anotado seis gols em seus primeiros jogos, soma 15 em suas últimas 15 aparições. nas eliminatórias foram 10 gols, passando em branco em apenas duas de nove partidas. Sem dúvidas,o meia eleva seu status para a Copa do Mundo na Rússia como o principal craque do time, algo que se cobravam de Eriksen por desaparecer em algumas partidas, pelo que apresenta no Tottenham e pela maturidade dentro de campo, Eriksen tem tudo para fazer mais história ainda pelo seu país.


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Gustavo Araujo

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