Depois de um papo muito interessante com Felipe Nigri na semana passada, dou adeus ao Tennessee e parto direto para Arlinghton, no Texas. No Papo na Tailgate dessa semana, conversei com Bruna Cancherini. Mineira, do sul de Minas Gerais, a estudante de 19 anos é torcedora do Dallas Cowboys. 

Por que Dallas Cowboys? 
Gosto de pensar que foi um time escolhido com o coração, porque a primeira vez que assisti a um jogo dos Cowboys foi em 2013, com aquele time sofrível. Mesmo assim, decidi que aquele seria o meu. Hahaha. Combina bastante comigo, já que sou uma caipirona 

Como foi que você começou a torcer? Por que estava assistindo ao jogo naquele dia? 
Creio que não teve um motivo específico, só esse sentimento de que aquele deveria ser o time que torceria. Não foi nem o meu primeiro jogo de futebol americano a que eu tinha assistido. Estava assistindo àquele jogo de final de temporada porque tinha começado a acompanhar o futebol internacional e explorar novos esportes. Sempre tive esse interesse em entender o futebol americano e sou muito feliz por ter deixado esse esporte entrar na minha vida. Atualmente, é quase uma necessidade básica para minha sobrevivência. Hahahaha. 

Se considera uma apaixonada pelo Dallas Cowboys? 
Sim! Meu amor pelos Cowboys é bem intenso, ao nível de influenciar meu humor pela semana. Já fiquei imensamente feliz e também já chorei, porque me envolvo demais e tenho aquela pitadinha essencial de péssima perdedora. 

Qual foi o momento mais feliz dessa sua vida de torcedora? 
Tenho várias memórias boas, mas uma em especial foi o Wild Card Weekend de 2014, em que os Cowboys ganharam dos Lions. Talvez o fato do meu ex-namorado ser torcedor dos Lions tenha influenciado um pouquinho. Tomei três litros de água naquele dia, por nervosismo. 

E a memória mais triste? 
Definitivamente o jogo depois desse: a derrota para o Green Bay Packers. A questão polêmica da recepção do Dez Bryant ainda é um debate frequente na minha linha de tempo e uma cena que nunca vou esquecer. 

O que está achando da temporada? Até onde os Cowboys vão? 
É triste como a inconsistência da defesa ainda afeta muito os Cowboys. A derrota horrível contra os Broncos exemplifica bem. Além disso, toda a questão do processo contra o Ezekiel Elliott acabou influenciando na performance dele e do time em si. Dallas precisa colocar o time em ordem, se quiser se recompor e voltar para a disputa. Afinal, ainda restam 9 semanas. Não estou muito otimista, admito, então não creio que o time vá passar da temporada regular. Espero muito estar errada. Hahaha. 

A NFC East é uma das melhores. Com certeza é a mais glamorosa. Como você vê seus rivais? Quais as chances deles? 
A NFC East é sensacional. Meu sangue ferve mais nos confrontos contra os Giants e, na minha opinião, a rivalidade vem sendo maior do que a com os Eagles, desde o fatídico The Catch. Para ser sincera, tenho uma leve simpatia pelos Redskins, por motivos... Hahaha. Acho que as chances dos Eagles levarem a divisão e talvez a conferência são bem altas. O time vem bem estruturado. 

Se fosse Diretora Geral do time, o que faria para 2018? 
Na verdade, acho que não serviria para DG nunca na vida. Acho que o principal seria focar o Draft em melhorar os aspectos da linha defensiva. 

Essa enrolação com o Ezekiel Elliott no tribunal pode atrapalhar os planos para 2018. Dallas está bem servido de jogo terrestre ou seria interessante um novo nome? 
Acredito que o Morris e o McFadden vão segurar a barra até que o Zeke volte. Gosto muito dele e a evolução para o ano passado é notável. Vamos acompanhar o desenrolar do caso e ver se a NFL realmente adotou um posicionamento mais rígido em relação aos casos de violência contra a mulher. 

"Dak To The Future". Você acha que ele pode ser o Troy Aikman da nova era? 
Olha, só o tempo nos trará essa resposta. Não reclamaria se ele também ganhasse três Super Bowls e jogasse nos Cowboys até o fim da carreira. Hahaha. 

Seus principais ídolos? 
Roger Staubach, Sean Lee e Tony Romo. 

Certamente está acompanhando a nova carreira do Romo. Fale um pouco sobre isso... 
É muito satisfatório saber que ele ainda trabalha com o que ama e me sinto abençoada de poder ver ele de terninho, todo feliz. Todo o reconhecimento que ele vem ganhando pelas análises e previsões das jogadas me deixa muito alegre. 

Alguma história engraçada ou curiosa da sua vida de torcedora? 
É uma história triste. Em 2014, empolguei e comprei minha primeira jersey, uma do DeMarco Murray. Em 2015, o cara acabou indo para os Eagles. Tive que usar a jersey de jogador rival. 

Hahaha. Não durou muito tempo lá... Vamos ao Quebrando Tackles? 

Brady, Manning ou outro? Quem é o GOAT? Admiro muito o Manning, seu estilo de jogo e todas a conquistas da carreira dele, mas acredito que Brady seja o GOAT. 

MVP para 2017? Alex Smith. 

Campeões de conferência e do Super Bowl? Chiefs na AFC, Vikings na NFC - só para não abrir a bocona e falar Eagles e gorar meu próprio time. No Super Bowl dá Chiefs. 

Time para a primeira escolha do Draft de 2018? Ah, os Browns estão com uma vontade danada de perder.  

Melhor jogador de ataque em Dallas? Jason Witten. 

Pior jogador de ataque? Kellen Moore. 

Melhor jogador de defesa em Dallas? Sean Lee. 

Pior jogador de defesa? Randy Gregory. 

Foi assim minha conversa com Bruna, uma torcedora muito ocupada, mas que sempre arranja tempo para falar com orgulho do "Time da América". Agradeço à Bruna por esse Papo na Tailgate e na semana que vem conversarei com outro torcedor apaixonado por seu time e pela NFL. 
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