Vamos acompanhar semanalmente o mandato do prefeito tucano João Dória à frente da Prefeitura de São Paulo. O Gestor, como ele bem frisa, terá muito trabalho no comando da maior cidade da América Latina, e estaremos atentos a todas as suas ações. Portanto, todo sábado, traremos aqui um compilado do que o mandatário realizou em suas atribuições.


 

36ª Semana De incômodo parisiense à “cidade linda” na Zona Sul




Ainda sobre as terras de Napoleão, Dória, o transeunte do Edifício Matarazzo, teve de “morder e assoprar” para manter seu nome no páreo tucano das próximas eleições. O prefeito teve que responder o posicionamento de pré-candidato de seu apadrinho – já que não existe, por enquanto, a terminologia de “ex-padrinho” -, o governador Geraldo Alckmin, que, sim, já falou em ser “o presidente do povo brasileiro, de empresários que geram empregos, do povo sacrificado do Brasil, injustiçado" durante um encontro de prefeitos tucanos do estado de São Paulo. Lá de Paris, Dória, o mesmo rejeitado por 53% daqueles que o conhecem e o predileto da atual politicagem brasiliense – já há um intenso esforço de partidos para lançar o nome do prefeito ao Planalto-, disse que o governador tem o direito de colocar como pré-candidato, mas quem decidirá mesmo será o “povo”. "Geraldo tem todo direito de anunciar que vai disputar a Presidência da República, mas os tempos caminham. Aprendi com Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso que a melhor decisão referente à candidatura vem do povo". Torço para que o “povo” entenda a engrenagem entorno do nome de Dória, o prefeito “globalizado” que não se envergonha em governar a maior cidade da América do Sul, de incontáveis problemas, pelo “celular”.  


O prefeito, como em todos os meses, doa seu salário a instituições de trabalhos sociais. Como de praxe, a cerimônia de entrega de um cheque parecido com aqueles de programas televisivo, é antecipada como se os vencimentos de Dória – neste cenário, uma exceção – “caíssem” com certa antecedência, geralmente entre os dias 3 de 4 de cada mês, quando o mundo proletariado, em parte, ávido aguarda o 5º dia útil. Este mês, o valor de pouco mais de R$ 17 mil do salário, foi repassado a instituição de obras sociais Irmã Dulce, sediada em Salvador, na Bahia. Uma promessa feita por ele na fatídica visita a capital baiana, na Semana 32, quando foi atingido por um ovo de galinha. 
Enquanto doa seus salários, Dória passa horas palestrando em congressos e encontros que permitam a ele “levar o pão para mesa” de sua casa. 


A doação de salários, de certa maneira, obriga o prefeito a fazer o que gosta: estar sobre o palanque com o canhão de luz apontado para si discursando - anterior a sua chegada à Prefeitura - sobre supostas maravilhas do liberalismo, agora na figura de prefeito, sobre supostas benfeitorias de sua administração eficiente e aplicada, para empresários e amigos antigos do também empresário João Dória. Empresário que reluta a figura de prefeito, confiada a ele ano passado.  E muito deste ser relutante é colocado na conta de uma imprensa cada vez mais distante do seu compromisso informacional. Ou melhor, que trocou este compromisso por uma construção rasa, baseada em picuinhas envolvendo o mesmo prefeito e sua possível participação na corrida presidencial do próximo ano. Fazem questionamentos ao “pré-candidato” João Dória, escanteando o “prefeito da cidade de São Paulo” que em oito meses pouco fez, e muito deste pouco contestável, mas não contestado. 


Ainda na seara de uma provável corrida ao Palácio do Planalto, Dória teve que se manifestar a ataques de deputados estaduais, aliados do governador Geraldo Alckmin, na Assembleia Legislativa.  O deputado estadual pelo PTB, Campos Machado, subiu a tribuna da Casa para chamar Dória de “traidor”. “O senhor é um traidor. Vou repetir: o senhor é um traidor. E não existe nada pior no mundo do que a traição. O senhor traiu o governador vergonhosamente”, se posicionou o deputado que não foi o único a citar o prefeito João Dória na tribuna da Assembleia Legislativa. Carlos Bezerra Junior, deputado pelo PSDB e marido da ex-secretária de Direitos Humanos da Prefeitura, Patrícia Bezerra, também criticou Dória e seu modos operandi de “gestor”. “A cidade não tem prefeito. O prefeito é um turista que vem de vez em quando a São Paulo. Ele dizia que era gestor. Ele nunca foi gestor, ele é político. E mais político que nós. Nós somos amadores perto de João Dória.”  

Em resposta as menções feitas a ele na Assembleia Legislativa, Dória lembrou a ditadura militar. “Ainda que eu fosse candidato, que tipo de crítica pode haver? Este é um país democrático. Um país livre. Qualquer pessoa pode apresentar suas ideias livremente, fazendo isso de forma educada, construtiva e positiva. Qual a classificação que possa condenar alguém que tenha o desejo; tenha intenção de ajudar, de concorrer, de participar da vida democrática do país. No dia que alguém desejar fazer isso for classificado como traidor, temos a ditadura no Brasil”, disparou o prefeito em entrevista.  


A Prefeitura recebeu dois dos quatro carros elétricos doados pela empresa chinesa, BYD, durante a viagem de Dória a terra de Mao, na 30ª Semana. Os veículos serão incorporados à frota da Guarda Civil Metropolitana. 


Cumprindo protocolo, Dória esteve no desfile de 7 de setembro, no sambódromo do Anhembi, e, já no parque da Independência, na Zona Sul, assumiu mais um de seus compromissos com paisagismo, agora desta vez no parque em que fica o Museu do Ipiranga.  Ainda no dia da Independência, trajado com camisa social - distante do estereótipo de um ciclista –, com uma bicicleta e sob protesto do Movimento Passe Livre, que se coloca contra as mudanças feitas no benefício de Passe Livre Estudantil, ele pedalou na entrega de duas ciclofaixas – vias temporárias -, uma na Avenida Brasil, Zona Sul, e Avenida Tiquatira, na Zona Leste.


Na sexta-feira (08), Dória e seu padrinho governador Geraldo Alckmin, participou da entrega de 112 unidades apartamentos pelo programa Morar Bem Viver Melhor da secretaria de habitação do governo do estado. 


Dória encerrou a semana em mais uma etapa do programa Cidade Linda, desta vez na região de Indianópolis, na Zona Sul. 


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Assista e compartilhe a reportagem especial que esteve na Irmandade Nossa Senhora do Rosário, no Largo do Paissandu, Centro da cidade, para contar a história da mais antiga confraria de origem afrodescendente. Confere aí!  





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Claudio Porto

Jornalista independente.

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