Caros palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir a derrota diante do Barcelona (EQU) pelo jogo de ida nas oitavas de final da Copa Libertadores 2017. Um jogo em que era necessário o time entrar bem para sair com pelo menos um empate fora de casa, mas não foi isso que aconteceu. Algumas trapalhadas dentro de campo, entre elas, substituições estranhas de Cuca, mas enfim. 1x0 é reversível, porém, o futebol precisa melhorar. Vamos ao jogo.

Palmeiras foi a campo com Fernando Prass, Tchê Tchê, Mina, Luan, Juninho, Bruno Henrique, Zé Roberto, Thiago Santos, Dudu, Willian e Borja. O imprevisto na escalação foi Guerra que teve um acidente com seu filho. Tchê Tchê foi uma novidade na lateral e Juninho na esquerda, sendo assim, Zé Roberto faria a função de armador no meio de campo. A intenção de Cuca foi legal podendo alternar o Zé na lateral e no meio durante a partida, mas não rolou.

O Palmeiras mostrou no começo que poderia vencer o jogo. Dudu arrancou de maneira espetacular do campo de defesa, ganhando na velocidade inclusive do time equatoriano, passou para Willian que chutou no canto baixo, mas o goleiro conseguiu dar aquele toque no pé e mandar a bola pela linha de fundo. De resto, o Barcelona apenas levava perigo em bolas cruzadas na área de qualquer jeito (no final será comentado com mais detalhes sobre as propostas de jogo do time equatoriano).

Veio a segunda etapa e Cuca resolveu mexer na equipe. Para colocar mais velocidade no ataque, sacou Zé Roberto para entrada de Roger Guedes. Alteração ok, mas o time perdeu completamente a criação. Willian não conseguia criar (afinal, não é meia), Dudu ficava muito sobrecarregado. Então, Cuca deveria botar um meia armador, certo? Certo. Ele fez isso? Não. Sacou o próprio Dudu para entrada de Michel Bastos. Poderia ter sacado Thiago Santos e colocado Michel Bastos. Deslocava Juninho para a zaga, Michel faria o papel de um lateral esquerdo e Luan viria para o meio de campo. Para terminar, sacou Borja que pouco produziu para a entrada de Keno. Não consegui entender tirar um avante de referência para colocar um jogador que não é finalizador. Willian então voltou a fazer o papel de centroavante em que pouco rende. Para terem uma ideia do quão confusas foram as substituições.

E o futebol castiga? Claro! O castigo veio ainda nos acréscimos. Jonatan Alves acertou a bola com um chute bem inocente, mas a bola desviou na zaga "a tempo" de fugir completamente do alcance de Fernando Prass. Um castigo para um time que pouco produziu e que pouco foi modificado para produzir em campo. Fim de papo.

Palmeiras se complicou. Não digo isso por time no papel, mas sim pela proposta de jogo do oponente. Um time veloz como o do Barcelona tem tudo para ir bem nos contragolpes na partida de volta. Um time que joga muito melhor no contra ataque do que impondo seu ritmo. Um time que está invicto fora de casa e que marcou gol em todas as partidas, entre elas, contra Estudiantes e o então atual campeão da competição, Atlético Nacional. Palmeiras que abra o olho. Cuca não tinha que inventar ou testar Luan na zaga em jogo decisivo, Zé Roberto jogou sábado em alto nível e não ia aguentar o jogo, meio de campo sem criação nenhuma! Enfim, tem que melhorar. Será que dá tempo? Não sei. Se quiserem uma vaga pra próxima fase, tenham toda a competência que lhes faltaram no jogo de ida.
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Leonardo Paioli Carrazza

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