Amigos! Da última vez que nos encontramos para falar sobre a Chapecoense a temporada estava ainda no início, o time fazia campanha espetacular, que culminou com o TÍTULO estadual (de um time que acabara de ser montado, sempre bom enfatizar isso) e estava vivo na Libertadores, DENTRO DE CAMPO, com resultados muito interessantes. Depois disso veio a eliminação fora de campo, com erros que podem ser diretivos, podem ser em parte da Conmebol, isso pra nós ficou um tanto nebuloso, um início de Brasileiro ACIMA DO ESPERADO, muito interessante, com o time figurando nas primeiras colocações na competição. E depois um período de resultados totalmente naturais, altos e baixos, uma sequência realmente não boa, de cinco jogos sem vitória, com quatro deles com resultado de derrota e a demissão após um jogo que poderia marcar a reação, ante o Nense, um empate em 3 x 3 que não mostrou apenas defeitos do time, como sobretudo no setor defensivo, mas qualidade, como o quão bem armado era esse time, mas enfim, fica o questionamento, será que aquele pensamento vanguardista, VITORIOSO daquela diretoria que se foi "permanece vivo"? Ou se foi na tragédia e agora temos (ao menos em parte) o comum limbo da gestão de futebol no Brasil? Esta atitude impensada de demissão de um técnico que fazia um trabalho de reconstrução brilhante, merece tal reflexão.


O termo altos e baixos vai acabar se repetindo bastante nesse texto, afinal, o que esperar de um time em reconstrução total, após perder o elenco praticamente inteiro, a comissão técnica, a diretoria? É natural que o time não saia destroçando todos os adversários, mas que seja (e era essa a intenção original ao voltar a falar da Chape neste espaço) COMPETITIVO e o foi, tanto que entre percalços, o time conseguiria a classificação de forma heroica na Liberta, após o time vencer em casa nos acréscimos o Zulia. Mas o extracampo foi decisivo, o time foi punido pela escalação irregular do zagueiro Luís Otávio no duelo ante o Lanús, chegou a surgir uma informação de que a Conmebol poderia ter encaminhado o email a pessoas que faleceram na tragédia, mas não se foi a fundo nisso e a punição foi mantida, com o clube caindo para a Sulamericana mesmo tendo tido pontuação pra avançar e já estreou na competição, com derrota fora por 1 x 0 ante o Defensa y Justicia, resultado reversível na Arena Condá. 


O time foi eliminado com muita polêmica ante o Cruzeiro na Copa do Brasil, mas respondeu em casa enfiando 2 x 0, aí veio o duelo ante o Grêmio e derrota por 6 x 3 que expôs problemas defensivos do time. Um grande jogo ante a Ponte onde após estar perdendo por 3 x 0, quase saiu o empate, mas o jogo ficou no 3 x 2. Depois disso o time ainda fez a "lição de casa" ao vencer o Vasco por 2 x 1, depois disso a sequência final de Mancini. Quatro derrotas, sendo três no Brasileiro, convenhamos que Flamengo e Atlético são clubes em outro patamar, o Botafogo tem também um grande trabalho, são resultados até certo ponto "normais".


Eis que chegamos ao capítulo final, a Chape não se pode negar, proporcionou-nos desde sempre, jogos marcantes, jogos, digamos, inusitados, ante o Nense mais um deles sem dúvida.

Duas coisas eram marcantes neste time de Mancini, a tática muito bem definida e graças a ela o time não sofria ainda mais gols, a fragilidade das peças do setor defensivo é bastante grande. E a volúpia ofensiva do time, é um time que faz gols, que proporciona bons espetáculos, este DNA de sempre foi mantido.

Tanto que foi um jogo com polêmicas, um jogo onde FORA DE CASA, o time saiu atrás no marcador, virou, esteve mais uma vez na frente e sofreu o amargo empate nos acréscimos, mas sobre outro time de grande representatividade e se não tem um "primor" de elenco, é muito bem treinado, obrigado, por Abel Braga, o que indicava uma "derrocada" de Mancini no comando da Chape? Não entra na cabeça de nove em cada dez torcedores e admiradores da linguiça atômica. 


Vejam, eu compreendo, me solidarizo e ME REVOLTO, com o mesmo ou com mais sentimento, desculpem, de uma TRAIÇÃO, demonstrado por Mancini na sua explanação, que pode ser lida nos veículos de mídia. Os argumentos de defesa que o ex-técnico do clube colocou são matadores, não houve um jogo (salvo ante o Mengo) que o time não tivesse sido competitivo, não tivesse mostrado poder de fogo, não tivesse dificultado, ante todas as adversidades da montagem DO ZERO de um elenco. Aliás, como dá azar este cara, várias demissões injustas na carreira, pra citar, no Fogo, no Grêmio, vários bons trabalhos interrompidos, poucos treinadores foram tão injustiçados como ele, o que não se poderia esperar é que logo na Chapecoense isso aconteceria.


Vejam, Plínio David de Nés, o Maninho foi alçado á Presidência do clube após a perda do grande Sandro Pallaoro na tragédia, Maninho era Presidente do Conselho, muitos em SC colocam que muita coisa mudaria na gestão do clube, na mentalidade e não pra melhor, até por que, a mentalidade que tinha a Chape era espetacular, não á toa o time galgou tantos degraus, de forma tão meteórica nos últimos anos. Foi um erro grave numa escalação irregular, agora essa decisão PÍFIA, que segundo o que vem de SC, pode ter sido motivada por PILHA NO WHATS (estamos colocando no condicional, pois isso precisa ser melhor apurado e quem o fará são repórteres e não cronistas) é temeroso, temeroso que tudo de bonito que foi construído e toda a comoção e simpatia que existe em torno da Chape, seja apagada por uma má gestão, que tem méritos, claro em montar um elenco competitivo, tal qual tinha a comissão técnica. Vejamos agora quem chega, dentre os nomes especulados, com todo respeito, Argel, Ney Franco, Vinícius Eutrópio e Enderson Moreira que RECUSOU a oferta, nenhum deles acrescentaria nada de diferente a filosofia do time. Com toda sinceridade que vocês que nos acompanham conhecem, Caio Júnior que era um ativista contra a PROMISCUIDADE na relação clubes-técnicos, deve estar bem triste onde está.


Em seguida ao fechamento da crônica, o nome de Eutrópio foi confirmado no clube, já teve uma passagem de relativo sucesso em 2015 pelo clube e teve no "rival" (não acho que hoje a Chape tenha rivais, mas enfim) Figueirense seu melhor momento. Vejamos, acrescer algo ao ótimo trabalho que Mancini desenvolvia reitero, não creio, mas que tenha sucesso no comando do time.


Independente da gestão, Força Chape! 




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Imagens: Globoesporte, EFE, Diário Catarinense, Ogol. 





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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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