Salve, pessoal, torcedores do futebol brasileiro, vamos repercutir a derrota da seleção canarinho diante da Argentina em jogo amistoso realizado na Austrália. A primeira derrota na "Era Tite" sob o comando da seleção brasileira que veio quase que um ano depois do treinador assumir a seleção verde e amarela. Do outro lado, tinha a estreia de treinador: Jorge Sampaoli comandou pela primeira vez a seleção de seu país e deve ter saído satisfeito com o que viu. Bom, vamos ao jogo.

Brasil foi a campo com Weverton, Fagner, Gil, Thiago Silva, Filipe Luís, Fernandinho, Paulinho, Willian, Philippe Coutinho, Renato Augusto e Gabriel Jesus. Como todos devem ter notado, sem Neymar, mas ainda com dois jogadores rápidos no ataque como Coutinho e Gabriel, municiados por um meio campo bem dinâmico. O jogo começou bem equilibrado em que as melhores chances brasileiras saíram dos pés de Coutinho e Gabriel Jesus. Do lado da Argentina, quem levou mais perigo antes de sair o gol era Di Maria que estava muito a vontade nas costas de Fagner. Willian também tentou em alguns arremates nas bolas paradas, mas sem sucesso. O tento argentino surgiu próximo ao final da primeira etapa em jogada no lado esquerdo ofensivo dos Hermanos. Di Maria fez um excelente cruzamento para Higuaín mandar na trave e na sobra Mercado totalmente livre apenas empurrou para as redes.

Veio a segunda etapa e não faltou nem vontade e nem chance para o Brasil conseguir sair com pelo menos um empate. Faltou aquela famosa palavra chamada competência. Coutinho chutou firme da entrada da área, mas foi travado. Gabriel Jesus consegui cortar Otamendi, mas em seguida foi travado no arremate. Porém, a maior chance desperdiçada foi um lançamento para Gabriel Jesus que conseguiu arrancar na velocidade, cortar o zagueiro e o goleiro e fez o mais difícil: mandou a bola na trave perdendo um gol inacreditável. No rebote, Willian pegou a sobra, mas neste caso não teve sorte: a bola voltou a bater na trave, assim como as chances reais de gol da seleção brasileira. Nenhuma entrou. Fim de papo.

A seleção brasileira claramente realizou um teste. Alguns jogadores tiveram oportunidades como titular na era Tite como Gil, Thiago Silva, Fagner, Fernandinho, etc. O Brasil tentou jogar como de costume, impondo intensidade no meio de campo, com trocas rápidas de passe, mas na maioria das vezes não deu certo. Essas jogadas funcionavam apenas quando envolviam jogadores mais entrosados como Willian, Renato Augusto, Coutinho e Jesus. Foi possível notar algumas deficiências na marcação principalmente nas subidas do ponta esquerda Angel Di Maria. Em alguns contragolpes da seleção brasileira foi possível notar jogadores muito próximos quando na verdade poderiam estar mais afastados para servir de opção (caso em que saíram Willian e Gabriel contra apenas um marcador argentino). O gol argentino pode ser considerado sorte para alguns pelo fato de a bola ter sobrado limpa para Mercado empurrar para as redes. Contudo, a zaga e seu sistema de marcação não podem nunca mais deixar qualquer jogador livre daquele jeito. Era pra ter pelo menos UM marcador esperando o rebota, pois no jogo você não torce, você joga. Enfim, são alguns aspectos que Tite vai ter que trabalhar e afinal, amistoso é justamente para encontrar e corrigir defeitos.

A hora de testar realmente é agora. Brasil classificado para a Copa e agora amistosos também. Como temos um treinador qualificado, acredito que já tenha o time base para a disputa do Mundial em 2018 na Rússia. Porém, é sempre bom ter testado peças alternativas que se encaixem no esquema de jogo. Hoje foi visto um time inferior tecnicamente àqueles que disputaram as eliminatórias, mas que tentaram manter o mesmo estilo de jogo. Foi um amistoso grande, portanto, deve ter deixado boas lições para Adenor trabalhar com seu grupo. As vezes é melhor ter um tropeço agora enquanto dá tempo de ajeitar do que chegar confiante demais na hora do mundial e tomar um verdadeiro passeio. Vale ressaltar que diferentemente de outras épocas, a seleção brasileira não desistiu em nenhum momento. Não temos realmente a melhor geração da seleção brasileira, mas com certeza o time vem se tornando muito competitivo.
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Leonardo Paioli Carrazza

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