Pessoal, mais um Papo de Torcedor INTER, aqui no Jovens Cronistas, para repercutir o final de semana, em que tivemos as eleições no Sport Clube Internacional, a partida da última rodada do Brasileirão, que confirmou o rebaixamento do time a Série B em 2017 e as mudanças, já esperadas com as primeiras ações da nova direção de Marcelo Medeiros, com a apresentação do novo técnico, Antônio Carlos Zago.

Com 12.134 votos, Marcelo Medeiros é eleito presidente do Inter  | Foto: Mariana Capra / Inter / Divulgação / CP

No sábado tivemos as eleições no clube, que consagraram Marcelo Medeiros como o novo Presidente do Internacional. O candidato fez 12.134 votos (94,8%) contra 666 votos (5,3%) de Pedro Affatato, que representou a gestão Vitorio Piffero no pleito. Os votos brancos foram 224 e os nulos, 960. Isto mostrou a indignação do torcedor com a atual gestão, que já vai tarde.


Nas eleições para o Conselho Deliberativo, para a a eleição de 150 integrantes titulares, das nove chapas que concorreram, apenas três passaram pela cláusula de barreira de 15%, as chapas 2 - Aliança Vermelha, 4 - O Povo do Clube e Chapa 9 - Inove Inter. Eu tive o prazer de participar do pleito pela Chapa 05 - Chapa Independente Colorada, que conseguiu apenas 582 votos, chegando a 4,19% dos votos válidos.


Sobre o jogo de domingo, tivemos mais uma péssima atuação do time na temporada, onde mais uma vez apenas, o único que mostrou vontade de jogar e mostrou empenho foi Danilo Fernandes, que inclusive impediu o time de sair derrotado, ao defender o pênalti cobrado por Richarlison, ainda no primeiro tempo. O resto do elenco parecia mais preocupado com as férias, do que com a queda do time.


Nem o Inter mesmo se ajudou e ficou apenas no 1 a 1, com gol de Gustavo Ferrareis, chegando aos 43 pontos. Os adversários na briga pelo rebaixamento, o Sport Recife venceu o Figueirense por 2 a 0 e o Vitória foi derrotado pelo Palmeiras, pelo placar de 2 a 1. Portanto, mesmo que o time tivesse vencido, o time não teria conseguido sair da zona de rebaixamento.

Lembro muito bem de ter escrito isso logo após a conquista do Campeonato Gaúcho. "Claro que é importante conquistar o estadual e agora é reunir forças para o Brasileirão, o time terá que se reforçar, se quiser almejar algo na competição nacional. Com o atual time, seremos apenas um mero coadjuvante." Mas parece que não me ouviram e as coisas foram piores do que esperava.

Técnico destacou partida consistente e

Sobre a campanha, logo após vencer o Atlético Mineiro, na oitava rodada, Argel alertou sobre o otimismo exagerado. "São apenas oito rodadas, faltam 30 jogos para atuar, são 90 pontos, não vamos fugir disso, não começamos como favoritos então não é agora que vamos jogar como favoritos". O time teve uma arrancada inesperada, com 13 pontos conquistados em 15 disputados.

Depois desse jogo, o time foi derrotado pelo Figueirense em Florianópolis, por 3 a 2 e deste momento em diante, começou a queda fulminante do time, ficando 14 jogos sem vencer, contra Figueirense, Coritiba, Botafogo, Flamengo, Grêmio, Santa Cruz, Palmeiras, Ponte Preta, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Chapecoense, São Paulo e Sport Recife. 


Em meio a essa sequência, tivemos a troca de comando, com a queda de Argel, após a derrota para o Santa Cruz, a vinda de Falcão, que durou apenas cinco jogos e a chegada de Celso Roth. Roth venceu em sua quarta partida pelo Brasileirão, ao derrotar o Santos. de virada, por 2 a 1.


Celso Roth pegou o time em 13º colocado e entregou a equipe em 17º, com risco enorme de queda. Teve um péssimo aproveitamento de 36% e saiu após a sexta partida consecutiva sem vencer, com duas derrotas e quatro empates, coube a Lisca, terminar nossa campanha nos últimos três jogos, mas este claro não tem culpa alguma por nossa queda.

Ficou evidente que nosso time não teve mecânica de jogo e que nossas vitórias, só foram através de jogadas individuais. Em toda a temporada vimos que não havia mobilidade tática, principalmente de nossos meias, para se apresentarem como opções para as jogadas ofensivas. É um elenco com alguns bons valores, mas que não teve um comando técnico que desse padrão de jogo. Um time que em 38 jogos, alcança apenas 11 vitórias, 10 empates e sofre 17 derrotas, acaba sendo rebaixado com justiça.

Antônio Carlos Zago tem contrato com o Colorado até final de 2017 | Foto: Luiz Felipe Mello / Especial / CP

Hoje tivemos a apresentação do novo técnico do Inter, para 2017, Antônio Carlos Zago. Gostei de suas primeira palavras. "É um ano atípico para a história do Internacional, mas estou feliz em fazer parte desse desafio. A patir de hoje vamos falar sobre o elenco do próximo ano. O importante é montarmos um elenco forte, competitivo, um elenco de Série A". Portanto concordo com ele, temos que jogar com dignidade a Série B e subirmos sem sustos.

Agora é se remobilizar, juntar forças e unir a torcida em meio a esta campanha que acredito que será histórica na Série B. Eu confesso que gostaria muito que o time fizesse uma grande campanha e subisse sem sustos. Com o Beira-Rio sempre cheio, com os colorados de fé a apoiar e com os cornetinhas bem longe do Beira-Rio. 
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Mario Magalhães

Geógrafo, um riograndino que mora em Porto Alegre, Cronista do site Jovens Cronistas, responsável pelas colunas Papo de Torcedor INTER e Resumão da Rodada da Premier League.

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