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Vamos juntos conhecer um pouco sobre a biografia, propostas e visão de cada candidato à Prefeitura de São Paulo. O edifício Matarazzo nunca esteve tão concorrido. Ao todo são 11 candidatos ao posto de mandatário do executivo Municipal e você os conhecerá um a um, em posts regulares.



Marta Teresa Smith de Vasconcellos ou simplesmente Marta Suplicy (71), é candidata à Prefeitura da capital pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Mãe de três filhos, entre eles Eduardo Smith ou, artisticamente, Supla - compositor e cantor -, Marta adquiriu o Suplicy como sobrenome quando em 1964 casou-se com Eduardo Suplicy, também político, com quem manteve um matrimônio de 37 anos. 


Candidata Marta; Foto: EXAME


Formada em Psicologia pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Marta iniciou sua atuação política em 1981, aos 36 anos, quando se filiou ao PT (Partido dos Trabalhadores), onde ficou até 2015 – 34 anos de militância -, ocupando cargos políticos, como deputada federal, prefeita de São Paulo, senadora, ministra do turismo durante o mandato do ex-presidente Lula e ministra da cultura, já durante o governo da ex-presidente Dilma.


 Hoje pelo PMDB, ela tenta, de toda maneira, se esquivar dos muitos questionamentos que envolvem a sua saída da legenda de esquerda, chegando, por muitas vezes, a alegar como “justificativa”, o fato do Partido dos Trabalhadores está, constantemente, envolvido em escândalos de corrupção e de desvio de finalidade, ética. Discurso que só aumenta as indagações, já que ela resolveu deixar a turma do ex-presidente Lula para se juntar a turma de Renan Calheiros, Eduardo Cunha, José Sarney, Romero Jucá, entre outros que são investigados por estarem envolvidos, assim como os petistas, nesses “escândalos de corrupção e desvio de finalidade”. Em entrevista ao jornal FOLHA DE SÃO PAULO, ela chegou a falar que nunca tinha se colocado como de esquerda. “Tem valores tão, tão retrógrados que são chamados de esquerda que eu não me identifico em absoluto”, declarou a candidata. Vai entender...

Eduardo Cunha, Michel Temer, Marta e Renan Calheiros, durante a chegada da ex-petista ao PMDB; Foto: O GLOBO

 Assim como em 2000,2004 e 2008, ela está novamente no pleito para tentar voltar ao gabinete de 72 metros quadrados localizado no 5º andar do Edifício Matarazzo. A diferença está na sua maturidade politica de “reconhecer os erros” de uma boa/ruim administração do inicio do século – Marta foi prefeita da cidade entre 2001 e 2004 – que, realmente, deixaram marcas e magoas aos paulistanos. Com suas diretrizes voltadas aos populares, ela intensificou os trabalhos junto às periferias, por meio dos CEUs (Centro Educacional Unificado), uma marca mais que registrada que ela leva; iniciou obras de corredores ônibus; foi a responsável pela criação do Bilhete Único; implantou o programa Saúde da Família e criou as TAXAS. Foram inúmeras durante o seu governo, que fizeram as arrecadações de tributos, por parte da Prefeitura, saltarem. TRSD (Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares) e Cosip (Contribuição Para Custeio da Iluminação Pública) ou “taxa de lixo” e “taxa de luz” respectivamente, foram as primeiras e os mais marcantes tributos pagos pelos paulistanos. Só em 2004, de acordo com dados divulgados pela própria gestão, foram R$339,5 milhões arrecadados com essas duas taxas, isso sem mencionar o aumento no IPTU e o que foi arrecadado com outras taxas, como a TRSS (Taxa de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde). Impostos que lhe renderam o carinhoso apelido de “Martaxa”.

Foto: FOLHA DE SÃO PAULO

 Com uma campanha fortemente voltada ao sentimentalismo, contando com o discurso de que errou e tem que reparar esse erro, a candidata do partido de Temer, assumiu durante esse período eleitoral, inúmeros programas e soluções rápidas para problemas que estão aí há tempos. Logo de inicio, promete, em seu plano de governo, terminar todas as obras que o então prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, prometeu e por algum motivo não conseguiu cumprir, como os 14 CEUs que Haddad prometeu e não conseguiu entregar. Promete, também, resgatar o programa de transporte de alunos da rede pública, o “Vai e Volta”.  Na saúde, diz que vai, com urgência, contratar 2000 novos médicos, que custarão, de acordo com ela, R$ 288 milhões por ano, isso para um orçamento de R$ 54 bilhões que a cidade recebe do governo federal, sendo que R$ 9 bilhões são voltados para a área da saúde pública. 


De acordo com a ultima pesquisa de intenção de voto realizada pelo DATAFOLHA, divulgada nessa sexta (23), Marta figura na terceira colocação, atrás de Dória (25%) e Russomanno (22%), com 20% das intenções do eleitorado paulistano.
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Claudio Porto

Jornalista independente.

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1 comments so far,Add yours

  1. É Claudio, assim como a atual gestão. Marta tem acertos importantes e erros, em seu caso erros até mais profundos. A implementação dos CEUs - subutilizados desde a gestão Kassab (agora apoiador) -, do Bilhete Único, a universalização do Transporte Escolar (que segue em curso apesar da inutilização do nome), enfim. Foram medidas que deixaram uma marca na cidade.

    Mas posturas pessoais inadequadas e a implementação de taxas (uma delas nos persegue até hoje) deixaram uma marca negativa. Ela pede desculpas, mas novamente mostra estar disposta a tudo pela cadeira com ataques a outros candidatos. E pela legenda, confirmando que se ordenada pelo partido, pode trair sua história votando contra a população mais pobre.

    Marta se desculpou por contradições do passado, mas segue se contradizendo no presente.

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