Amigos, a seleção feminina que representa o Brasil nos jogos Rio 2016, cumpriu sua participação na primeira fase da competição com um empate sem gols ante a África do Sul. Porém isso não diminuiu o apoio e a esperança em torno delas, visto que já classificadas, pouparam grande parte do time, com destaque para Marta que entrou apenas na etapa final. Antes de irmos a analise do jogo e ao tema importante da comparação (absurda) entre homens e mulheres no esporte, gostaria de convidá-los a conferir a nossa fresquinha edição do Resumão Olímpico (Clique), que aborda os destaques do 4º e da manhã do 5º dia de competições nos jogos, convidando também para logo mais juntos, analisarmos a tarde e noite olímpicas e também o desempenho da seleção masculina, que joga a vida ante a Dinamarca. 



Bem, como já colocado, o time poupou atletas, o time se poupou um tanto em campo também, o que é bastante compreensível, visto as dificuldades físicas que o esporte impõe (vamos falar disso com afinco no fim). A já eliminada seleção adversária fez bem o seu papel, mostrando bastante força física chegou a incomodar no ataque na etapa inicial.


Na etapa final Marta entrou e buscou bastante o jogo, vindo por vezes buscar no início da jogada, criamos algumas oportunidades, a torcida apoiou bastante, sufocamos no fim, mas o jogo terminou mesmo com empate em zero, o que não diminuiu a festa em torno de nossas meninas na Arena da Amazônia com fenomenal público.

Fez bem Vadão em preservar a equipe, afinal o tempo entre as partidas é muito curto e o objetivo não pode ser dar show em todas as partidas, o objetivo é o ouro, é chegar o mais longe possível. Portanto, nesse caso a prudência é importante, até por que mesmo com o resultado de empate, enxergamos no time os valores que nos orgulham, como a coletividade e objetividade do nosso jogo.



Por fim, quero abordar uma questão muito mais forte do que esse jogo de cumprimento de tabela. Inacreditavelmente, estamos vendo nas redes sociais (onde mais não é?) uma absurda comparação literal entre homens e mulheres no futebol. Sugerindo que se colocassem o time feminino que dá show nas olimpíadas, ante as seleções masculinas de Iraque e África do Sul, elas fariam diferente e representariam bem o selecionado masculino.

Não pode ser sério que alguém proponha isso, é notório pra qualquer um que tenha uma mínima condição de analisar as coisas, que fisicamente o esporte e sobretudo o futebol gera uma exigência física diferente para homens e mulheres, não á toa as competições são separadas. O jogo feminino é bonito de se assistir pela plasticidade, pela habilidade, mas evidentemente o porte físico masculino se sobressairia, ou alguém em sã consciência crê que no futebol feminino seja possível arranques constantes de mais de 25 Km/h como no masculino? Nos ajude ai.

Nós mesmos fizemos nessa cobertura um paralelo entre o desempenho masculino e feminino (clique), mas jamais propondo tal absurdo. O que nós precisamos exaltar e do ponto de vista do futebol masculino lamentar e cobrar é que o time feminino joga sem vaidades (do aspecto moral), joga coletivamente, tem respeito pelo comando técnico e acima de tudo, tem uma camisa 10 e uma camisa 9 que PROPORCIONALMENTE hoje não temos no masculino, Neymar tem muito talento sim, é vencedor sim, faz o que quiser fora de campo nas folga, problema dele. Mas é inegável que não tem a qualidade técnica de Marta e NÃO É um 10 como ela, bem como o time masculino há uma década (no mínimo) não tem um centroavante com o faro de gol de Cristiane. São esses os aspectos que podem e devem ser debatidos, não se chegar ao cúmulo de propor a unificação do esporte, é patético.



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Foto: AFP 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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