Caros palestrinos, infelizmente o Palmeiras não teve capacidade para superar o Nacional do Uruguai, jogando no Allianz Parque nessa noite de 9 de março de 2016, pela taça Libertadores da América. A vitória seria primordial para nossa continuidade na competição continental, mas as coisas complicaram muito também. Um tropeço inaceitável para quem quer a classificação para o mata-mata. Méritos da equipe uruguaia também que soube se colocar em campo.
 
O Palmeiras precisava vencer para ficar mais confortável na Libertadores. O Nacional precisava buscar pontos perdidos, agora fora de casa. Juro que tentei entender a escalação inicial do Marcelo Oliveira (suspenso) sem Allione e com Robinho. Outro fator discutível seria a entrada de Rafael Marques no lugar de Gabriel Jesus no começo da partida.
 
O jogo começou truncado, nervoso, as principais chances eram em bolas mascadas que chegavam até certo ponto tranquilas para o goleiro Conde. O Palmeiras precisava furar um tradicional ferrolho 4-4-1-1 que a equipe uruguaia impôs, mas não havia movimentação. Dudu estava preso na marcação e Robinho parecia travado no meio de campo. Não criava e nem pegava na bola direito.
 
Aos poucos o Nacional começou a gostar do jogo e deu um susto quando Nico López acertou a trave de calcanhar. Um susto do que estava por vir. Saída de bola errada do verdão e a bola sobra pro mesmo López que cortou Fernando Prass, e deixou a zaga falando sozinha: golaço do bom menino (alô, Palmeiras! Quer atacante bom e driblador? Fica a dica aqui hein!).
 
Aí o Palmeiras já começou o famoso desespero. Tentou lançar a bola no ataque e em uma bola dividida entre Victorino e Cristaldo, contragolpe que Barcia concluiu com precisão para fazer 2x0 para os visitantes. Os palmeirenses reclamaram de uma falta em cima do churry. Particularmente eu vi puxão para ambos os lados e não vi tanta falta assim, mas admito que o lance é bem discutível mesmo.
 
Veio um lance de Gabriel Jesus pela ponta esquerda do ataque alviverde e Fucile faz uma rasteira que lhe rende um cartão vermelho (segundo amarelo). Logo após algumas trocas de bola, Gabriel recebe livre na área e corta a zaga uruguaia para diminuir e dar esperanças ao verdão.
 
Chega o intervalo e você espera mudanças no time. Espera, mas quando o seu técnico é o Marcelo Oliveira, esquece. Palmeiras voltou com outra vontade para a segunda etapa, mas com os mesmos jogadores e a mesma desorganização. Incrível que, mesmo com 10 em campo, o time uruguaio sabia se colocar em campo melhor que os brasileiros.
 
Demorou 15 minutos para sacarem Jean e colocar Allione, algo que achei totalmente decepcionante. Thiago Santos estava apagado e não teria mais função nenhuma de jogo e o Jean poderia e muito contribuir com chegadas ao ataque, revezando a volância com o Robinho até então. Mexida horrorosa.
 
Vieram as seguintes alterações: Egídio no lugar de Thiago Martins e Alecsandro no lugar de Cristaldo (por lesão, ou seja, até 2017 churry! Nosso departamento é igual a nossa distribuição tática: uma merreca). Alterações que mais pareciam desespero do que tentativa de buscar jogo. O último suspiro foi uma bola na trave que Lucas acertou no último lance do jogo. Mas não podemos reclamar de falta de sorte, etc. TEMOS que reclamar que o time não tem comando técnico, não tem padrão de jogo, não tem tática NENHUMA. Isso SOBROU para o Nacional. E fim de papo.
 
Palmeiras mostrou claro despreparo para esse jogo. Uma escalação péssima no começo da partida, tentativas covardes de mexer no time com um a mais em campo e time extremamente mal organizado na partida. Não eram vistas nenhuma triangulação, nenhuma antecipação de jogada na frente da zaga adversária, etc. Quando disse que achava Rafael Marques mais pertinente que Gabriel Jesus também me refiro ao emocional do menino. Estavam deixando ele muito nervoso e o Marques não cairia nesse tipo de jogo.
 
Palmeiras pode reclamar também da tradicional "força excessiva" do adversário que foi muito duro nas faltas, além do goleiro Conde ter demorado mais de 18 segundos com a bola nas mãos na hora de repor. Porém, acredito que todos deviam saber como que funciona a Libertadores: É GUERRA! O Nacional veio preparado para a guerra, já o Palmeiras veio preparado para um jogo comum. E deu nisso. Deu quem veio preparado para a guerra.
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Leonardo Paioli Carrazza

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