Caros palestrinos, a coisa está feia. Feia pela atuação do time alviverde ontem, diante do bom time montado pela Ferroviária de Araraquara que teve seus méritos na partida. A verdade é que a locomotiva atropelou o Palmeiras. O placar de 2x1 foi meio enganoso, pois poderia ter sido mais para o time grená. Vamos ao jogo e depois conto por que a Ferroviária ganhou.
Pela enésima vez que escrevo aqui, o Palmeiras procurava uma sequência de vitórias para se firmar no Paulistão. Nada melhor que um jogo em casa, embalado pela boa atuação na rodada passada. Porém, o adversário era duro. E todos deviam saber. Ferroviária quando perdeu seus jogos, vendeu caro os resultados. Por pouco, não complicou pro alvinegro da capital se não fossem os pênaltis que só existem a favor deles.
Palmeiras foi a campo praticamente com o que tinha de melhor no papel e, na prática, o jogo parecia que seria bom. Boa trama no ataque alviverde com Jean que acha Dudu que finaliza pra bela defesa do arqueiro Rodolfo.  Em seguida, o mesmo Jean encontra Lucas que rola para Robinho furar dentro da área.
Passou a pressão inicial do Palmeiras, a ferrinha começou a mostrar sua cara. Time bem postado em campo, encurtava os espaços do verdão pelos lados e embolava o miolo da intermediária. Evitava alçar bolas diretas ao ataque, mais conhecidos como chutões, e saía jogando de pé em pé. Algumas finalizações pra fora do gol de Fernando Prass até que veio uma falta na intermediária. Fernando Gabriel bateu no canto de Prass para abrir o placar.
Veio o intervalo e o Palmeiras mudou de postura. Em vez de se basear em um adversário bem postado taticamente, organizado, etc., resolveu se basear no principal quesito de Marcelo Oliveira nos últimos tempos no verdão: o desespero. Correria pra lá e pra cá. E a Ferroviária parada atrás apenas gastando o tempo de forma organizada.
Marcelo então resolveu mudar o time: sacou Alecsandro e colocou Cristaldo, além de Jean pro lugar de Rafael Marques. 39 segundos depois os dois protagonizaram o gol de empate. Marques brigou, Cristaldo anotou. 1x1.
Palmeiras então viu que dava tempo de tentar o gol, mas foi a mesma coisa. Por mais que Marcelo Oliveira tenha mudado o time pro 4-1-4-1, a Ferroviária não deixava o verdão criar. Rafael Marques quase deixou o seu de bicicleta, mas no tiro de meta...
... Zé Roberto bobeia na zaga do verdão, Rafinha recebe na cara de Prass e faz o gol que sacramentou a vitória grená aos 48 minutos e 52 segundos do segundo tempo. Fim de papo e da paciência do torcedor alviverde também.
Algumas considerações. Está faltando organização. Jogadores do Palmeiras parece que não sabem o que fazer com a bola. Muita correria e pouca produção. Robinho reclama de imprensa, etc., mas na hora de chutar fura. Tenha paciência!!! Alecsandro vaiado pela torcida, ok, mas quantas bolas ele recebe? O time simplesmente não cria! Fernando Prass, é INADMISSÍVEL um goleiro de 37 anos tomar gol de falta no próprio canto tentando adivinhar aonde a bola vai.
Me parece que o time do Palmeiras é mal armado e mal orientado. Corre na hora errada e para os lugares errados. Está difícil defender o Marcelo Oliveira. Ano passado, mantive os pés no chão, pois queria ver o técnico com o time em pré temporada, etc., mas agora não dá mais. Time não tem organização, não tem tática, não tem controle de jogo, não tem jogada ensaiada. E jogadores bons, tem sim!
Sobre a Ferroviária, ganhou porque TODOS os jogadores ali sabiam o que fazer e o técnico Sérgio Vieira arma muito bem suas equipes. A ferrinha ganhou porque se organizou em campo. Ganhou porque soube decidir e ser efetiva, objetiva, etc.
Realmente não sei o motivo do tal corpo mole do time do Palmeiras. Se for atraso no pagamento do bicho da Copa do Brasil, vão todos praquele lugar mesmo. A Ferroviária se bobear recebe salários abaixo dos bichos que estão devendo e jogam muito mais que esses pé de rato vem demonstrando no Palmeiras.

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Leonardo Paioli Carrazza

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