Caros leitores, consegui sobreviver para contar a história dessa classificação no sufoco. Parece que a defesa do Palmeiras não pode ver uma tranquilidade na partida que lá vai ela aprontar. Confiram como foi a heroica classificação alviverde na noite de 30 de setembro de 2015, no Allianz Parque. 
 
Palmeiras recebeu o Internacional dependendo apenas das próprias forças pra ter uma vitória simples. O colorado, no entanto, veio na superação para tentar azedar uma festa que parecia garantida para o alviverde paulista: apenas parecia.
 
A festa começou a ser bem encaminhada quando Vitor Hugo anotou mais um gol pelo verdão após bela cobrança de escanteio. A distância parecia mais tranquila até as semifinais. Porém, do outro lado, o Inter resolveu começar a morder o adversário. Os setores do meio campo começaram a apertar a saída de bola da equipe alviverde que passou a rifar bolas para o ataque, dando certo controle da partida para a equipe visitante.
 
A partida complicou um pouco quando Robinho sentiu lesão (provavelmente uma macumba do Rogerio Ceni) e deu lugar para Rafael Marques. Neste ponto, meu nível de nervosismo aumentou porque o Palmeiras passou simplesmente a não ter um meio de campo. Era ligação direta toda santa hora e o Inter rodeando a área do Palmeiras.
 
Sorte que em um lançamento para o ataque Lucas tropeçou, se levantou, Alex tropeçou atrás dele e o derrubou: pênalti (bem discutível, mas eu apitaria. É como se fosse um empurrão fora do lance em alguém que não ia chegar na bola, ou seja, pênalti do mesmo jeito, mas respeito quem não achar que foi). Zé Roberto bateu com maestria e como manda o figurino: 2x0 (aprende, Barrios).
 
Zé Roberto celebra seu tento (torcedores.com)
Ah, aquele jogo tranquilo, com placar quase definido. Nada melhor do que contar com um setor defensivo como o do Palmeiras pra fazer uma classificação custar muito caro. A começar pelo simples fato de, logo no começo da segunda etapa, muitas bolas rifadas aleatoriamente e sempre sobrava pro colorado.
 
Em uma delas, Anderson aproveitou (usando pé alto) e "tabelou" com Jackson para descontar pro time gaúcho. E parecia que o Palmeiras estava cada vez mais morto: nenhuma bola ganha no meio campo, muita distância entre os setores, recomposição defensiva desorganizada, até que Marcelo Oliveira resolveu repovoar o meio. Sacou Gabriel Jesus (não foi bem mais uma vez) e colocou Allione.
 
Mas logo em seguida viu Lisandro Lopez igualar para o colorado e muitos viram a classificação do Palmeiras indo água abaixo. Mas, no meio de muitas críticas (minhas, inclusive), Andrei Girotto recebeu belo cruzamento e deu a cabeçada mortal que colocou o Palmeiras nas semifinais da Copa do Brasil.

Andrei Girotto comemora gol da classificação
Ainda deu tempo da zaga tentar aprontar mais uma vez: duas chegadas perigosas em chutes de longe colocaram o coração alviverde na boca dos torcedores. Mas não deu outra, deu verdão 3x2 e nas semifinais.
 
O time precisava de uma vitória simples, mas ela veio de forma complexa. Robinho sentiu lesão e não era hora de colocar Marques no time e sim Allione ou alguém que jogasse no meio campo. Muita ofensividade que colocava em risco a equipe.
 
No começo, não gostei da troca Amaral por Girotto, porém no final, tenho que aceitar pela classificação (mas repito: trocas de 6 por meia dúzia uma hora não darão mais certo).
 
Gabriel Jesus foi mal, parte da torcida começou a pegar no pé dele e Marcelo sabiamente o sacou da partida. Saiu aplaudido pelo esforço e cabe ao jogador assimilar as cornetagens e crescer com elas também.
 
Sobre os lances polêmicos, achei pênalti sim no Lucas, mas respeito quem achar que não foi (muita opinião divergente inclusive entre os comentaristas). Na minha opinião, Anderson levantou demais o pé no lance do primeiro gol colorado.
 
Mas antes que comecem a falar que o Palmeiras se classificou apenas pela arbitragem, lembrem-se do pênalti não marcado em cima do Gabriel Jesus no primeiro jogo. Que venha o Fluminense!
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Leonardo Paioli Carrazza

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