Caros leitores, um resultado que não estava nos planos. Uma derrota em casa contra um adversário direto pelo G4 e justamente antes do time encarar dois jogos fora de seus domínios. Mas enfim, uma hora a sequência brilhante do time alviverde comandado pelo Marcelo Oliveira iria ser interrompida. Tal interrupção foi feita por um time muito bem treinado por um excelente técnico: Milton Mendes. Vamos ver como foi a vitória do Furacão.
 
O jogo foi no Allianz Parque (novamente, aqui pode falar Allianz Parque) no horário que agrada a muitos torcedores, mas nem tanto os jogadores, ou seja, as 11 da manhã. Com direito a estádio lotado, a pressão seria enorme contra a equipe visitante, mas ela soube driblar bem o fator torcida e sair vitoriosa de campo.
 
O jogo começou com um raro problema tático do Palmeiras. Começou no tradicional 4-2-3-1 de Marcelo Oliveira, mas dessa vez, as linhas não estavam tão próximas na hora de fazer o abafa, a marcação na pressão. A linha dos 3 composta por Rafael Marques, Robinho e Dudu estava um pouco afastada de Leandro Pereira e isto facilitou os desarmes e a "tranquilidade" paranaense na hora de sair jogando, mesmo com o Palmeiras marcando em cima.
 
O fato acima forçou o alviverde a apenas tentar jogadas de fora da área, principalmente com chutes de bola rolando e bola parada por parte de Robinho. Mas havia um adversário na partida. O Atlético Paranaense veio claramente com a proposta de aproveitar contragolpes e jogar em um erro do alviverde. As principais chances do furacão foram com chutes de dentro da área e jogadas rápidas comandada pelo Marcos Guilherme, excelente garoto vice campeão mundial Sub-20.
 
O Palmeiras ainda teve que cambiar a equipe antes do intervalo: Gabriel saiu lesionado e deu entrada para Andrei Girotto. Sem entrosamento ainda com o Arouca, o meio campo a partir do tempo da substituição começou a ser comandado pelo time de Curitiba.
 
Após o intervalo, o segundo tempo começou com o Palmeiras tentando seu tento com bolas alçadas na área adversária e o Atlético buscando o contragolpe. Milton Mendes então resolveu colocar o atacante Walter (aquele que para muitos é conhecido como Walterror ou o gordinho artilheiro), alteração que resolveria o resultado da partida.
 
Walter inicialmente perdeu uma chance inacreditável em posição irregular (pode usar isso como desculpa mesmo por ter perdido o gol), mas ele tem qualidade: na segunda oportunidade ele guardou. Recebeu um presente de Leandro Almeida que recuou de cabeça para o "gordinho" estufar as redes de Fernando Prass: caixa para o furacão.
 


Ao fundo, jogadores comemoram gol do Atlético Paranaense, sob olhar de lamentos de Dudu (fonte: espn.com.br)
 
Por mais que tentasse, o Palmeiras não conseguia penetrar na forte marcação do Atlético. Lucas Barrios e Kelvin entraram no segundo tempo, mas pouco conseguiram produzir. Foi apenas um festival de bolas alçadas na área para jogadores de baixa estatura (Leandro Pereira e Rafael Marques já haviam saído). E não deu em nada: apitou o juiz e fim de papo! Vitória do rubro-negro paranaense.

Sem desespero, palmeirenses. Foi um resultado ruim na briga por G4, mas é importante que todos reconheçam os defeitos de hoje para melhorar na sequência do campeonato. Uma perda significativa será a de Gabriel (não é sabido o grau da lesão do volante ainda) e agora Andrei terá que mostrar a sua qualidade. Gosto do estilo de jogo do rapaz, mas talvez demore para se entender com Arouca na mesma proporção que este se entendia com o Gabriel.

De resto, parabéns ao Atlético Paranaense que foi bem de maneira geral no jogo. Forçou o Palmeiras a não penetrar na área e foi muito objetivo e brilhante nos contragolpes. Isso com certeza tem a cara do técnico Milton Mendes, da nova geração que, quem sabe, não possa se tornar um dos grandes nomes de técnicos brasileiros.
Compartilhe:

Leonardo Paioli Carrazza

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours