Caros leitores, depois desta noite, finalmente poderei abrir o jornal amanhã e ver o Palmeiras na metade superior da tabela (e fazia tempo que isso não acontecia). Isso devido ao time que fez bem a lição de casa ao vencer o bom time da Chapecoense e melhor ainda, não sofreu gols. Vamos a mais uma partida? Lógico!
 
O Palmeiras recebeu a Chapecoense nesta quarta feira (1 de julho de 2015) com um seguinte tabu a ser quebrado: vencer um time de "menor expressão" depois de ter vencido um clássico com bota atuação. Foi assim no Paulista, foi assim no brasileiro, mas dessa vez, a vitória veio e com boa atuação (o que é bem importante também).
 
Antes de começar a partida, o desafio do Palmeiras seria diferente do jogo passado (clássico contra o São Paulo). A Chapecoense não iria propor jogo e dar espaços para os efetivos contragolpes do alviverde paulista. Era o Palmeiras que teria que buscar o espaço para criação. E foi assim no começo.
 
O Palmeiras começou o jogo com uma intensidade elevada e marcando a equipe de Santa Catarina na saída de bola. Os paulistas chegaram com Rafael Marques e Robinho com muito perigo, mas, por ironia, a chape também dava seus sustos em contragolpes, já que tinham um bom homem de referência (Edmílson ex-Palmeiras de 2003), Camilo (bom jogador que articula bem jogadas) e também o folclórico Apodi que escapa com velocidade pelos lados além de possuir certa qualidade na finalização.
 
Sustos à parte, o Palmeiras foi melhor na primeira etapa e a superioridade foi confirmada com um chute arriscado de Egídio e passe de Dudu (que melhorou muito com a vinda do Marcelo Oliveira). A bola desviou na zaga, mas morreu nas redes catarinenses.
 
Uma vantagem agora colocava o Palmeiras em uma situação de jogo que o agrada: esperar o adversário e contragolpear. Mas a chape não se deu por vencida e começou a segunda etapa com mais intensidade de jogo, frequentando mais o campo de ataque do Palmeiras. Algumas jogadas de perigo fizeram com que Marcelo Oliveira mexesse no time para melhorar o meio campo: sacou Dudu (que se irritou demais, mas jogou bem) e colocou Zé Roberto.
 
Mas a alteração que surtiu efeito mesmo foi a saída de Leandro Pereira que hoje estava se embananando com a bola (sim, precisava desse trocadilho) para a entrada do Cristaldo que mostra cada vez mais que é jogador de segundo tempo. E por que de segundo tempo? Porque na entrada direita na grande área da chape ele acionou a bola no lado esquerdo e aproveitou a bola desviada por Robinho para empurrar a bola pro fundo das redes do time catarinense.
 
O único susto depois foi em um ataque em que a Chapecoense perdeu um gol sem goleiro (embora com impedimento, mas assustou demais). E o árbitro apitou para confirmar mais uma vitória em casa do alviverde paulista.
 
Era imprescindível vencer. Dar uma distanciada da parte de baixo e se aproximar da parte de cima que é lugar de um time como o Palmeiras. Foi importante novamente passar em casa sem sofrer gols e mostrando sim que o time pode criar as próprias oportunidades. Marcelo Oliveira faz esse time atacar com mais objetividade  e vem sabendo administrar uma vantagem. Além disso, Dudu melhorou de rendimento, já que o treinador não restringe o atacante apenas à ponta esquerda no seu 4-2-3-1.
 
Agora mais uma parada dura. Campo neutro contra a Ponte Preta. Alguns podem pensar que é menos ruim desse jeito, mas eu acompanho um pouco a Ponte e eles vêm jogando uma bola bem redonda. E o aproveitamento deles sem presença massiva da torcida é maior do que com torcida em campo. Mas vamos degrau por degrau e claro, sempre fazendo a lição de casa para almejarmos algo melhor em 2015.
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Leonardo Paioli Carrazza

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