Caros leitores, hoje vou comentar a primeira partida do versão sob o comando de Marcelo Oliveira. Infelizmente o resultado não foi o melhor, nem o menos pior, foi horrível. Grêmio bateu o Palmeiras por 1x0 em Porto Alegre e encostou no G4, já o Palmeiras, como está virando rotina no campeonato brasileiro, volta a SEMPRE olhar pra parte de baixo (mesmo com um time melhor que nos anos anteriores) e pensar "ufa, ainda bem que os outros perderam".
Vamos ao jogo. No primeiro tempo, ficou claro que o Palmeiras viria para tentar segurar o ímpeto gaúcho que vinha de uma boa sequencia de vitórias em casa. Apesar de alguns buracos nas laterais do campo (mais no lado em que Lucas era responsável também pela retaguarda), o time alviverde conseguiu segurar o jogo no primeiro tempo. De quebra, ainda conseguiu exigir boas defesas do goleiro Thiago do Grêmio em jogadas com Rafael Marques e Robinho que em uma delas carimbou duas vezes o zagueiro Geromel, caso contrário, a bola iria para o gol gremista. Apesar das chances criadas, o primeiro tempo foi horrível de assistir. Muita marcação, pouca ousadia e muita "covardia" de ambas as equipes.
Veio o segundo tempo e uma substituição no mínimo estranha (serei criterioso aqui, assim como na época do Oswaldo de Oliveira): não sei por que o Marcelo sacou o Gabriel para entrada do Amaral. Mexidas "6 por meia dúzia" quando a vitória é necessária não podem acontecer. Apesar disso, o Palmeiras começou melhor a segunda etapa e exigiu duas belíssimas defesas de Thiago em conclusões de Alecsandro e Vitor Hugo em escanteio.
Porém, uma (das inúmeras) jogada estabanada de Victor Ramos resultou em algo horrível. Uma bola simples, ele manda na fogueira para o Arouca, este que não consegue o domínio e o Grêmio teve a posse de bola no ataque. A pelota chegou no lado esquerdo da defesa palmeirense e sobrou para Maicon guardar um belo tento na arena. 1x0 para o Grêmio.
Aí você começa a pensar que foi um acaso e espera que o time volte melhor e vá para frente. Mas o Marcelo Oliveira ligou de novo o botãozinho do 6 por meia dúzia e sacou Robinho (que vinha bem no jogo) para a entrada de Zé Roberto que pouco acrescentou, a não ser em um lance que não foi pênalti (embora se fosse para alguns times que jogam em suas casas, seriam capaz de marcarem pênalti e darem cartão amarelo ainda pra quem "cometeu"). O Palmeiras chegava uma vez ou outra, mas sem aquele perigo de matar o torcedor gremista do coração. E o Grêmio armava contragolpes que por pequenos detalhes não resultaram em gol também.
E novamente o botão do 6 por mia dúzia foi acionado e Marcelo Oliveira cumpriu o que deve estar escrito no contrato do Cleiton Xavier: permitido apenas após os 30 do segundo tempo. Dito e feito: saiu Arouca e entrou Cleiton Xavier. E o resultado eu já falei no início da matéria então, todos já sabem.
Sei que precisa de tempo, mas se eu criticava o Oswaldo por mexidas ruins no time, a crítica é válida ao Marcelo também. As vezes precisa de um pouco mais de coragem (tal coragem que não faltou ao Alberto Valentim na rodada anterior), principalmente quando está em desvantagem. Mexer em apenas um setor e ainda trocando majoritariamente jogadores com função 6 por meia dúzia, acho pouco para quem foi bicampeão brasileiro.
De resto, vou ressaltar também a disposição dos gremistas na partida, jogando com muita vontade e agredindo (no bom sentido) sempre o jogador do Palmeiras que estava com a bola. Faltou isso para o Palmeiras hoje também: aquela "raiva" do adversário. Aquele "sangue nos olhos" que o presidente tanto exigia no começo.
É sr. Marcelo Oliveira: trabalho você terá, e bastante. Não quero mais agradecer o time dos outros por ter perdido. Acho que não só eu, mas os 16.999.999 palmeirenses restantes também.
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Leonardo Paioli Carrazza

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