Caros leitores, quem diria que a primeira vitória em casa viria desta forma: dramática e na base da superação. Enfim, vamos começar esta matéria deixando claro aqui um certo repúdio a determinado time que cai NO CAMPO, perde NO CAMPO e depois resolve fazer as coisas na maracutaia: no tribunal. Pois é, ao tricolor agora só resta mesmo o tribunal porque tiveram sorte do pé do Palmeiras não estar calibrado. Porque poderia sim ter sido uns 4 pelo menos (finalizações: Palmeiras 27x6 Fluminense). Vamos ao jogo.
 
Palmeiras e Fluminense entraram em campo com propostas diferentes: o Palmeiras com aquela urgência desesperadora corriqueira dos últimos 4 anos de uma vitória para se distanciar da zona maldita, e o Flu precisando se manter na parte de cima para almejar ares melhores neste campeonato.
 
No começo do jogo, Alberto Valentim (interino) armou o Palmeiras em um 4-4-2 feijão com arroz com Zé Roberto e Cleiton Xavier na meia (quem diria), Dudu e Rafael Marques no ataque. Mas o tricolor foi melhor no começo e fez o gol com um belo chute de Jean, no canto direito baixo de Fernando Prass.
 
O Palmeiras estava perdido na partida. Muita desorganização e desespero e pouca bola no chão, e isso fez com que o Fluminense tivesse uma certa superioridade no primeiro tempo de forma geral. Porém, o Palmeiras também sabe achar gols e Rafael Marques cabeceou no cantinho de Diego Cavalieri para empatar e levar um jogo perdido, de volta a estaca zero no intervalo.

Rafael Marques comemora seu gol no Allianz Park (fonte: uol.com)
 
 
Ao contrário do Oswaldo, Alberto Valentim não quis trocar tanto 6 por meia dúzia. Sacou no intervalo Zé Roberto no meio e colocou Alecsandro na frente. Um time mais ofensivo para buscar a vitória. Ao longo de todo o segundo tempo (a ser comentado a seguir), também sacou Cleiton para a entrada de Robinho e mais ofensiva ainda quando sacou Arouca para a entrada de Cristaldo.
 
No segundo tempo, não acreditei no que estava vendo. O Palmeiras jogando para frente, mordendo o adversário e logo de cara uma bola na trave de Vitor Hugo. As coisas pareciam que iam mudar na partida. O Palmeiras buscava o gol adversário a todo momento até que Gabriel sofreu falta dura de Magno Alves, que foi expulso. O Palmeiras que dominava o jogo, agora massacrava ainda mais. Cavalieri pegava a bola quase a todo instante e o Flu não conseguia sair de seu campo.
 
Mas o tempo roda. Ele não para. E estava judiando do torcedor alviverde que via a cada finalização acrescentada nas estatísticas da partida, mais chances perdidas. Ainda deu tempo de reclamar de um pênalti em cima de Dudu (lance que é pênalti apenas para Santos na Vila Belmiro e São Paulo no Morumbi).
 
Mas dessa vez a sorte esteve com o verdão. Gum colocou a mão na bola na entrada da área e Egídio soltou o cavaco (como diria Sílvio Luiz), Cavalieri espalmou pro centro da área e a bola sobrou para Cristaldo que cabeceou  sem goleiro na trave! De novo? Perder mais uma chance clara? Que nada! A bola voltou para o Hermano que estufou as redes de Cavalieri.

Cristaldo comemora seu importante gol. O da virada. (fonte: uol.com)
 
 
Enfim, vitória justa e sofrida. Primeira vitória do Palmeiras em seus domínios e foi com superioridade, mas com falhas na conclusão. Marcelo Oliveira agora vai assumir o time com um pouco menos de fumaça, mas não dá mais para tirar o pé nos jogos. Agora é manter a pegada e jogar com muita vontade e superação. Alecsandro foi uma boa opção na frente e distribuiu bem algumas jogadas. Já que caiu dentro de campo, agora realmente só resta o tribunal ao tricolor carioca.
 


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Leonardo Paioli Carrazza

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