Amigos, para a felicidade do torcedor Brasileiro, tivemos nessa manhã um jogo muito equilibrado, e de resultado inesperado para muitos. Eu dizia inclusive nos últimos dias em minhas Redes Sociais, que o Brasil só teria chance contra a Argentina se eles "tremessem", o que em parte ocorreu após Diego Tardelli abrir o placar num momento onde os Hermanos eram bem superiores.

Daí vocês me dirão; "Pô Garcia, tu que dá a entender ser inteligente usando o termo tremer?". Evidente que eu não gosto desses termos; tremer, pipocar. Inclusive penso que a psicologia explica isso muito mais do que esse sarro todo que as pessoas gostam de fazer. Porém, especificamente nesse caso acho que cabe um pouco, pela mudança psicológica que a Argentina teve após o baque do 1º gol, o time até então jogava melhor, pressionava o Brasil fechado atrás, mas conseguiam finalizar e Jefferson vinha sendo, e foi durante todo o jogo, o grande destaque. Porém, com o gol de Tardelli aos 18, o domínio Argentino foi diminuindo, a troca de passes foi passando á ficar preterida pela individualidade de Di Maria e Messi, e o Brasil crescia com as bolas passando pelo pé de Neymar.

O Brasil passou á jogar melhor á partir dos 15 finais da 1ª etapa até grande parte do 2º tempo, Neymar protagonizou um duelo interessante contra Mascherano, colegas de clube e quem levou a pior foi a canela do Brasileiro, o que tem de classe com a bola no pé, o volante tem de falta dela sem a bola. Com a entrada de Pastore a Argentina se postou mais á frente, porém ainda pecava pela individualidade e ficou sem ter o que fazer após o 2º gol de Tardelli no jogo, em cabeçada fruto de ótimo posicionamento na bola parada.

Pelo lado Brasileiro, o destaque máximo foi o goleiro Jefferson, tudo indicava que ele não poderia jogar, que iria apenas para estar no grupo da Seleção (pra quem diz que ele não é de grupo), e fugir do conturbado ambiente do Botafogo, mas o trabalho de recuperação o permitiu jogar e ser testado de fato, mostrando que é dele (como poderia ter sido na Copa) a camisa 1 da Seleção. Diego Tardelli nos dá a certeza de que temos um centroavante moderno, que sabe trabalhar com a bola fora da área e se posiciona como um autêntico matador. Neymar segue sendo o grande craque do time, todas as ações ofensivas passam por ele, o time vive em função dele, por que ele é sim um jogador diferenciado, e o único que é mais que um ótimo jogador na atual geração.

E Dunga vem (e louvo isso) queimando nossa língua, ele consegue organizar taticamente de forma inteligente a seleção, é um time mais compactado, segue dependendo muito de Neymar, mas tem inteligência na troca de passes. E outro fator importante de Dunga foi saber se cercar de profissionais que significam algo para a Seleção Brasileira, que tem vivência no futebol e são pessoas de bem, eu mesmo nunca tive nada contra o Gilmar, sempre o considerei uma pessoa de bem, o problema não é ser (ou ter sido) empresário, e sim a forma com que se atua, e não se pode compará-lo há uns que vemos aí no mercado né. Mas em se falando de Taffarel e Edu, não há uma lacuna moral e profissional sobre o caráter deles, sigo crendo que a gestão de Dunga não era o caminho que eu escolheria, porém, que está de fato sendo bem conduzida e que os resultados, sobretudo esse contra a Argentina que acabara de derrotar a Alemanha, o Brasil venceu a Argentina tática  e psicologicamente com gols de uma aposta pessoal dele, com uma defesa com a cara dele, é preciso dar-lhe os méritos.


Sobre a Argentina, não adianta fazer "Terra Arrasada", sem brazucada. É um confronto duro para o Argentinos, que muitas vezes acabam perdendo para times Brasileiros inferiores. Tata Martino é um bom treinador, penso até que poderia ter tido continuidade no Barça, venceu a Alemanha taticamente, e certamente aprimorará a força desse time, e isso percebe-se nas convocações após a Copa. O time é ajustado técnica e taticamente após essa jornada infeliz, apenas acho que a questão Tevez, poderia ser melhor estudada, até com a ajuda de Psicólogos, ele daria um ganho á esse ataque sem dúvida, ele tem o que de melhor há em Aguero e Higuain, personificado nele, que é a velocidade e o drible curto, e a finalização, não se pode seguir abrindo mão de um jogador desse calibre.


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Imagens: AP, Reuters



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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