Qual é o verdadeiro Vasco? O da Copa do Brasil ou o da Série B? O time que ganhou com autoridade da Ponte Preta na quarta, em Campinas, ou o que empatou ontem por 0x0, com o mesmo adversário e no mesmo local? Pergunta difícil...

O Vasco da Copa do Brasil joga na quarta, em São Januário, encerrando a trilogia de jogos contra a Macaca, e pode se dar ao luxo de perder até por um gol de diferença que se classica. O Vasco da Série B só tem uma derrota, mas empatou oito vezes, e está na décima colocação, longe do G4 que lhe garante o acesso à divisão principal do futebol brasileiro. Enfrenta o Paraná Clube, no sábado, também na Colina Histórica.

O time é o mesmo. Será? Tenho minhas dúvidas. O que me parece, é que o Vasco tem um time, mas não um elenco. Jogadores como Martin Silva, Rodrigo (contundido), Guiñazu, Douglas e Kléber, são lideranças que funcionam bem num torneio mata-mata, mas que não tem idade suficiente para aguentar uma competição de 38 rodadas, como a Série B. Tampouco há no elenco peças de reposição para eles. Atletas como Diogo Silva, Douglas Silva, Aranda, Montoya e Edmílson, em outros tempos, passariam longe de São Januário.

Não quero nem lembrar dos tempos em que tinhamos jogadores como Alexandre Torres, Mauro Galvão, Felipe, Luisinho, Pedrinho, Donizete e Viola no banco, porque vai parecer saudosismo. Aquele Vasco, que ganhou quase tudo (faltou o maldito Mundial) entre 97 e 2000, não volta tão cedo, independentemente do resultado das próximas eleições.

Por falar no pleito, há uma guerra de liminares para homologar a votação para 6 de Agosto ou adiá-la para 11 de Novembro. Rumores dão conta de que, após Fernando Horta anunciar seu apoio a Eurico Miranda, alguns setores do clube teriam se articulado para postergar as eleições. de modo a evitar a vitória do ex-mandatário. Há quem tema, e muito, a volta de Eurico ao Vasco.

Enquanto isso, a nau vascaína, tal qual a Stultifera Navis de Bosch, segue ao sabor das ondas, ora vencendo batalhas, ora se deparando com o ocaso de uma calmaria que lhe deixa cada vez mais distante de terra firme, num misto de euforia e catatonia que nem o pai da psicanálise explica!
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