Recorri em um dos livros que relata a história da composição da instituição chamada atualmente de CBF (Confederação Brasileira de futebol), onde se destaca o trabalho executado de cada presidente, e o objetivo claro de seu funcionamento, desde seu surgimento, até tempos atuais. De maneira sucinta, é visível e óbvio seu objetivo, que diz respeito a controles, organizações, planejamentos e execuções dos calendários e competições esportivas no Brasil.

Depois de lido tantas informações, entre preocupações, devaneios, organizações e principalmente desorganizações, é que entendemos os caminhos que estão tomando a rica “firma” por culpa de seus cartolas. O que é pior - não é de hoje.

Só quem realmente tem conhecimento das “amarras” que existem nos cantos obscuros da malfadada CBF (que um dia já foi séria), entenderá a importância para o “grupo”, de que Marco Polo Del Nero assuma como Presidente nos próximos anos. Até parece contos de princesa com final feliz para as bruxas, onde sentaria em volta do caldeirão, João Avelange como mentor, Ricardo Teixeira - o ambicioso, José Maria Marin - o ladrão de medalhas, e agora, o não tão aprendiz assim, Del Nero.

Não cabe pensar que a CBF sempre foi esta farra do boi, onde suportou e suporta elementos que só fez uso da subtração, que utilizou de uma instituição somente para seus próprios devaneios e crescimento financeiro. A CBF, enquanto órgão máximo do futebol brasileiro, sempre teve grandes idealistas, que fez enaltecer o interesse único de seu crescimento.

Desde Álvaro Zamith, que teve a hombridade de ser o primeiro presidente da Federação Brasileira de Futebol (como assim era chamada), e em seu mandato, no inicio das organizações, já apontava as preocupações da descentralização das competições. Seguindo a passagem do varão à nomes importantes do futebol brasileiro da época, como Ariovisto Régo, Renato Pacheco, Álvaro Catão, Luiz Aranha, Almirante Heleno Nunes, Giulitte Coutino e outros sérios e respeitados nomes que fez o crescimento da instituição.

Não se pode permitir, pela quantidade de nomes éticos, que fez da pequena Instituição responsável pelo futebol brasileiro, ter o devido respeito e reconhecimento pelo mundo, se transformar num antro de refúgio de pessoas mal intencionadas, com ideia apenas de alimentarem seus bolsos, transformando-a em uma “Cosa Nostra”.

Uma vez que se descobre que a “firma” é uma mina de ouro, e que não tem lá, muita organização, totalmente sem controle e sem responsabilidade de qualquer parte que se aponte, torna-se vítima fácil de algozes que objetiva apenas moldá-la a seu favor.

A CBF é a casa do futebol brasileiro, é dela que aguardamos as grandes e responsáveis decisões, e é através dela, que as federações regionais, conseguem desenvolver seu papel de apoio, levando aos estádios os mais equilibrados jogos e toda sua magia.

Tratá-la como um argumento mafioso, onde se resume a presidência de pessoas que curricularmente já denigre sua postura, significa que estamos entregando a maior organização futebolística à deriva, às mãos de pessoas que só vem cumprir mandato e privilegiar as falcatruas que plantaram nas administrações anteriores.

CBF é sim uma “Cosa Nostra”, mas, no bom sentido da palavra – ela é uma coisa nossa, e temos que cuidá-la muito bem!

Publicado por Adinã F. Leme.


 Crônica publicada no dia 02/05/2014 - jornal “O Regional” - http://portal.oregional.net/ e no blog "O Tom do Esporte" - http://tomdoesporte.blogspot.com.br/2014/05/cbf-uma-cosa-nostra.html

Compartilhe:

André Luís de Freitas

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours