A passagem do Grêmio por Curitiba para a realização de 2 jogos foi ruim: 2 derrotas. Contra o Coritiba o time talvez tenha feito a sua pior apresentação no Campeonato Brasileiro. Tudo bem, talvez o time estivesse com o pensamento no jogo contra o Atlético-PR pela Copa do Brasil. Pois bem, na quarta-feira (30/10) chegou o tão aguardado jogo, mas a falta de poder de fogo do time do Grêmio, infelizmente, se manteve. Foi uma atuação tão pobre do time gremista que o resultado não poderia ser outro a não ser a derrota.

Renato Portaluppi é o principal responsável pelo Grêmio estar vivo nas 2 competições. Pegou a herança maldita do seu antecessor (o nome do camarada eu não gosto sequer de lembrar) e, à sua maneira, ciente das limitações do elenco, conseguiu achar uma forma de fazer esse time conseguir resultados positivos, mesmo que o futebol apresentado não seja de encher os olhos. Hoje, mesmo com o nariz torcido da imprensa e até mesmo de parte da torcida, o Grêmio se consolidou no G4 do Campeonato Brasileiro e é um dos 4 semifinalistas da Copa do Brasil. Se não fosse pelo Renato, hoje os gremistas estariam assistindo as semifinais pela televisão e teriam que se conformar com, no máximo, um insosso 10° lugar na tabela de classificação. O problema é que Renato, apesar dos seus méritos, também comete erros, e o jogo disputado na Vila Capanema foi um deles. Eu entendo o fato de ele começar o jogo com o 3-5-2 que tanto deu certo ao longo desses meses, tanto que quando a escalação foi anunciada eu pensei "gostei, foi coerente com a ideia de time dele, apostou nos guris da base no lugar dos atacantes suspensos e segue-se a ideia normalmente". E a estratégia até se revelou correta no intuito de segurar o ímpeto do ótimo ataque do time paranaense. O problema é que, numa jogada isolada, o Atlético acabou encontrando um gol, em mais uma falha do cabeça-de-bagre Werley em jogo importante (um dia entenderei porque este camarada tem tanta complacência de parte da torcida gremista, que jogador horroroso e entregador). Em um jogo que estava equilibrado e com um bom controle por parte do escrete tricolor, acabou acontecendo o que não deveria. Era preciso, então, pensar em uma alternativa para tentar melhorar as coisas para nós, e foi exatamente aí que aconteceu o grande erro do Renato.


O Grêmio, finalmente, poderia ter o jovem uruguaio Maxi Rodríguez como alternativa. É um jogador promissor, com boa técnica, ótima visão de jogo e uma inteligência para jogar acima da média. Porém, devido a um problema de legislação no Brasil, somente 3 estrangeiros podem assinar a súmula para participar de uma partida, e normalmente essas 3 vagas são ocupadas por Riveros, Vargas e Barcos. Neste jogo, no entanto, Vargas e Barcos estavam suspensos. A oportunidade para colocar em campo um meia que pudesse dar uma nova vida ao time do Grêmio estava saltando aos olhos, era o jogo ideal para Maxi poder dar a sua contribuição. No entanto, Renato simplesmente desprezou o jogador e sequer fez menção de colocá-lo em campo na volta do intervalo. O Grêmio seguia inofensivo na frente, não criava oportunidades de gol e a alteração se fazia necessária. Eis que, então, o Renato finalmente resolve fazer alguma coisa e coloca em campo o... Elano Depressão! Aí foi apenas questão de esperar o apito final chegar, pois a contribuição deste jogador foi nula, o Grêmio continuou sem criação no meio-campo e sem conclusão a gol. O jogo se arrastou até o final e a vitória atleticana por 1x0 se confirmou de uma maneira melancólica, sem sequer ser ameaçado pelo inoperante time gremista. Tudo isso com o talento de Maxi sendo ignorado pelo nosso treinador. O jogador que realmente poderia fazer algo de diferente para mudar esse resultado ruim teve apenas que se conformar em ficar assistindo sentado do lado de fora. Até o jogo da quarta-feira, eu achava que o Maxi não jogava porque ele disputava posição não com os demais jogadores do plantel, e sim com o Riveros, o Vargas e o Barcos. Na quarta-feira, o Renato mostrou para todo mundo que não é nada disso, que o Maxi não joga simplesmente porque ele, Renato, não gosta do jogador uruguaio. O único jogador que temos no plantel que tem alguma característica de armador simplesmente não tem espaço no time. Complicado.

Agora o rubro-negro paranaense joga por um empate na Arena para chegar à decisão. O Grêmio precisará marcar gols e não sofrê-los. Ainda acredito que é um quadro reversível, mas a atuação do time em Curitiba foi preocupante e até mesmo desanimadora. O Imortal Tricolor vai ter que jogar muito mais e também repensar algumas ideias. A torcida terá que fazer a sua parte e lotar a Arena, transformar o nosso estádio em um caldeirão e fazer o ótimo adversário sentir medo. O técnico tem que fazer a sua parte de fazer o nosso time CRIAR E ATACAR, pois estamos em desvantagem no confronto. Preparem o coração, gremistas: vem mais drama por aí. Contra Santos e Corinthians já foram confrontos complicados e agora temos mais um. Porém, se fosse fácil, não seria o Grêmio. Vamos todos juntos seguir buscando a nossa 5ª estrela. Quarta-feira que vem, lugar de gremista que acredita na classificação é na Arena do Grêmio. Mas antes disso, mais um compromisso pelo campeonato brasileiro, no domingo, contra o Bahia.

Saudações gremistas
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