Nada mais justo do que colocar, na abertura desta postagem, a foto do grande responsável pela aparição de um "novo Grêmio". O Grêmio operário, de ânimo renovado e confiança em alta. O Grêmio onde todos jogam por um objetivo, sem aquele peso nas costas do medo de errar. O Grêmio que mostra maturidade dentro de campo, quase que sabendo que a vitória será alcançada, sem se preocupar com o tempo de jogo marcado no cronômetro.

Foi exatamente assim que, na quarta-feira (28/08), o Grêmio reverteu a desvantagem na Copa do Brasil e despachou o Santos. No jogo da ida o time já havia feito uma ótima partida e a derrota por 1x0 foi injusta e não retrata o que realmente aconteceu em campo. Sem problemas, no jogo da volta o Grêmio foi, rigorosamente, o Grêmio copeiro que tanto nos acostumamos a ver no passado. O time teve intensidade, raça, alma, mas acima de tudo, teve inteligência e paciência. Mesmo quando o resultado ainda não nos servia, em nenhum momento o time perdeu a calma e agiu com desespero. Construiu naturalmente o resultado necessário, sem usar de pressa ou afobação. Em nenhum momento o Santos ameaçou o Grêmio. Os 2 gols da vitória por 2x0 foram de bola trabalhada, sem balão pra dentro da área ou abafa. Foram 2 gols construídos de maneira inteligente, mostrando a maturidade de um time que parecia saber que sairia classificado de campo.

Foi exatamente assim que, no sábado (31/08), o Grêmio construiu uma vitória contra uma Ponte Preta valente e retrancada. Mais 3 pontos na conta que, combinado com o tropeço do Botafogo, já resulta na vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Novamente, o Grêmio foi frio, pragmático, eficiente. Parecia saber que a vitória aconteceria. Em nenhum momento mostrou pressa, afobação, intranquilidade. Em nenhum momento a Ponte Preta ameaçou o Grêmio. É como se o jogo de quarta-feira não tivesse terminado, uma vez que o futebol do Imortal Tricolor foi o mesmo e o uniforme branco do adversário do sábado era praticamente o mesmo do adversário da quarta-feira, sendo que ambos não apresentaram grande perigo contra nós, tamanha a superioridade gremista no gramado.

Feitos estes relatos, podemos tentar responder à pergunta do título: até aonde podemos ir? Para respondê-la, é interessante frisar outras questões. Como um time formado por alguns medalhões desacreditados mesclado com uma gurizada promissora (boa parte dela vinda de um time da Série D) conseguiu uma reviravolta tão espetacular dentro do Campeonato Brasileiro? Como um time jogando um futebol operário, marcador, com 3 zagueiros e 3 volantes num 3-5-2 ortodoxo para os padrões nacionais, conseguiu empilhar tantas vitórias e pontos em sequência? Como um time que é acusado por alguns críticos de jogar um futebol sem brilho, sem ser vistoso, enfim, um futebol considerado FEIO, conseguiu pular de uma insossa posição de meio pra baixo na tabela pra vice-liderança em tão pouco tempo e sem parar de evoluir? O responsável por isso é o senhor que aparece na foto: Renato Portaluppi. Ele fez renascer a esperança em cada gremista de, finalmente, poder comemorar uma conquista e sair desse jejum de 12 anos sem títulos de grande expressão. Temos 2 possibilidades, e estamos muito vivos na disputa nas 2. Se vamos conseguir ou não, só com o desenrolar dos jogos saberemos, mas uma certeza nós já temos: podemos ir MUITO LONGE com esse time que temos, com as partidas eficientes que fazemos, com o treinador competente que ele tem mostrado ser e com essa torcida que voltou a acreditar no time que tem jogado com o jeito DO GRÊMIO de jogar: raça, marcação, inteligência, eficiência e qualidade.

Saudações gremistas
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