Você se considera uma pessoa persistente? A vida adulta cobra muitas vezes que sejamos fortes e continuemos em frente, sem levar em conta nossa satisfação ou nossa vontade de fazer algo. Quantas vezes você não quis largar tudo e viver na praia? Abandonar o estresse e os problemas cotidianos que temos que lidar e viver de acordo com um ideal de vida mais calma. Entretanto, sabemos que temos trabalho para fazer, contas para pagar e coisas para comprar. São as necessidades que nos tornam pessoas capazes de fazer o que não queremos na hora que os outros querem. Noto que isso nos atinge em diferentes escalas, sendo uma delas no prazer e lazer.



O leitor, ou leitora, deve conhecer algum casal que não se dá bem, mas continua junto. Eu sei, é por vezes estranho ver isso acontecendo, essa quase força que as pessoas fazem para aguentar uma as outras, horas e dias que nunca mais teremos sendo desperdiçados em relações ruins que geram apenas desconforto e brigas.

Essa sensação me lembra um texto que fiz uma vez no Facebook, nele escrevi que estava abandonando um livro e que me sentia culpado por isso, pensava que estava cometendo um erro contra o autor que passou dias escrevendo ou toda a equipe editorial que trabalhou de forma dura para fazer o livro acontecer, porém ao invés de comentários falando sobre a dificuldade de abandonar, eu li comentários sobre a felicidade de abandonar. Eram pessoas que falavam como a vida é curta para acompanhar histórias ruins ou que não fossem para nós, e lembrando disso eu penso sobre como fazemos isso com mais situações da nossa vida, inclusive os relacionamentos sejam de amizades ou amorosos.

Eu mesmo me via em um desse relacionamento com amizades, principalmente na adolescência, época que andamos com pessoas não tão legais assim para que sejamos legais como vemos elas. A verdade é que esses relacionamentos evoluem e se proliferam na vida adulta, são inúmeras situações desconfortáveis e relações desagradáveis que vivemos. Por que não abandonamos essas relações como nossos livros chatos? Eu sei que você pode responder que livros chatos não te ligam para incomodar pelo fim, mas será que é isso mesmo que merecemos nesse pouco tempo que passamos na terra?


Fonte: Pexels

Acredito que não, a vida é curta demais para filmes chatos, pessoas erradas e livros desinteressantes. Também não quero que pense que sou um descartador de pessoas, sei que qualquer relacionamento tem crises e problemas, o diálogo é a melhor solução para isso, mas e se não adiantar? Viver uma vida no automático, pelo menos para mim, é péssimo. Não devemos desperdiçar nossa vida com isso, devemos conhecer filmes bons, pessoas incríveis e livros maravilhosos, mesmo que esses efeitos durem pouco tempo, já é maravilhoso.

Na coluna de hoje queria escrever sobre o abandono de livros pela metade, porém percebi que a nossa vida está repleta de sensações semelhantes. Acredito que o melhor para as diversas questões é seguir em frente, pensar e mudar quando for necessário, mas o principal é ser feliz seja com um livro ou com uma pessoa.

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Sobre a Coluna


A coluna O Mundo é um Museu é publicada sempre às sextas-feiras.
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Pablo Barbosa de Oliveira

Sou Museólogo e Escritor. Escrevo sobre cultura na Revista Pauta e no Portal Jovens Cronistas. Criador do Museu de Instagram do IAPI. Fã de Fantasia e Sci-fi.

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