Na História do Brasil, a luta do
povo indígena sempre foi de muitas batalhas pelo reconhecimento e o direito às
suas terras. Durante o decorrer da nossa realidade colonial, com resquícios
feudais até à república velha, com a ilusão do pensamento positivista, foram
elaboradas leis que proporcionavam um vago e ilusório direito aos povos
indígenas.
Muitas foram as manifestações que antecederam a República da espada, todos os processos que mudaram as estruturas de poder, nenhuma teve a presença efetiva da sociedade até mesmo depois da República de espada. E os protestos populares, muitas vezes, não levavam em consideração ainda as reivindicações dos índios e a nossa misteriosa e desconhecida floresta amazônica. Nem mesmo os negros não tinham de fato a consciência de clamar por direitos, se levarmos em consideração os acontecimentos históricos que estavam ocorrendo na mesma época e que colocaram as forças coloniais do Haiti em derrota, com a liderança de escravos haitianos.
Jonas Carreira
Muitas foram as manifestações que antecederam a República da espada, todos os processos que mudaram as estruturas de poder, nenhuma teve a presença efetiva da sociedade até mesmo depois da República de espada. E os protestos populares, muitas vezes, não levavam em consideração ainda as reivindicações dos índios e a nossa misteriosa e desconhecida floresta amazônica. Nem mesmo os negros não tinham de fato a consciência de clamar por direitos, se levarmos em consideração os acontecimentos históricos que estavam ocorrendo na mesma época e que colocaram as forças coloniais do Haiti em derrota, com a liderança de escravos haitianos.
Foi no período de Getúlio Vargas
que, finalmente, os povos indígenas começaram a possuir direitos no território
nacional e nas nossas leis. Mas foi na nossa atual constituição que, realmente,
os índios começaram ganhar espaço dentro da sociedade. E foi nos governos
petistas que esses direitos foram ampliados, mesmo que ainda sejam elaboradas
críticas em se tratando de uma melhor preservação do meio ambiente, mas ainda
era observado um processo evolutivo dentro da consciência mundial do bem-estar
dos povos indígenas e, consequentemente, da preservação do meio ambiente.
O discurso mundial para uma
cultura de conservação do meio ambiente, em conjunto com o desenvolvimento
científico, tem sido debatido no âmbito político e econômico nos últimos
tempos. O debate sobre o entendimento e proteção dos povos indígenas tem
causado efeitos políticos favoráveis para o avanço da humanidade em direção à
preservação da nossa casa (nosso planeta redondo). A ciência, mesmo lutando
contra uma minoria extremista e fanática (terraplanismo), vem caminhando junto
com a política de preservação ambiental e isso tem gerado um novo processo
histórico, que considero como evolutivo para nossa espécie.
Sim, estou sendo otimista, mesmo
analisando a conjuntura atual. Mesmo sendo inserido neste processo medieval de ter
que assistir colocações como: “Eu odeio o termo povos indígenas” ou “Vamos
deixar a boiada passar...”. Eu tenho uma visão otimista diante das
manifestações atuais. Porém, não devemos esquecer que estes dois discursos
citados agora nos remetem a duas importantes pautas relatadas em todo o texto e
nessa minha simples e resumida visão de nossa História: Preservação dos povos
indígenas e do meio ambiente. Vidas negras importam sim! E o futuro da
humanidade também! E, sem a pauta indigenista e ambiental em nossos protestos,
seremos, mais uma vez, apenas meros personagens de um dinamismo de troca de
poderes. E as frases ditas por eles serão apenas mais um lembrete de um
historiador, daquilo de que éramos e não conseguimos mudar.
Jonas Carreira
@profjonascarreira
Sobre a coluna
A coluna Notas do Cotidiano é publicada sempre às sextas-feiras.
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