STF e o Bolsonarismo: Ou vai ou racha!

“Conheceis as inúmeras tentativas que fiz em busca de uma solução pacífica, não só para o problema da Áustria, mas, também, para os Sudetos, Boêmia e Morávia. Tudo em vão”.

“Não fiz outra coisa durante dois longos dias senão esperar, em companhia dos meus ministros, se o governo polonês se dignaria ou não a enviar um plenipotenciário. Julgam-me mal, aqueles que confundem o meu amor à paz com fraqueza ou covardia. Vejo que o governo polonês não tem mais o mínimo desejo de travar negociações sérias conosco. Resolvi, portanto, falar com a Polônia na mesma linguagem que a Polônia, há meses, emprega contra nós”.

“Nesta noite, pela primeira vez, tropas regulares polonesas disparam contra o nosso território. Desde as 5:45 horas da madrugada, estamos respondendo ao fogo e, de agora em diante, responderemos com bombas.” – A justificativa cínica e mentirosa de Hitler para invadir a Polônia e dar início à II Guerra Mundial.

Quando Hitler deu início à sua loucura e ganância de invadir outros países, usando a violência, França e Inglaterra ficaram alheias ao que acontecia. Nessa época, a Europa estava com medo da ameaça comunista e do crescimento da União Soviética. Hitler vinha ganhando força surfando no anticomunismo com seu discurso vitimista e pacificador, com pitadas de sociopatia que escondia ódio. Aos poucos, o hitlerismo implantava o seu domínio. No momento que as potências da Europa perceberam que estavam erradas e de que a ameaça era outra, já era tarde demais, milhões de vidas seriam ceifadas para destruir o monstro do nazifascismo com a II Grande Guerra.

Hitler na Polônia

Esta semana, a mando do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal fez busca e apreensão nas casas de apoiadores de Bolsonaro. O dia começou com o bolsonarismo ameaçado, porém, mesmo diante das operações e investigações, foi possível ver que o bolsonarismo ainda desafia a democracia do país. Muitos membros do fascismo tupiniquim continuavam a disparar xingamentos e ameaças aos ministros do STF, e o país assistia tudo isso em meio a uma pandemia. A situação é grave, estamos assistindo um crescimento de um fanatismo perigoso, uma minoria se colocando em nome da maioria do povo, a sociedade assiste a isso com perplexidade e cobrando a energia das instituições democráticas.

No dia após a operação da PF, Bolsonaro sai do Alvorada, exasperado, mas com um discurso favorável à democracia e à paz. Diz que tenta sempre se aproximar das instituições democráticas, mas tais instituições lutam contra ele. Parecia um avatar tentando salvar os seus séquitos das garras do mal, achando que seus séquitos são a representação da população brasileira. No final do discurso, o exemplar democrata termina seu discurso com um aviso para os seus “perseguidores”: “Acabou, porra!”.

Essas instituições democráticas, juntamente, com a grande mídia, foram os principais criadores desse monstro bolsonarista. E, agora, esta criatura aberrante chegou a um nível avançado ditatorial de achar que responde em nome dos anseios do povo. A História nos mostra que os regimes dos ditadores sempre estavam no ápice do entendimento e da representação dos anseios da nação, eram a representação total do nacionalismo. O domínio veio através de propagandas enganosas, uma paz descrita apenas a favor da ideia do ditador e um armamentismo que desencadeasse uma desobediência civil para proteção dos intentos do dirigente da fábula “nacionalista”. É tão bizarro que, se preciso for, usaria até o nome Deus para os atos insanos de determinado grupo. Hitler era terrivelmente cristão, o hitlerismo nasceu assim, Mussolini e Franco da Espanha seguiram o mesmo exemplo. O STF não pode parar agora, senão podemos ter consequências terríveis para a nação. O patético general Heleno escreveu isso, dando a letra dos interesses bolsonaristas. É a hora do STF cortar o mal pela raiz e não fazer como a França e a Inglaterra. Na realidade, já estamos em guerra contra o vírus do Covid, agora devemos tirar o vírus do bolsonarismo: ou vai ou racha!

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