Amigos! O Grêmio chegou para a final do Mundial de clubes FIFA de 2017 com um grande desafio, o de "parar" o Real Madrid e com isso "acabar com o mundo". O que se viu foi um Grêmio que se defendeu muito bem e perdeu com honra, não se engane pelo título da crônica, o intuito jamais é o de desmerecer o Grêmio. Mas, não há que "pachecar" aqui, o time de Renato Portaluppi não foi feliz quando teve a bola nos pés e acabou castigado por um Real que passou longe de ser brilhante nesta partida, como além momentos isolados, passa longe de ser brilhante nesta temporada, eu disse nesta temporada.


Na etapa inicial o controle foi todo do Real, mas não houve como adiantado pelo título, pelo lead e pelo parágrafo de introdução o brilhantismo necessário para vencer a defesa do Grêmio com o espetacular Geromel e o ótimo Kannemann. As duas grandes chances realmente do primeiro tempo foram na bola parada, com Edílson e Cristiano Ronaldo, ambas as bolas passaram muito perto do travessão de Navas e Marcelo Grohe. Ficou claro durante toda a etapa inicial que a bola queimava no pé gremista, o time não tinha saída, não tinha transição. O Real não era brilhante, mas o segundo tempo mostraria que mesmo com o adversário não vivendo seu melhor momento, não se pode ser totalmente passivo, o castigo viria.


Na etapa final o Real intensificou o domínio do jogo, passou a atacar com mais objetividade, na verdade, essa objetividade já crescera nos últimos 10/15 minutos da etapa inicial, mas se solidificou na etapa final. A sequência cabal aconteceria aos 6, Ramiro lançado toca a bola "pro meio da área" e toma uma bundada de Sergio Ramos, o gremista se revoltou pedindo e apesar da tolice do lance, FOI pênalti, mas a arbitragem não deu, talvez interpretando que chamou a falta o camisa 17, chamou sim, mas tolo foi quem caiu, na nossa visão errou a arbitragem mexicana. No lance seguinte o CR7 pedalou e conseguiu o que queria, a falta perigosíssima na entrada da entrada da área, uma bomba, que ficaria na barreira não abrissem Luan e Barrios. 

Depois disso o Grêmio tentou sair de forma descoordenada e não incomodou, o Real chegou ao segundo gol em lançamento em profundidade para Benzema que ajeitou novamente para Cristiano Ronaldo finalizar de prima, mas a arbitragem deu impedimento do camisa 9. Na nossa visão, se o VAR fosse solicitado, se veria que o atacante estava na mesma linha do defensor gremista, o que está á frente é o braço que não conta, mas o gol foi invalidado. Jael e Everton entraram no time, além de Maicon posteriormente, mas as mudanças não surtiram efeito, o time teve até a posse nos últimos lances da partida, mas sem decisões inteligentes, sem incomodar o goleiro, acabou perdendo pelo placar mínimo e na verdade, não fosse Grohe o Real teria sim ampliado o placar.



Em relação ao Real Madrid, claro que o Hexacampeonato é importante. Mas há um fator ainda mais importante pra sequência da temporada, no Espanhol, algumas situações que o time viveu contra Al Jazira e o Grêmio poderiam se encaminhar para resultado de empate. O time demonstrou um pouco mais de inventividade, de sentido de urgência na pressão ofensiva, de alternativas para a busca do resultado de vitória, o que faltou até aqui na atual temporada. Nesse sentido, apesar de no nosso entendimento o time ter jogado apenas "o suficiente", essas alternativas e esse poder de decisão renovado de Cristiano Ronaldo são mostras de que o time pode na sequência do Espanhol voltar a jogar tudo que pode, para chegar no seu melhor momento para o duelo contra o PSG pela Champions League. Grande teste nesse sentido será o Barça, que tem vencido, mas não convencido nesta temporada.



Já em relação ao Grêmio, é claro que o time "caiu de pé", a atuação defensiva, de Grohe, da dupla de zaga, além do voluntarioso Edílson foi excelente. A crítica vai para o que o time NÃO FEZ quando teve a bola nos pés, seja quando o jogo esteve 0 x 0, onde o time não conseguia sair tocando, sendo sempre interceptado por Modric e com a bola queimando no pé. Seja quando após tomar o gol tentou se posicionar no campo de ataque, mas de forma muito conservadora, com medo do passe na ponta. Quantas vezes as laterais estavam livres e quem tinha a bola preferia seguir trocando passes no meio, congestionado pelo posicionamento do Real? O time não teve agressividade para sequer TENTAR buscar o empate e teve algum espaço para isso, mal aproveitado, essa é a decepção.

Renato não "pagou pela boca" coisa nenhuma, é campeão da Libertadores, levou o time ao Mundial e mesmo com uma diferença abissal perdeu sem ser goleado, com honra. Perdeu "num detalhe" (apesar de eu achar que perderia mesmo sem aquela barreira abrir, o gol era questão de tempo), o que eu discordo é dizer que "o time buscou", não, teve espaço pra buscar de forma muito mais efetiva, faltou muito ao time, faltaram também opções pra mudar o rumo da partida, nota-se isso na última mexida.

Sobre Luan, eu jamais vou alcunhar um jogador de "pipoca", acho isso uma injustiça e prezo sempre pelo COLETIVO. Crer que Luan arrebentaria com o jogo configuraria crer que o Grêmio dominaria o Real e isso é uma incoerência, o jogo esperado do Luan era realmente de muita dificuldade, afinal a bola estava o tempo todo nos pés do Real. A decepção maior com Luan está nas opções erradas quando teve a bola, quesito onde todo o time (tirando o sistema defensivo) falhou. Sim, Luan sentiu a decisão, como todo o time, mas em particular se nota que ele sente decisões, foram mais jogos decisivos onde ele sentiu, do que ele desequilibrou como no duelo de volta ante o Lanús. Na Europa, se ele ir pra um grande, todo jogo é decisivo, então, isso precisa mudar com urgência, essa é a grande ressalva sobre ele, não se pode crucificá-lo.


O Real era o favorito, o Real dominou mesmo não sendo brilhante e o Real foi campeão. O Grêmio peleou e representou com honra o futebol Brasileiro.



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Imagens: AFP




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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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