O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no centro de SP, traz até o dia 2 de janeiro a instalação "Dinâmica Não Linear" assinada pelo artista mexicano, Héctor Zamora. Com entrada franca, a intervenção de Héctor está aberta ao público durante o horário habitual do museu, de quarta à segunda-feira, das 09hrs às 21hrs. 

Durante o tempo de exposição, o artista, entre outras coisas, mostra aos visitantes a importância de uma ruptura em relação aos novos impositores: o materialismo, as coisas, os objetos. O artista foi responsável também por uma das cem obras que reinauguraram o antigo Hospital Matarazzo, nos arredores da Avenida Paulista, no ultimo mês de setembro. O complexo hospitalar estava fechado desde a década de 90, no século passado. Lá, Héctor Zamora assinou o "Abuso da História", uma dinâmica em que lançava vasos de plantas das sacadas até o pátio do prédio, com o intuito de que as verdeais penetrasse e renascesse do entulho que, por acaso, elas formaram. Além dessa interpretação a ação movida pelo artista também permite a reflexão sobre a expurgação, um "basta à tirania dos objetos", como publicou o CCBB no Twitter, ao lembrar-se do cada vez maior aprisionamento das pessoas às coisas, ao efêmero.

Pátio coberto de vasos de plantas; Foto: HÉCTOR ZAMORA

"Abuso da História" foi o que Héctor fez ao escolher o Hospital Matarazzo para se discutir a importância que damos aos objetos, ali vasos. Vasos que continham vida, as plantas, mas devido ao ponto em que chegamos, enquanto sociedade, a melhor opção não poderia ser outra que não a de joga-los das sacadas e janelas. Nada melhor que utilizar um espaço em que as pessoas, em pouco tempo, passarão suas vidas envoltas em objetos peculiares de um hotel. 

Uma das torres da futura "Cidade Matarazzo"

Héctor Zamora (42) nasceu na cidade do México e atualmente mora na capital portuguesa, Lisboa. Na mostra promovida pelo CCBB também é possível observar todas as intervenções feitas pelo mexicano nos últimos 16 anos. 

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Claudio Porto

Jornalista independente.

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