Amigos, Nação Corinthiana, estamos de volta para repercutir a vitória por 3 x 1 na Arena Corinthians ante o combalido Botafogo, a emocionante despedida de Tite da torcida do Corinthians e a chegada de Cristóvão Borges ao time. O título do texto é auto-explicativo, afinal, Tite e Edu Gaspar tiveram seu encontro final (ao menos nessa passagem) e ao mesmo tempo a sua despedida junto a torcida. Tivemos um novo encontro com a vitória. E por fim, o novo comandante teve seu primeiro encontro com o time e a torcida, mesmo que acompanhando a partida apenas das tribunas. Um novo momento se inicia no clube, que este momento seja uma continuidade do que vivemos até hoje.


O jogo começou com o adversário um tanto quanto recuado, que era realmente o que poderia fazer o Botafogo com as limitações técnicas que tem. O Corinthians com isso conseguiu se lançar um pouco mais ao ataque, e produzir mais do que nos minutos iniciais nas recentes partidas. Claro que ainda é cedo para analisar se houve ou não a solução daquele problema que temos colocado aqui, de propor o jogo no começo, mas o importante é que o time aos poucos conseguiu criar e abrir o placar. Sempre com ele, Fagner fez bela tabela pela direita com Rodrigo, e rolou para a entrada da área, para a chegada de trás de Bruno Henrique, que mandou um foguetaço no ângulo do goleiro Sidão (aquele nosso amigo mesmo), estava aberto o placar. Porém, não podemos esquecer que BH cumpre uma função de proteção á defesa, e nisso ele e Rodrigo tem deixado a desejar. Praticamente em seguida ao gol, após cobrança de lateral, liberdade total para que Sassá lançasse Leandrinho, que bateu alto, cruzado, um chute estranho que Cássio acabou aceitando. O goleiro sentia-se mal desde o começo do jogo, pediu até remédio, talvez isso tenha influenciado na fala, o goleiro acabou deixando o time no intervalo. O gol desestabilizou o time, o Fogo acabou conseguindo boas estocadas e não fosse pela incompetência de seus homens de frente, poderia ter virado a partida, por "sorte", o jogo foi para o intervalo em empate, com atuações fracas dos homens de frente, sobretudo de Romero, que como cansamos de dizer aqui, não se encaixa bem como centroavante. Pediam tanto ele nessa função onde ele nunca desempenhou bem, sinal de que mais de 99% dos nossos mais de 200 milhões de técnicos, são como Dunga.


Para a etapa final, como já dito, Cássio acabou deixando a partida e a batata quente nas mãos de Caíque, quarto goleiro do time com apenas 21 anos. Mas quem é bom é, o goleiro não foi testado em todos os fundamentos, mas foi muito testado em saída de gol e se mostrou muito bom, muito seguro, é um goleiro de futuro. O Fogão voltou a ter a proposta conservadora do início do jogo na etapa final, bastaram então seis minutos de jogo para o Timão se recolocar na dianteira do placar. M. Gabriel que até então seguia com a pontaria desajustada, arrancou pela ponta direita, trouxe pra dentro e disparou pro gol, bela jogada, belo gol. O adversário até tentava atacar mas esbarrava nas suas próprias limitações, o jogo foi cada vez mais se desenhando para uma ampliação do placar para o Corinthians ao invés do empate adversário. André entrou na vaga de Guilherme que fez maios um jogo não mais do que razoável com passes esparsos, os passes que ele descola até são bons, precisam ser mais constantes. O gol que finalizou a partida veio aos 43 apenas, quando Fagner levantou pra área, Balbuena ajeitou de cabeça e de novo ele, Bruno Henrique fuzilou no ângulo novamente, dois belos gols, é esse o BH que queremos ver, o BH com confiança, o BH que sabe finalizar, que foi o que motivou a sua contratação, pra isso, o ideal é que Cristian volte o quanto antes, pra que ele possa jogar mais solto. Uma boa vitória, um presente pra torcida em um dia triste, em um dia de emoção, de aperto no peito pela perda de Tite e de esperança (ao contrário do que os desesperados colocam, mas disso a gente fala já, já) com a chegada do novo comandante. Porém temos de colocar os pés no chão, o Botafogo infelizmente tem um time muito fraco, corre sério risco de descenso, uma pena pro ótimo Ricardo Gomes, talvez o melhor pra sua saúde seja até deixar o comando do clube.


Falando sobre as homenagens á Tite, já no último texto fizemos aqui nossa singela homenagem, é um nome eternizado como o maior técnico da história do clube, como um cara que vestiu a camisa do time como sua segunda pele e que leva o clube no seu coração, demonstrado isso nas suas lágrimas, lágrimas essas que exprimem o sentimento da maioria esmagadora da torcida. Toda homenagem é pequena perto do que Tite representa pro clube, sucesso pra ele e também para Edu, um cara de enorme identificação com o clube.

Bem, sobre o novo técnico, assusta ler tantas manifestações infelizes nas Redes Sociais. Ora, segundo a mídia, o Corinthians sondou inúmeros treinadores, sendo verdade ou não, todos estes rechaçaram através da imprensa comandar o Corinthians, bons profissionais, pessoas honestas que não quiseram largar seus compromissos profissionais atuais para assumir o Corinthians. Postura correta e importante deles, pois se exigimos o fim da promiscuidade dos clubes em relação aos treinadores (e isso deve ser elogiado frente as críticas que o grupo de Sánchez merece no clube) não devemos achar que a regra tem de ser a promiscuidade, tem de ser o treinador largar um bom trabalho, por que o Corinthians o está convidando. Dentre os desempregados Borges era a minha segunda opção, a primeira como vocês sabem era Abel Braga, mas como já explicamos no texto anterior, o título de 2005 e seus desdobramentos deixaram mágoas em ambas as partes e a Diretoria não soube superar isso para negociar com o ótimo treinador. Dito isto, e entendendo que não havia como insistir em técnico que foi á mídia para negar o clube, Cristóvão se configurou sim, como uma ótima opção, fez um grande trabalho logo quando apareceu no Vasco, depois disso enfrentou problemas justamente com essa promiscuidade no tratamento dos clubes com os técnicos e teve pouca sequência. Mas é um técnico com um ótimo plano ofensivo de jogo, extremamente honesto e muito promissor, acerta sim o Corinthians ao contratá-lo, por que é um cara desprovido de vaidade profissional, que não vai modificar completamente a filosofia para dar a "sua cara" ao time, não reparei se ele conversou com Tite em público durante o jogo, não sei se nos bastidores ele o fez, mas Carille certamente passará as coordenadas a ele, para que ele possa manter a filosofia, ao mesmo tempo que introduz suas ideias ao plano de jogo. O momento é de apoiar o profissional que chega ao clube, e quem pensa com a cabeça correta o fará, quem não pensa a gente conhece, uns pedem Luxemburgo (que acabou) no time, desses a gente sente apenas pena. Outros pedem Mano Menezes, isso é retroagir, é querer anular todas as melhorias introduzidas por Tite e querer que o time volte a jogar por contra-ataques, ou mesmo querer um poste no comando do time torcendo pra que Tite não dê certo na seleção e que volte. Não é por aí, temos de olhar pra frente, e pra frente o que temos é Cristóvão, que com tempo de trabalho pode sim, manter o Corinthians no caminho das vitórias e da luta por títulos.

Por fim, vale citar algumas coisas que precisarão ser ajustadas por Cristóvão, o time tem sérias dificuldades ainda na cabeça da área, muito se cita que quando Cristian entrou no time, o esquema teria mudado para um "4-2-3-1", nada disso, Cristian deu a proteção necessária a defesa e melhorou a saída de bola, Bruno claro o auxiliava, mas seguíamos tendo a figura do "1" na cabeça da área, o que mudou mesmo foi a liberdade que Guilherme passou a ter na meia, inicialmente para se destacar, hoje para dar dois passinhos e ficar satisfeito. O treinador trabalhou no Rio na maior parte da carreira, e por isso deve conhecer Willians, pode ser que o camisa 5 ganhe uma chance e Bruno seja solto, tomara que Cristian volte logo, mas essa é uma alternativa enquanto isso. Citamos sempre aqui que Romero centralizado não dá, mas os nossos 30 Milhões de técnicos precisaram ver isso mais uma vez para crer, viram, então temos de ir atrás de um centroavante, de um atacante de ofício, pois infelizmente, as opções que temos André e Luciano não estão funcionando. A filosofia deve sim ser mantida, mas o técnico deve colocar na cabeça dos atletas a competitividade, do meio pra frente o time passa um sentimento de que "a posição está ganha", isso pode ser modificado com a mudança de comando. Novamente, vamos APOIAR Cristóvão Borges, o seu sucesso no clube é a nossa alegria, essa coisa da medição de fanatismo por crítica, é um conceito totalmente deturpado.


Curta nossa Página: Jovens Cronistas! (Clique)


Imagens: GazetaPress, Ag. Corinthians. 


Compartilhe:

Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours