Caros amigos, com a devida licença do colunista Ricardo Machado, estou trazendo uma pitada histórica para os confrontos da Champions League.

Ricardo, por sinal, analisou as partidas assim que o sorteio foi realizado.

A ideia, aqui, é contribuir com detalhes históricos, com alguns números e com pontos de desequilíbrio nas equipes que participam das quartas de final da competição europeia.

Nesta terça, teremos dois confrontos:

Atlético de Madrid x Real Madrid

No clássico de 110 anos de história, os rivais de Madrid têm razões, cada um a seu modo, para chegar com o ego inflado neste mata-mata.


O Atlético continua sólido na defesa, mas ganhou força ofensiva com as chegadas de Griezmann e de Torres, por incrível que pareça. O francês é o artilheiro do time na temporada com 18 gols. Já El Niño, taxado como displicente – para dizer o mínimo – no Chelsea e, sobretudo, no Milan, ganhou alma no time colchonero.

O esquadrão de Simeone conquistou a Supercopa da Espanha, nesta temporada, sobre seu primo rico em agosto, com gol de Mandzukic, e parece ter encontrado a fórmula para deter Cristiano Ronaldo e companhia.

O Real acabou com sua sina e ganhou La Decima sobre seu rival íntimo, a partir do fatídico minuto 93 – quando Sergio Ramos escorou de cabeça, tal qual fosse um chute, o escanteio cobrado por Modric, em maio passado. Na prorrogação e, com um rival extenuado, os merengues atropelaram. Melhores momentos do jogo aqui.

Após a invencibilidade de 22 jogos, quebrada em janeiro, e a turbulência, ocasionada pela goleada sofrida para o Atleti, os merengues estão no melhor momento de 2015.

Destaques: Tabu merengue. Nos últimos oito clássicos, disputados por quatro competições diferentes, o Real ganhou "apenas" um.  Simeone e seus soldados ganharam 4, e obtiveram outros 3 empates. 

E daí? O detalhe é que essa única vitória deu a décima orelhuda à equipe de Carlo Ancelotti.

Kaká, à época no Milan, foi o último jogador a balançar as redes rojiblancas no Vicente Calderón pela Champions League. Desde então o Atleti encarou seis times (entre eles Barcelona, Chelsea e Juventus) e não sofreu gols. 

Desde abril de 2013, o Real Madrid não perde duas partidas consecutivas na competição estrelada. Na oportunidade, os merengues caíram diante do Galatasaray 3 a 2 e do Borussia Dortmund 4 a 1 - ambos fora de casa. O Real perdeu para o Schalke 04 por 4 a 3, há cerca de um mês.

Juventus x Mônaco

Um confronto interessante começará a ser disputado em Turin. A partida entre os bianconeri e os rouge et blanc, que já foi semifinal de Champions League, tem mais equilíbrio do que se imagina.


Em 1998, as duas partidas, que colocaram o time de Turin na finalíssima, foram bem diferentes (momento Paulo Vinícius Coelho da postagem). 

Na ida, no histórico Delle Alpi, Zinedine Zidane e Alessandro Del Piero, autor de um hat-trick, só não fizeram chover, na goleada da Vecchia Signora por 4 a 1. 

O Monaco, liderado pelo jovem Thierry Henry, e que contava ainda com o goleiro Fabien Barthez e o atacante David Trezeguet, venceu a partida de volta, no St. Louis II, por 3 a 2. Contudo, o placar foi insuficiente e a Juve avançou.

Os franceses citados, além de Didier Deschamps, jogador da Juventus à época, participaram da desforra francesa sobre a Seleção Brasileira, na Final da Copa do mesmo ano. Deschamps, inclusive, levantou a taça do Mundial no Stade de France, em Saint-Denis. Mas vamos voltar ao que interessa. 

Aqui, os gols das duas partidas, no site da ESPN Brasil.

Hoje, os italianos têm o favoritismo, já que estão com o título praticamente assegurado da Liga Calcio. 

Entretanto, nas últimas participações fora da Itália, a equipe tem sucumbido. Não à toa, caiu para o Benfica, nas semifinais da Europa League - na temporada passada - e na Champions League, desde o biênio 2002-03 quando foi vice-campeã ao perder para o Milan, a Juve não chega a semifinal.

Franco atiradores, os franceses eliminaram o Arsenal, especialmente pela partida tática beirando a perfeição no Emirates Stadium. A confiança fica no forte sistema defensivo de Leonardo Jardim.

A equipe, considerada a mais vulnerável dentre os quadrifinalistas, já foi vice-campeã em 2004, deixando rivais como Real Madrid e Chelsea (no começo de Roman Abramovic em Stamford Bridge com seu aporte financeiro) para trás. O Porto de José Mourinho ergueu o troféu, em decisão disputada na Veltins Arena, em Gelsenkirchen.

Destaques: Em cinco dos oito jogos do Mônaco na Champions, a equipe não teve as redes balançadas. Ao lado do Atlético de Madrid, os monegascos têm a melhor defesa da competição, com quatro gols sofridos.

Tévez decisivo. O argentino marcou oito gols em seis jogos pela Champions, dois deles fundamentais, no caldeirão de Westfallen, contra o Borussia Dortmund.

Os dois jogos acontecem às 15h45, respectivamente no Vicente Calderón e na Arena Juventus.

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