Rahel Patrasso/Reuters

Caros amigos amantes da Sociedade Esportiva Palmeiras, cá estou eu novamente, e para ser bem sincero, nem sequer queria estar, de tão desiludido.

Vos deixarei claro que este não é um texto do mesmo tipo dos outros papos de torcedor. É um único e exclusivo desabafo, por isso, não espere uma análise tática, nem um foco no jogo como o principal desse texto.

O Palmeiras nessa terça-feira, dia 27, recebeu o Grêmio pelas quartas de finais da Libertadores com a vantagem de 1 a 0 no jogo de ida. O confronto era difícil, mas o retrospecto era extremamente favorável. Nunca na história o Grêmio havia vencido o Palmeiras no estádio do Pacaembu, palco do confronto. Fora isso, o Grêmio jamais venceu o Palmeiras por dois gols de diferença em São Paulo.


Bom...Esse texto não sai exatamente no pós-jogo da partida. Afinal, precisei de um pouco de tempo para tomar coragem e vir digitar o texto que você leitor está lendo nesse momento, muito pelo desânimo de mais uma vez ter a sensação de ver um filme parecido.

O Palmeiras mais uma vez foi eliminado da maneira mais decepcionante possível para um torcedor. Sendo inoperante, inofensivo, sem qualidade.

Eliminações sempre são doloridas, sempre são decepcionantes, mas existem aquelas eliminações onde você vê o time deixar tudo em campo, aquelas eliminações por detalhe.

Não, esse não foi o caso. E também não foi o caso contra o Corinthians na final do Paulista no ano passado, assim como não foi contra o Cruzeiro na Copa do Brasil, assim como foi no primeiro jogo em La Bombonera contra o Boca, assim como não foi contra o São Paulo no Paulista, assim como não foi contra o Internacional na Copa do Brasil.

Percebam o quão agonizante é esse paragrafo acima. O quão é difícil e embaraçoso ler esse repetitivo parágrafo com as mesmas coisas. Deixa o texto até mal feito não?

É exatamente esse o reflexo da Sociedade Esportiva Palmeiras, ele é o resumo do embaraçoso paragrafo acima. Um time repetitivo, tedioso, desorganizado na hora de propor seu jogo, sem identidade e sem uma estrutura coesa.

Eu não irei falar do jogo taticamente, nem seus aspectos. Porque afinal, nossos caros e fiéis leitores já sabem o resultado do jogo, e se acompanham o time, sabem que não há novidade no Palmeiras, principalmente se for em uma eliminação em mata mata.

Parece aquele filme genérico de ação, ou aquela telenovela batida. É o mesmo roteiro, o mesmo enredo com o mesmo final.

E a culpa é de Luiz Felipe Scolari? Digamos que sim, mas os principais culpados chamam-se Alexandre Mattos e Maurício Galiote.

Foram eles quem puseram o maior técnico de nossa história no posto. Em momento nenhum, em seus mais de 70 anos de vida, Felipão esboçou alguma vez vontade de mudar seu hoje obsoleto estilo de jogo que já fora extremamente efetivo e o elevou a ser um dos maiores técnicos da história de seu país.

Felipão está fazendo o que sabe fazer e é só dessa maneira que ele sabe fazer e irá brevemente se aposentar sem mudar isso.

Mas de quem é realmente a culpa? A culpa disso tudo é da incompetência de uma diretoria sem plano de filosofia para seu clube, da mal montagem desse milionário elenco e também dos próprios jogadores e sua panela que força ter de trazer um cara do tamanho de Luiz Felipe Scolari para dar jeito no mau-caratismo de alguns jogadores que ali povoa.

Para alçar bola na área e viver de contra ataques, o Palmeiras de Gilson Kleina já fazia com uma folha salarial menor que de Dudu e Ramires.

Enquanto não mudarmos nossa maneira de pensar futebol, continuaremos com jogadores que jamais atingirão seu potencial técnico.

Hoje, um time que em décadas passadas fora chamado de ACADEMIA DE FUTEBOL por duas gerações distintas ainda, de tão vistoso era seu futebol,  é sustentado por laterais na área para que o craque Deyverson possa dar sua casquinha de quase 400 mil reais.

Ou mudamos toda a mentalidade, ou ficaremos para trás, pois se dinheiro fosse tudo, o mundo árabe e chinês estariam muito acima do que vemos hoje. Apesar do orçamento milionário, o filme permanece sendo mais do mesmo.



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João Paulo Travain

26 anos, formado em história na Universidade Estadual do Paraná-Campus Paranavaí. Amante de música, e futebol, sendo adepto fanático pela Sociedade Esportiva Palmeiras, a Juventus F.C e o Boston Celtics.

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1 comments so far,Add yours

  1. Faço minhas suas palavras e venho falando isso faz tempo. Triste ver um time desses sem repertório nenhum.

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