Marcello Zambrana/AGIF

Salve tricolores! Após a derrota no clássico do último domingo, diante de um Santos cheio de novidades, o São Paulo entrou em campo pela sequência do Campeonato Paulista contra o bom time do Guarani, no Pacaembu, em jogo válido pela quarta rodada da primeira fase, em busca de sua terceira vitória na competição.

Tentando afastar a desconfiança da torcida, André Jardine escalou o time da seguinte forma: Tiago Volpi, Bruno Peres, Arboleda, Anderson Martins e Reinaldo; Jucilei, Liziero e Everton; Helinho, Diego Souza e Pablo. Escalação seguindo o rodízio de pelo menos três jogadores, o que é compreensível. Um setor ofensivo bastante interessante, mesmo que sem um camisa 10, mas com Diego Souza um pouco mais recuado, como aliás, já jogou muito na carreira. Desta vez, Bruno Alves, Hudson e Nenê saíram do time. Vale lembrar que na próxima quarta-feira (06), o São Paulo joga a primeira partida da 2ª fase da Pré-Libertadores, contra o Talleres, na Argentina.

Com a bola rolando, logo no primeiro minuto de jogo o Guarani abriu o placar, com William Matheus. Em escanteio cobrado por Felipe Amorim jogou no meio da área, o lateral bugrino apenas se antecipou a desatenta defesa tricolor, sobretudo ao seu marcador Igor Liziero. O gol fez o São Paulo acordar e três minutos depois, Everton quase empata de cabeça, após cruzamento de Bruno Peres. Klever, goleiro do Guarani, fez grande defesa, espalmando para escanteio.

A pressão no entanto não veio, e o São Paulo só voltou a ser perigoso de fato aos 20 minutos, quando o capitão Reinaldo acertou o travessão, em cobrança de falta. Uma pancada. Pecado não ter entrado. Aos 26', Hudson entrou no lugar de Jucilei, que saiu sentido dores. A postura do time visitante era esperar o anfitrião se lançar e aproveitar os espaços no contra ataque. O São Paulo, por sua vez, aumentava o volume de jogo, mas sem criar nada especial. Somente aos 38', Helinho contou com a sobra de bola na área e chutou cruzado, muito próximo a trave direita de Klever. Quase.

Aos 41', Pablo marcou, mas não valeu. Isso porquê o atacante estava em posição de impedimento após rebote de Klever em cabeçada de Anderson Martins, após cruzamento de Reinaldo. Dois minutos depois, Diego Souza teve boa chance, mas também desperdiçou.

Primeiro tempo em que a equipe se mostrou disposta a jogar, mesmo sem a criatividade de Nenê ou Hernanes (aguardado para o segundo tempo). O lado esquerdo funcionou, com o capitão da noite, Reinaldo e Everton a frente. Este último aliás é talvez o melhor jogador neste início de ano e peça importantíssima. O gol instantâneo, porém, preocupa. William Matheus não é nenhum exímio cabeceador e andou livre pela área tricolor. Erros como esse podem custar a Libertadores e o ano.

Adriana Spaca/FramePhoto/Folhapress

No segundo tempo, a espera de Hernanes, a torcida viu o time começar timidamente tentando controlar o jogo. As investidas eram em geral nas tentativas de bolas longas com poucas tramas bem executadas. Para tentar mudar isso, Jardine chamou o Profeta, para alegria da torcida. A mexida, inclusive, foi ousada. Anderson Martins saiu e Hudson passou a fazer as vezes de zagueiro.

Aos 21 minutos, a primeira boa chance do segundo tempo. Diego Souza em duas vezes chegou muito perto de empatar. Primeiro, cabeceou bem após cruzamento de Everton. No rebote, chutou cruzado para fora. Aos 27', Helinho saiu para a entrada de Nenê. Aos 32', o São Paulo ficou com dez em campo e não foi por expulsão. Liziero sentiu e saiu de campo quando o Jardine já tinha feito as três substituições.

Na última parte do jogo, o São Paulo se postava todo a frente do meio campo. No entanto, encontrando um Guarani bem fechado, não conseguia soluções para furar o ferrolho bugrino, nem mesmo com dois camisas 10 em campo. Hernanes atuava centralizado, enquanto Nenê caiu pela direita.

Aos 41', após cobrança de falta de Nenê, Hudson levou perigo ao desviar de cabeça. Aos 42', Nenê iniciou a jogada pela direita e Hernanes finalizou com perigo, para boa defesa de Klever. A essa altura, a insistência em bolas alçadas voltava a ser grande, facilitando a vida da defesa alviverde. Até Volpi se atreveu a ir para área no último lance, mas em nada deu. Derrota.

Um primeiro tempo razoavelmente bom e um segundo tempo ruim pelas poucas chances criadas e muitos erros, além da insistência irritante em alçar bolas na área. Jogar o tempo todo atrás do placar não é fácil, então a atenção e ''sangue no olho'', da mesma forma que foi contra o Santos, poderiam ter feito a diferença positivamente. No jogo seguinte após o clássico, o time parece não ter amadurecido muito e perde muito sem Nenê. Hernanes deve melhorar o time, sem dúvidas, mas ser dependente de um jogador não pode acontecer. Assim, o São Paulo conhece a sua segunda derrota consecutiva, jogando fora o bom início e otimismo. Não pelo resultado, visto que o Guarani não é uma má equipe, mas pela falta de repertório. Klever fez sim uma grande partida, talvez o melhor em campo, mas vale destacar que sua equipe abdicou de jogar e isso trouxe o São Paulo para cima, mesmo assim os comandados de Jardine não conseguiram aproveitar.

Marcello Zambrana/AGIF

Diego Souza e Pablo não se acertaram juntos desta vez. Hernanes e Nenê podem jogar juntos em determinados momentos, qualidade nunca é demais. Cabe a Jardine definir um sistema de jogo que assegure a falta de combatividade dos dois cérebros são-paulinos, o que parece ser difícil no momento, com uma defesa dando algumas bobeadas que comprometem jogos. Ofensivamente, Reinaldo foi muito bem, Bruno Peres não foi mal. O meio campo titular de hoje foi mal, com os volantes pouco acertivos. Everton mais uma vez foi o melhor, é quem busca o jogo a todo momento. Helinho perdeu grande chance e parece precisar ser preservado em alguns momentos, é muito jovem, mas talentoso. O ataque pouco fez medo ao adversário, com maiores oportunidades para Diego Souza, mas ainda pouco. No geral, cabe aguardar uma real evolução. Jardine até se mostrou ousado na escalação e mexidas, porém sem sucesso.

Miguel Schincariol/Getty

O São Paulo empacou nos seis pontos e ainda é primeiro, mas vê seu grupo embolado. Oeste tem cinco pontos, Ituano, quatro e Botafogo, um. A primeira fase não deve ser problema em termos de classificação, mas rivais como Palmeiras e Santos já somam, 10 e 12 pontos, respectivamente. A comparação é sempre esperada, ainda mais com o time da vila, que tem um elenco inferior tecnicamente. Na próxima rodada, última antes do jogo decisivo contra o Talleres-ARG, pela Pré-Libertadores, o São Paulo encara o São Bento, novamente no Pacaembu, domingo (3).




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Gervasio Henrique

Jovem jornalista, 24. Ciente de que a batalha está começando e mais certo ainda de que lutará com todas as forças por seus ideais. Maior intimidade com esporte, automotivo e cultural. "Sem sonhos não há vida".

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