Treze candidaturas estão postas à escolha do eleitorado e 26 é o número de candidatos à presidente e vice-presidente do Brasil nas eleições 2018

O aspecto folclórico do pleito presidencial parece não sentir a ausência de Levy Fidelix (PRTB), que retirou a candidatura para apoiar seu correligionário general Hamilton Mourão como vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL). Para a saída do “candidato do aerotrem”, há a resistência de José Maria Eymael (PSDC), o autodefinido “democrata cristão” que participa da corrida pelo Planalto apesar dos revezes das outras tentativas – 1998, 2006, 2010 e 2014. Na falta de ineditismo de Fidelix e Eymael, João Goulart Filho, herdeiro direto do ex-presidente João Goulart, último presidente eleito antes da ditadura de 1964, será candidato pela primeira vez, representando o nanico Partido Pátria Livre – PPL, assim como Cabo Daciolo, o deputado da bíblia, pelo Patriota.
Imagem: Cartunista Renato Machado
Com o fim do prazo dado pelo Tribunal Superior Eleitoral – TSE para a apresentação das chapas presidenciais, por meio das convenções nacionais, treze candidaturas estão postas à escolha do eleitorado, e 26 é o número de candidatos à presidente e vice-presidente do Brasil nas eleições 2018.

Da direita à esquerda do espectro político, candidatos iniciam a campanha por votos, oficialmente, no dia 16/08 e no dia 31/08, com a veiculação de programas em cadeia de Rádio e TV. Antes participam de dois debates na TV aberta: o primeiro, promovido pela Rede Bandeirantes, já realizado no dia 09/08 (clique!), e o segundo, no dia 17/08, pela parceria Redetv/Istoé e portal UOL.

Das treze chapas postulantes ao Planalto, duas são encabeçadas por mulheres e outras quatro levam a figura feminina no posto de vice. Marina Silva (REDE), segunda colocada em algumas pesquisas de intenções de votos em cenários sem o ex-presidente Lula, e Vera Lúcia (PSTU), sem pontuar nos últimos levantamentos, são as candidatas oficiais de suas siglas à Presidência da República enquanto as senadoras Kátia Abreu (PDT-TO) e Ana Amélia (PP-RS), a líder indígena Sônia Guajajara e a pedagoga Suelene Balduino Nascimento são as vices das chapas de Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Cabo Daciolo (Patriota), respectivamente. O número de candidatas à vice pode aumentar com a definição da chapa petista que, independente de ser encabeçada por Lula ou Fernando Haddad, terá a deputada federal Manuela D’Ávila como vice. Hoje a legenda confirma o ex-prefeito paulistano como vice de Lula.
Imagem: Cartunista Renato Machado
A suposta preocupação com a participação da mulher na política acompanha a necessidade das siglas por recursos financeiros, já que a eleição presidencial deste ano é a primeira em que doações de pessoas jurídicas estão proibidas, e busca cumprir a nova legislação eleitoral, que estabelece fundo de 1,7 bilhão de reais para o custeio de campanhas eleitorais e impõe a aplicação de ao menos 30% dos valores no financiamento de candidaturas femininas. Isso explica, em parte, a corrida de candidatos a cargos majoritários por mulheres para compor chapas.

“Santo” movimento de Alckmin e Ana Amélia

Para tanto, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB)  fechou como “Centrão” (clique!) e permitiu que de lá saísse sua vice, a senadora Ana Amélia (PP-RS). Candidatos pela coligação Para Unir o Brasil, Alckmin e Amélia registraram a candidatura no TSE antes do dia 15/08, data limite para o registro, e declararam ter patrimônios de 1,4 milhão reais e 5 milhões de reais, respectivamente.  Enquanto o candidato tucano é conhecido por “Santo”nas planilhas da Odebrecht (clique!), Ana Amélia recebeu o apelido de “Véia” nos mesmos documentos. A senadora gaúcha se notabilizou, recentemente, por apoiar ataques àcaravana do ex-presidente Lula pela região Sul do País e por confundir a emissora de tevê “Al jazeera” com o grupo extremista islâmico “Al Qaeda”, no episódio da entrevista dada pela também senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) ao canal árabe. À época, a senadora chegou a comentar que o PT estaria convocando um exército de terroristas para defender o ex-presidente Lula, preso desde abril.
Foto: Félix Zucco 
Apoiadora do Impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, Ana Amélia é ligada a movimentos à direita política, como MBL, e parlamentar requisitada pelo agronegócio sulista. Há quem veja na escolha de Ana Amélia um movimento estratégico do ex-governador que, primeiro, por acompanhar as negociações e ter a figura de uma mulher ao lado durante toda a campanha e, segundo, por ter minado, ainda que pouco, a candidatura de seu concorrente direto, Jair Bolsonaro (PSL), pelos laços da senadora com grupos que também apoiam o capitão da reserva.    

Apesar do pouco contato com Ana Amélia, Alckmin parece já ter se contagiado pelo senso desorientado da gaúcha conservadora. O ex-governador confundiu Angélica com Eliana durante participação em um evento comandado pelo apresentador Luciano Huck, que diz ter preferência pela candidatura de Marina Silva (REDE).

“Debatendo” com Marina e Eduardo

Candidata pela terceira vez, Marina Silva enfim participa da corrida eleitoral por seu partido, a REDE Sustentabilidade. Se com o fim dos pleitos de 2010 e 2014 ela fortaleceu a ideia de ser a terceira maior força política do País, atrás da polarização PT e PSDB, este ano a candidata busca vencer apesar de defender os mesmos pontos e o mesmo discurso, de inflexões “debatendo” e “dialogando”. Sem aprofundar ideias de governo, a candidata condiciona a sociedade como a outra ponta do tal “debate” e “diálogo”.
Foto: Reprodução / Instagram de Marina Silva
Ex-senadora e ex-ministra, Marina esteve no PT e passou pelo PV, de onde saiu por não “compactuar com o fisiologismo” da legenda e fundar sua REDE. Em 2014, após a derrota em primeiro turno, apoiou Aécio Neves no segundo turno e, hoje, parece ter aberto mão do passado com o PV em troca de alguns segundos no programa eleitoral de Rádio e TV para ser candidata ao lado de Eduardo Jorge, seu vice e representante dos “verdes”.

Compor chapa com o ex-deputado federal e médico sanitarista do PV foi, de longe, o movimento mais pragmático de Marina, já que seu partido tem sofrido esvaziamento ao ponto de não assegurar a candidata nos debates. Sozinha, a REDE tem apenas três parlamentares, dois a menos que o mínimo necessário, imposto por lei, para a participação em debates ou entrevistas.

Ciro tem Abreu

Outro ex-ministro de Estado que pleiteia à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) forma chapa com a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), simpática ao agronegócio e conhecida como “Miss Desmatamento” – por entidades como GreenPeace, e fará campanha apenas com o apoio do nanico AVANTE após o insucesso nas negociações com o “Centrão” (clique!) e nas conversascom o PT (clique!).
Foto: Reprodução / Instagram de Kátia Abreu
Ótimo quadro, Ciro deve sofrer com o isolamento político que, em parte, ajudou a construir. Apesar da pré-campanha desastrosa, de negociações controversas promovidas por sua equipe, a candidatura de Ciro é necessária para o bom debate.

Bolsonaro e Mourão

O mesmo não se pode dizer da presença do candidato pelo PSL, deputado federal Jair Bolsonaro, na disputa. A candidatura do capitão da reserva ameaça, sem receio, o bom debate de ideias.

À base de frases prontas, como diria Ciro Gomes, Bolsonaro apresenta-se como o diferente, o salvador, o mito, enquanto representa as piores práticas da política: enriquecimento próprio e de sua família por meio de dinheiro público que, apesar de lícito, é incongruente com o próprio discurso do candidato que se coloca como o “novo”; o estelionato eleitoral de reforçar termos-chave como maneira de ludibriar o eleitor e esconder seu despreparo para exercer qualquer atividade pública, e o nepotismo à moda coronel, aquele que usa do instrumento do voto, por meio do apoio em campanha, para inserir parentes na política.
Foto: Marcelo Chello
A ignorância política de Bolsonaro surfa na indignação –questionável – de parte da sociedade brasileira para intimidar grupos historicamente desamparados pelo Estado. Não por acaso sai ao ataque contra movimentos que carregam pautas como a luta pela causa LGBTI, o combate à violência contra a mulher, o fim do racismo e a igualdade entre os gêneros.

Após negativas da advogada Janaina Paschoal, do decadente Luiz Philippe de Orleans e Bragança, e do pseudoastronauta Marcos Pontes, o vice de Bolsonaro será o general da reserva Antônio Hamilton Martins Mourão, defensor confesso da intervenção militar e filiado ao PRTB de Levy Fidelix. Recentemente, Hamilton Mourão mostrou a que veio no pior dos sentidos. O candidato à vice-presidente da República disse que o “Temos [o Brasil] uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena, minha gente. Meu pai é amazonense. E a malandragem, nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Então, essa é o nosso cadinho cultural. Infelizmente, gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas".

Pode-se dizer que Mourão “veio para somar” na candidatura daquele escolhe quem é “merecedor” de estupro ou fuzilamento. Bolsonaro é a força que catalisa o movimento conservador ditado pela linha dura das delegacias e quartéis. O capitão da reserva dá voz e vez ao general e, de quebra, ainda deixou uma réplica sua no PATRIOTA, partido que, com a colaboração do clã Bolsonaro, sucedeu o antigo PEN.

Daciolo: o candidato da bíblia

Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, conhecido como Cabo Daciolo, é uma réplica piorada de Jair Bolsonaro. O “servo do Deus vivo” só existe enquanto candidato à Presidência  porque no início deste ano Jair Bolsonaro ameaçou lançar sua candidatura pelo Partido Ecológico Nacional –PEN, que, para atender o clã do capitão da reserva, veio a ser PATRIOTA em um movimento que levou congressistas a se filiarem à legenda nanica e deu o direito da candidatura dita patriota de Daciolo participar de debates. Hoje a bancada do PATRIOTA no Congresso tem cinco parlamentares, o mínimo exigido para participação nos debates. Até a passagem de Bolsonaro, o antigo PEN havia elegido apenas dois deputados federais nas eleições 2014 e, acredito, não tinha a pretensão de lançar candidatura própria à Presidência da República.  
Foto: Adriano Oliveira
Eleito pelo PSOL fluminense, Daciolo é egresso do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e já propôs a alteração de “povo” para “Deus” no trecho que diz “todo poder emana do povo”, do primeiro artigo da Constituição Federal. O episódio o levou à expulsão da legenda esquerdista em 2015. Por um ano, o hoje candidato pelo PATRIOTA ficou sem partido até conseguir se filiar ao PT do B e, na sequência, o antigo PEN.

Acompanhado da pedagoga candanga Suelene Balduino Nascimento, que é candidata à vice na chapa, Cabo Daciolo veio para renovar o folclórico sistema eleitoral brasileiro que, neste ano, não tem Fidelix.

Boulos e Guajajara: a via de escape

Por falar em renovação, a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) e Sônia Guajajara (PSOL) parece cumprir a demanda, já velha, por novidades. Líder do Movimento de Trabalhadores sem Teto – MTST, Boulos apesar da forte ligação com o PT lançou-se candidato à Presidência pelo PSOL, partido fundado por ex-petistas contrariados com as decisões políticas do partido de Lula, e tem liderado uma campanha à moda psolista: em contato direto com a faixa mais jovem do eleitorado, principalmente ligado ao mundo universitário, e com a classe média/alta artística e cultural.
Foto: Divulgação / PSOL
Guilherme Boulos tem 36 anos e traz como vice Sônia Guajajara, líder indígena natural do Maranhão. Sua candidatura difere de outras já lançadas pelo PSOL em apenas um ponto: Boulos é líder de um grande movimento social, ou seja, tem volume eleitoral, coisa que nenhum outro candidato da legenda socialista nunca teve – ou tem nos casos dos postulantes à Câmara e Senado Federal. Contudo, o programa de governo difundido por ele é o mesmo, salvo algumas atualizações, dos postulantes de outros tempos. Isso acontece, acredito, porque a direção do PSOL mantém as rédeas de sua posição ideológico-programática sob seu controle. Ao menos essa é a impressão para quem está de fora.

A candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) ocupa o mesmo campo de Ciro Gomes (PDT). Campo que, como tudo indica, deve apontar a verdadeira renovação política.

Tríplex: Lula, Haddad e Manu D’Ávila

Presodesde 7 de abril (clique!), o ex-presidente Lula será registrado como candidato do PT à Presidência da República no dia 15/08. No entanto, como o registro deve ser cassado pelo TSE por infringir a Lei da Ficha Limpa, o PT já definiu como deve sua posição no pleito de outubro: levar a candidatura de Lula o mais longe possível à base de liminares e recursos, caso se faça necessário, enquanto o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e a deputada estadual do Rio Grande do Sul Manuela D’Ávila (PCdoB) percorrem o País em campanha como possíveis candidatos à presidente e vice-presidente do Brasil, respectivamente.
Foto: Reprodução /  Blog Marcos Weric
A estratégia tem como único objetivo manter o poder de transferência de votos de Lula, na casa de 30% segundo alguns levantamentos, caso o seja proibido de levar a sua candidatura até às urnas nos domingos 02/10 e, em caso de 2º turno, 28/10.

Ainda assim, em um cenário com Lula fora da eleição, a coligação “Brasil feliz de novo”, de PT, PCdoB, PROS e PCO, acompanha o movimento por renovação ao trazer Haddad e Manuela D’Ávila como candidatos. A força política do ex-presidente não embargaria uma chapa e um programa de governo que parecem representar tão bem o nosso tempo, uma candidatura própria do século XXI.

O movimento pela liberdade de Lula, a principio, trata-se de se fazer justiça, já que o ex-presidente foi condenado e está preso em um processo arbitrário e sem material probatório (clique!). Sua presença nas urnas é um direito que não pode ser violado. E o mais importante: não o garante como vitorioso.

Amôedo dos bancos

Ligado ao mundo financeiro de CityBank, BB-Creditansalt, Fináustria e Itaú-BBA, João Amoêdo representa o NOVO no pleito presidencial. NOVO é o partido fundado em 2011 e registrado no TSE em 2015, e não as ideias que, a propósito, são as mesmas defendidas há tempos por candidatos do mercado financeiro: privatização irrestrita de estatais e a austeridade para a felicidade e lucro dos rentistas.
Foto: Divulgação / Partido NOVO
Apesar de defender o mesmo neoliberalismo de sempre, Amoêdo ao menos mantém retórica coerente a sua história e não deixa dúvidas quanto à sua posição. Por esse lado e em uma estrutura em que ludibriar é regra, João Amoêdo é “novo” ao prometer comercializar o patrimônio público e propor a mesma contrarreforma da Previdência de Temer. Seu vice é o doutor em ciência política Christian Lohbauer.

Alvaro Dias e Rabello de Castro: a velha política velada

À contramão do movimento por renovação há a candidatura de Alvaro Dias (PODEMOS) e Paulo Rabello de Castro (PSC). E pior, para a chapa do PODEMOS não basta representar a velha política, tem de usar o discurso chavão dos nossos tempos: se colocar como novo na política.

Dias entrou na política ao final da década de 1960, como vereador no município de Londrina. Já na década de 1970 esteve na Assembleia Legislativa paranaense como deputado estadual. Ainda na década de 1970, foi para Brasília como deputado federal e senador, retornando ao Paraná já ao final da década de 1980 para concorrer, e ganhar, o governo do Paraná. Até abril deste ano, Alvaro ocupava uma das 81 cadeiras do Senado Federal, onde está desde 1999. Ao longo de quase 50 anos de carreira política, o candidato da coligação PODEMOS, PSC, PRP e PTN passou por oito legendas – PMDB, PST, PP, PSDB, PDT e PV.
Foto: Fernando Chaves
O dito “novo” Alvaro Dias defende a operação Lava Jato ao ponto de prometer que, em um eventual governo, o juiz Sérgio Moro será seu ministro da justiça. Ao seu lado na campanha, o economista Paulo Rabello de Castro foi presidente do BNDES sob o (des)governo Temer e é investigado pela PF por ter participado de esquema de fraudes no “Postalis”, fundo de pensão dos Correios.

Alvaro Dias é candidato sem ideias ou propostas para os problemas do País. Dias está ao nível de Alckmin, com a diferença da retórica do segundo ser um pouco melhor. Aliás, Dias e Alckmin ocupam o mesmo campo político, aquele escorado na muleta –literalmente – das velhas promessas vazias.

Meirelles de Temer: a velha política descarada

Além de incorporar a velha política, Henrique Meirelles (MDB) representa a continuidade do (des)goveno Temer, o mais impopular desde há redemocratização.

Ex-ministro da fazenda de Michel Temer, Meirelles tem usado do período em que esteve à frente do Banco Central, ainda sob o governo Lula – uma das muitas contradições políticas do ex-presidente –, na elaboração de seu discurso e tapar os laços com o presidente-nosferatu. Ele está no pleito ao lado de Germano Rigotto (MDB), ex-governador do Rio Grande do Sul, para carregar a pecha de candidato de Temer e deixar o caminho livre para Geraldo Alckmin (clique!).
Foto: Galileu Oldenburg
Henrique Meirelles tem patrimônio em paraísos fiscais (clique!) e foge de Temer recorrendo à Lula. Tão no quanto a expressão “não existe luta de classe”.

Eymael, o democrata incansável

Do alto dos 78 anos, José Maria Eymael (DC) é candidato a presidente do Brasil pela quinta vez e o presidenciável mais velho do pleito.

Sua participação política não se restringe a insignificância do lema “democrata cristão” ou do jingle “Ey ey Mael”. Eymael foi deputado constituinte, é dono do Partido Social Democrata Cristão – PSDC e típico cacique político brasileiro: mantém a existência de seu partido, sem ideologia, em troca do fundo partidário, na ordem de 980 mil reais anuais.
Foto: Reprodução / Facebook de Hevio Costa
O pastor da Assembleia de Deus do Rio de Janeiro e professor na Faculdade Cristã do Brasil – FCB, Helvio Costa (PSDC) é o vice de Eymael.

Vera Lúcia e a “esquerda golpista”

Vera Lúcia e Hertz Dias são os representantes do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado –PSTU no pleito presidencial. A ex-operária do setor de calçados do estado de Sergipe e o professor da rede de ensino do Maranhão compõe a chapa que sabe, desde sempre, que não vai ganhar.
Foto: Romerito Pontes
O partido é tachado de “golpista” por legendas como o Partido da Causa Operária – PCO, também do espectro à esquerda, pelo seu posicionamento, em dado momento, contrário à nomenclatura “golpe” para o impeachment de Dilma Rousseff, e pelo isolamento no campo esquerdista.

Goulart Filho, o dejavú está completo

Milicos. Direita e esquerda. Censura. Convulsão social. Tópicos que remontam a década de 1960, do golpe militar sobre o presidente João Goulart, em 1964, e do início da ditadura de 21 anos, e compõem facilmente o Brasil de hoje.

Filho de “Jango”, João Goulart Filho é candidato à Presidência da República pelo Partido Pátria Livre – PPL ao lado do jurista Léo Alves, que se dispôs para ser vice na chapa.
Foto: Divulgação / PPL
Para alguns, levar Goulart Filho ao Planalto, ou seja, eleger o candidato do nanico PPL seria uma "reparação histórica" pelo o que a conjuntura política de 1960 provocou ao então presidente João Goulart.

Para o articulista, não, não seria reparação alguma eleger um presidente da República pela sua linhagem familiar a despeito de propostas e de força política, que, neste caso, desacompanham o presidenciável.


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Claudio Porto

Jornalista independente.

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