Reuters
Salve, pessoal, torcedores que agora estão "cumprindo tabela" nesta Copa do Mundo 2018 ou simpatizantes das seleções remanescentes, vamos repercutir a primeira finalista. A França venceu a Bélgica pela contagem mínima pela semifinal disputada em São Petersburgo nesta terça-feira (10). Já a Bélgica fica com o grande feito de ter eliminado a seleção brasileira e conseguir ao menos buscar um pódio para uma geração um tanto quanto talentosa. Mas vale ressaltar que a geração francesa também tem muito talento, qualidade e fez isso prevalecer na partida. 

A França foi a campo com Lloris, Pavard, Varane, Umtiti, Hernandez, Pogba, Kanté, Matuidi, Mbappé, Griezmann e Giroud, um esquema 4-3-3 escalado pelo técnico campeão mundial em 1998, Didier Deschamps. Já a Bélgica foi escalada a princípio no esquema 3-4-3 com Courtois, Alderweireld, Kompany, Vertonghen, Witsel, Fellaini, Dembélé, Chadli, De Bruyne, Hazard e Lukaku. Sem a bola, a Bélgica ficou desenhada taticamente no esquema 4-2-3-1, com Chadli fazendo a função da lateral direita e Fellaini avançando para a linha de 3 na frente.

Táticas, escalações à parte, a primeira etapa foi comandada pela Bélgica. Mas, todo grande time precisa começar por um grande goleiro! Se dependesse disso, o jogo provavelmente terminaria empatado. Hazard perdeu boa chance em chute cruzado que para "hazard" dele passou raspando a trave esquerda. O camisa 10 belga ainda levou perigo em chute desviado. Aos 21 minutos, Alderweireld aproveita bola sobrando na área para mandar um chute no canto, mas Lloris voou bem demais para salvar (foto). Aos 38 minutos, Mbappé deixou o lateral Pavard cara a cara com Courtois, mas o arqueiro belga levou a melhor, defendendo o chute do lateral francês com a ponta de seu pé direito.

Lloris salva arremate de Alderweireld (FIFA/Getty Images)

Na segunda etapa era esperado que os goleiros continuassem a fazer bons trabalhos. Mas quem começou dando trabalho foi a seleção azul em cobrança de escanteio; bola cruzada para Umtiti deixar sua marca na partida e vencer o bom Courtois. A Bélgica então se lançou para cima da França deixando espaços, tanto que a melhor chance foi francesa com Mbappé dando passe de calcanhar para Giroud que desperdiçou. Roberto Martínez, técnico da Bélgica, sacou Dembélé para a entrada de Mertens; a intenção foi reforçar jogada pela direita e De Bruyne ficar mais centralizado. Kevin teve boa chance de empatar a partida, mas o chute saiu "mascado". Fellaini tentou de cabeça, para fora. De Bruyne de fora da área parece que perdeu toda a qualidade do chute do jogo anterior: a bola foi para Moscou. Witsel arriscou de fora da área e o goleiro Lloris afastou de soco para não se complicar. 

Deschamps então vendo seu time ser acuado, sacou Giroud para a entrada de N'Zonzi (volante) e Matuidi para a entrada de Tolisso. Com o contragolpe à disposição, a França só não matou o jogo, pois o grande goleiro belga Courtois interferiu de maneira brilhante mais uma vez, só que em chute de Tolisso. Mbappé e Pogba, principais jogadores franceses prenderam a bola no ataque para selarem a vaga para a finalíssima.

Jogo muito agradável de se ver. Bélgica propondo jogo na primeira etapa, amadureceu bem o gol, mas faltou fazer. Lloris fez a defesa mais difícil do jogo, mas a proposta era clara: Bélgica vindo para cima, França no contra ataque para tentar aproveitar as velocidades de Pogba e Mbappé. Curioso que o gol não saiu desse jeito, mas foi possível notar que a Bélgica se perdeu depois do gol sofrido. Não conseguia colocar a bola no chão. Chegaram a cruzar três bolas em um minuto para a área francesa, algo que, sinceramente, é ridículo para uma geração de qualidade da Bélgica. Mertens entrando pela direita, além de fazer muito "chuveirinho", o fazia de forma errada: ou para Lloris sair tranquilo, ou direto pela linha de fundo.

Lukaku mal ofereceu perigo ao gol francês, bem marcado pelo miolo de zaga. De Bruyne não esteve inspirado com a sua qualidade, visto que seu chute de longa distância foi "Parar em Moscou" como citado no texto. A França fez valer e muito da qualidade de seus jogadores também. Mbappé vem sendo um dos principais nomes da Copa e não é para menos: quando ele coloca a pelota na frente, difícil alguém segurar! Pogba conduz muito bem o contra ataque, além de ser um jogador de chegada no ataque. A baixa da França fica ao seu centroavante Giroud que vem fazendo uma Copa muito ruim mesmo, mas não ruim o suficiente para ofuscar a qualidade do restante da equipe.


França vai em busca do bicampeonato. Pela qualidade do time, considero favoritos contra Inglaterra ou Croácia mesmo. França passou por uma Argentina "renascida", por um valente Uruguai e hoje por uma talentosa Bélgica. Time chega bem fortalecido para a final ou como diria o belo hino francês "para o dia da glória". Afinal, para os jogadores da França, o dia da glória ainda não chegou. Mas pode ser dia 15.


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Leonardo Paioli Carrazza

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