É Amigos! Òlha nós aqui outra vez, trabalhando arduamente nesta Copa, mas com muita alegria. Hoje neste primeiro jogo que comento no dia, a França, uma das francas favoritas a competição (no meu entender ao lado de Brasil e Alemanha) encontrou sérias dificuldades, em jogo que entrou para a história das Copas, com a tecnologia acertando, não em "favor da França", mas do que é o correto., e contra uma Australia que gerou muitas dificuldades, mas o talento de Pogba acabou decidindo a vitória nada convincente por 2 x 1, para o time do contestado Deschamps. 


O jogo começou aberto, com uma França tentando trabalhar melhor a bola, mas uma Australia que na força física tentava igualar as ações e escapar para o ataque. A França tinha muitas dificuldades para encontrar espaço ante a marcação e sobretudo o posicionamento das linhas defensivas australianas. Com isso, ao invés de apertar mais, de promover triangulações para tentar encontrar espaços na defesa adversária, o time bleu acabou recuando e deixando mais a bola com o adversário, buscando talvez explorar o contragolpe (inacreditável, não?), a estratégia evidentemente não deu certo. Tanto que a grande chance da etapa inicial foi da zebra, em jogada aérea finalizada contra por Tolisso, que obrigou o ótimo Lloris a fazer grande defesa.


O jogo esquentou mesmo na etapa final, uma luz surgiu na cabeça do ex-lateral e as linhas francesas (um abraço pro Napo) foram adiantadas, mas o cenário pouco mudou, uma valente e organizada Australia seguia se defendendo muito bem. Aos 10, a história (pelo expectro positivo) começou a ser escrita, Risdon chega atrasado e toca o pé de apoio de Griezmann (que até então nada tinha feito no jogo) e comete pênalti. Dentro da nossa redação virtual, houve a discussão se foi ou não pênalti, no meu entendimento, titular deste texto foi, devido a mesmo o toque sendo leve, foi no pé de apoio e em velocidade impede a progressão do atleta.

Se ao longo do jogo Griezmann foi nulo, na batida do pênalti foi exemplar (aprende Léo), uma porrada no canto de Ryan, que nem teve tempo de se mexer. Porém não houve muito tempo para comemoração, o jovem e bom zagueiro Umtiti, apesar de ser do Barça, parece que andou trocando ideia com Thiago Silva e inexplicavelmente (nem psicólogo explica) esticou o braço na bola aérea e cometeu pênalti em favor do time australiano. O capitão Jedinak também mostrou categoria e deslocou o goleiro do Tottenham pra empatar a partida.

O técnico holandês que comanda a Socceroos, acreditando no resultado, decidiu tirar Nabbout que realmente esteve out (hah) do jogo e colocou o artilheiro do time Juric, que volta de lesão, a mudança porém não surtiu efeito prático. Já pelo lado francês, foram embora (gol a parte) dois jogadores que realmente não funcionaram, Griezmann e Dembele (este o nome sequer foi narrado), para as entradas de Fekir (que viria a errar bastante) e Giroud para ter um centroavante de área, mudanças que apesar de corretas, também não surtiram efeito. Assim como a entrada de Irvine para dar mais velocidade (heh) ao time na vaga de Rogic, este moço errou tudo que tentou. Na última mexida da França, Matuidi entrou para dar ao meio maior força física.

Pouco depois saiu o gol da vitória francesa, Pogba foi tabelando e trombando, dividiu com a defesa e a bola caprichosa bateu no travessão e claramente entrou, a tecnologia do chip apenas referendou o que a imagem deixava mais do que claro. A Australia então não tinha forças pra tentar reagir e o jogo caminhou para o fim com uma xoxa vitória dos Bleus, Allez! 


Xoxa sim, claro que a luta, a garra e o posicionamento australianos merecem todo o mérito em uma atuação que quase os propiciou o empate ante a favorita do grupo e poupando o seu ídolo e peça chave Cahill. Mas de uma seleção que tem tantos talentos individuais, que chegou tão badalada (até por nós) para essa Copa, esperava-se mais, esperava-se um melhor trabalho com a bola, uma pressão mais efetiva para romper as linhas defensivas do time amarelo. A defesa australiana pouco foi sufocada na partida, o que gera dúvidas sobre o status de favoritismo francês, os principais jogadores azuis parecem um tanto desligados.

Claro que tem a famigerada pressão da estreia, evidentemente que esperamos que isso melhore. Mas se fala muito que Deschamps é pouco técnico pra muito time, a postura realmente desagradou, as mudanças dentro do que o jogo apresentava se mostraram corretas, ainda que sem efeito. Vejamos se o time evolui e ao menos os talentos que tem aparecem, posturas equivocadas a parte, caso isso não aconteça, aí é removê-la da principal prateleira e colocar a Espanha em seu lugar, aproveito aliás para convidar todos a reviver o maravilhoso Espanha 3 x 3 CR7 (clique).



Rapidamente sobre VAR neste jogo, não há no nosso entendimento, motivo pro barulho que tem sido feito, além claro da questão histórica de ser o primeiro jogo em Copa com uso do recurso. As manchetes dos principais portais e jornais do Brasil e do mundo falam em uma "Vitória da tecnologia", nada disso, apesar dos dois gols (o pênalti no caso do primeiro) terem sido referendados pela tecnologia, mesmo jogando muito abaixo do que todos esperam, quem venceu foi a Seleção Francesa e não a tecnologia, esta apenas referendou o resultado correto, que culminou com a vitória da seleção favorita.

De novo, como disse no texto do clássico ibérico, do show, claro que em minhas coberturas das ligas Italiana e Portuguesa, já vi o VAR referendar muita coisa errada e já vi a opção pelo não uso quando se deveria usar (e aí entra a discussão conspiratória de que é mais fácil usar contra a Austrália, mas não compactuamos com isso), como no próprio jogo citado também. Mas se usado com retidão, agilidade e precisão, é sim um instrumento importantíssimo para o esporte e nisso está incluso sim o futebol, gostem os saudosistas ou não. A discussão sobre arbitragem no futebol jamais deixará de existir, mas quem dera um dia deixe de existir quem se importa mais com arbitragem que com o jogo jogado, que é (ou deveria ser) o real motivo de nossa paixão, de estarmos aqui e vocês aí.



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Imagens: AFP e Reuters. 


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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