Estamos de volta amigos, com o jogo que encerrou o dia na Copa da Rússia 2018, dia este em que muitos previam "facilidades" para portugueses, uruguaios e por fim espanhóis ante seus adversários muçulmanos, mas é Copa, por mais que não sejam belos os jogos a dificuldade sempre existirá, quando uma equipe é muito inferior tecnicamente, ela dá uma entrega absurda e com isso consegue equilibrar as ações, isso é a síntese do que vimos em Espanha 1 x 0 Irã. 


O cenário da etapa inicial foi próximo do que se previa antes do jogo, domínio total do time agora de Hierro, com mais de 70% de posse de bola, foram 415 passes trocados com acerto próximo dos 90%, o domínio existia é verdade, mas o bloqueio iraniano era muito bem feito, as dificuldades encontradas pela fúria eram enormes. O jogo com isso foi ao intervalo com o resultado de empate.


O cenário de pressão se manteve no início da etapa final e o gol ficava cada vez mais perto, Piqué e Busquets tiveram oportunidades, mas foi com o artilheiro (que poderia ser do Brasil) Diego Costa que veio o gol, meio que na sorte, o atacante recebe belo passe de Iniesta e gira sobre a marcação, que na tentativa de cortar, chuta na canela do centroavante e a bola entra.

Sem nada a perder e com muito a ganhar, já que somou três pontos na primeira rodada no clássico ante Marrocos, o Irã passou a se arriscar no ataque e teve pouco depois um gol anulado. Falta lateral cobrada por Rezaeian, desviada por Azmoun e chegou para o volante Ezatolahi finalizar para o gol, porém mediante o uso do VAR foi comprovado o impedimento, corretamente assinalado. Aos 23 a Espanha quase ampliou após confusão na área, mas Diego Costa cometeu falta de ataque no lance.

Irã então começou a colocar atacantes no jogo e ir pra cima, Taremi quase conseguiu desviar o cruzamento de Mohammadi. Depois o time chegou de novo, em grande jogada de Amiri que canetou Piqué e cruzou novamente para Taremi que cabeceou muito perto do gol. Irã lutou no final, mas a vitória ficou com La Roja, em um jogo onde o empate de Irã seria justo pela aplicação e luta da equipe.


Mérito a quem merece, não vamos creditar o jogo apertado ante uma seleção de pouca tradição a "um mal futebol da Espanha", muito pelo contrário, o time trabalhou a bola e pressionou até conseguir o gol. Mas se o jogo foi difícil, com o Irã tendo possibilidades e até merecendo melhor sorte, foi por méritos próprios, com muita luta, muita aplicação e até mesmo inteligência tática, o time segurou-se enquanto foi possível e quase fez mais uma vítima, como fez com Marrocos. Quando precisou atacar, o time mostrou muita garra e até alguma habilidade. Ou seja, como se diz no jargão futebolístico, caiu de pé. 

É um time que pode gerar sim dificuldades para Portugal no duelo final da chave, o time de Fernando Santos não tem a qualidade técnica que tem a Espanha para trabalhar no sentido de furar este ferrolho, mas tem o decisivo Cristiano Ronaldo. A certeza é que que, como diz aquele nosso amigo: "Temos um 'djoko'" e temos sim, uma luta pela classificação em aberto, quem diria, grande trabalho do treinador português Carlos Queiroz e claro, do grupo de jogadores iranianos.



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Foto: Reuters



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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