A partida desta manhã marcou a rodada final do grupo H e acabou com o drama colombiano na primeira fase da Copa do Mundo

Os dois times promoveram mudanças para esse jogo decisivo Senegal optou pelo atacante Keita Baldé que joga no Monaco, e na Colômbia Yerry Mina ganhou definitivamente a vaga de Murillo.



O inicio de jogo foi de bastante estudo ambas as equipes tocando muito a bola mais sem objetividade para criar uma chance clara de gol, o que chamou atenção foi a marcação alta do time senegalês, após os primeiros 10 minutos o time africano começou a dominar o jogo e manter a posse de bola.



Posse de bola que não conseguiu torna-se efetiva para criar chances claras de gols, faltou à qualidade no último passe para conseguir passar a última linha defensiva colombiana, o atacante Mané foi mais lúcido que as partidas anteriores, tomando a bola pra si e na base da individualidade criar alguma oportunidade.

A Colômbia pouco fez no primeiro tempo, as chances surgiram em duas faltas, uma cobrada por Quintero que exigiu uma grande defesa do goleiro africano e outra um cruzamento originado por outra infração que Falcão Garcia em impedimento jogou a bola por cima do gol.

O VAR teve seu protagonismo ao anular o pênalti cometido por Davinson Sanchez em cima de Mané, o zagueiro deu um carrinho que inicialmente acertou somente o atacante senegalês, prontamente o juíz apontou a marca da cal, a turma do vídeo rapidamente chamou o árbitro e mostrou o equívoco quando claramente Sanchez acerta primeiro a bola e posteriormente o jogador adversário.





O drama colombiano continuou quando aos 30 minutos James Rodriguez saiu sentindo uma lesão e o escolhido foi Muriel, a alteração fragilizou ainda mais o setor criativo do time que não conseguiu se organizar até o final da primeira etapa.





A segunda etapa começa mais tensa, a equipe senegalesa começou agressiva cometendo varias faltas, e a Colômbia crescendo no jogo, todo o esquema feito por Aliou Cissé foi sendo desmontado durante a etapa final, Muriel até então apagado foi brilhando e ajudando o meio campo a criar jogadas de perigo.

Aos 14 minutos a atmosfera do estádio mudou, o gol do time polonês pela outra partida do grupo fato que estava classificando o time sul-americano e que fez os torcedores cafeteiros vibrarem, a partir da animação das arquibancadas o jogo ganhou mais velocidade e ambos os times saíram para o jogo.
O último passe foi derrubando a equipe africana, a lucidez de Mané foi se apagando e a equipe se acomodando ao resultado que até o momento classificava as duas equipes para a próxima fase do torneio.

Cuadrado que enfrentava um jogo apagado e uma marcação dupla, pesada e que limitava a atuação do destaque colombiano, em uma das poucas oportunidades que teve, tentou uma jogada individual que terminou em um escanteio.

E aos 29 minutos Quintero foi para a cobrança e achou Yerry Mina que mais uma vez resolveu a vida do time sul-americano em uma cabeçada perfeita, de cima para baixo, o quique no chão impossibilitou a defesa do goleiro N’diaye.

A tradicional dança mostrou o alívio de todos os colombianos que agora não dependiam de ninguém para se classificar e jogava a pressão para o lado senegalês que agora jogava contra o tempo e a limitação técnica do time.



Pekerman usou a inteligência recuou o time esperando a chance do contra ataque, ganhou cada segundo fazendo alterações nos momentos em que a equipe africana mantinha uma pressão ofensiva, assim controlando o jogo para desespero dos torcedores senegalês.

As alterações para o ataque total não resolveram a vida de Mané e seus companheiros, todas as bolas lançadas em direção à área colombiana foram afastadas por Mina e Sanchez que colaborou para a consolidação da ótima partida que eles fizeram.

O jogo terminou festa do time colombiano até mesmo de James Rodriguez que lesionado atuou de assistente técnico se esforçou para comemorar, os sul-americanos venceram a crise criada no primeiro jogo na derrota para o Japão, o que fez o time acordar e o professor Pekerman ajeitou a parte tática, nesses três jogos ouve uma evolução, a concentração foi altíssima e o desempenho principalmente do meio campo melhorou, claro a partida de hoje foi algo atípico, pois perder o craque do time nos primeiros 30 minutos do jogo causa certa confusão nos jogadores que já estavam acostumados com a movimentação.

O final melancólico tomou conta dos torcedores de Senegal, que começou de forma surpreendente com a vitória sobre a Polônia, deu força para a equipe e colocou o time entre os favoritos para passar a próxima fase, mas Copa do mundo é uma caixinha de surpresa e nas entrelinhas que ela fascina os torcedores cada vez mais, um detalhe tão simples transformou a eliminação do ultimo representante africano em algo muito dolorido, os dois cartões amarelos a mais que a equipe japonesa.


Sim... dois cartões amarelos.. mais que p#@$ !!  Justo isso

Os critérios referentes à disciplina adotados todos pensavam que seria algo bobo, mas foi extremamente revelador principalmente para inibir um time que usou das faltas para controlar o jogo, esse foi o caso de Senegal que nas partidas anteriores e no jogo de hoje abusou das faltas para tentar esfriar a partida, essa falta de maturidade talvez  foi o principal fator para a eliminação.

Aliou Cissé tem de refletir sobre isso e em caso de continuação de trabalho ajustar, pois provavelmente esse critério continuará sendo adotado, por maior que seja a limitação, o time Senegalês é bom e seu comandante é uma das revelações da copa, ele não mudou a característica da escola africana como a Nigéria pifiamente fez, a tentativa de Cissé em organizar defensivamente e acalmar o time para usar suas armas e velocidade ofensiva no momento certo tem de ser elogiada, obrigado Senegal por contrariar todas as analises e mostrar que o futebol africano em sua essência ainda respira.

Pekerman precisa ajeitar somente o esquema tático na parte criativa, mas primeiro saber qual é a real situação de James para poder montar algo com Quintero sendo a mente criativa do time visto que ele mostrou ser capaz de fazer essa função, se J.Rodriguez não estiver em plenas condições não é momento para jogar no sacrifício, o ideal é poupa-lo e usar quando for necessário, a próxima fase é um teste difícil para a seleção colombiana que vai precisar estar atenta e muito preparada para bater Inglaterra ou Bélgica.



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Imagens: Reuters



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Victor Ricardo

Apaixonado por esporte. Adoro ler,assistir e escrever. Minha maior satisfação é levar conhecimento sobre o futebol para você, meu caro amigo. Curta o nosso trabalho e estou à disposição para qualquer dúvida, elogio ou crítica. Forte abraço!

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