Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir aqui nos Jovens Cronistas o ano de 2017 do alviverde. Um ano que começou prometendo com muitos reforços, muito dinheiro em caixa, mas a dúvida que ficava era: após a saída de Cuca, quem seria o responsável por comandar esse bom elenco alviverde? A resposta veio com Eduardo Baptista, técnico da “nova geração”, que já mostrou potencial, embora fosse meio cru ainda para comandar um time grande.
Além de contar com boa parte do time de 2016, Baptista contou com a chegada de muitos reforços: os mais destacados podem ser colocados como o meio campista venezuelano Alejandro Guerra, o colombiano Miguel Borja e o “polêmico” volante Felipe Melo. Que diga-se de passagem já chegou na entrevista prometendo um “tapa na cara” com responsabilidade, fora quando entrou em campo demonstrou ir conquistando a torcida do verdão.

Felipe Melo chegou ao verdão no começo do ano

Agora vamos passar competição a competição, pontos marcantes e brigas, além de claro, das considerações finais.
Paulistão
No Paulistão 2017 o Palmeiras caiu em um grupo com Novorizontino, Santo André e São Bento. Ficou em primeiro lugar até que com certa facilidade, além de conseguir a primeira classificação no geral com a melhor campanha. Nas quartas de final pegou o Novorizontino e eliminou em dois jogos em que um deles terminou 3x1 e o outro 3x0. Mas nem tudo foi flor nessa competição estadual; na semifinal, uma vergonhosa derrota em Campinas para a Ponte Preta por 3x0, podendo ser 4 caso o árbitro desse um pênalti de Fernando Prass. No jogo de volta, o Palmeiras venceu por 1x0 apenas, dando adeus ao sonho do Paulistão.
Ponte Preta detonou o Palmeiras na semifinal do Paulista
Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores - tudo junto porque vexame não faltou


Na Libertadores, o Palmeiras foi bem na fase de grupos ficando na primeira colocação. Em segundo lugar ficou o Jorge Wilstermann da Bolívia, em terceiro o Atlético Tucumán da Argentina e em quarto o Peñarol do Uruguai, time que sofreu o famoso “tapa na cara” do Felipe Melo, além de ter sido extremamente desrespeitoso com o Palmeiras em Montevidéu. Fizeram verdadeiras cenas lamentáveis por lá e quem venceu foi quem jogou futebol.
Responsabilidade? Felipe Melo dá soco em jogador do Peñarol (uol.com)
Na Libertadores, após derrota para o Wilstermann na Bolívia, Eduardo Baptista foi demitido e Cuca voltou ao Palmeiras. Trabalhou no jogo diante do Tucumán em casa e depois preparou o time para o confronto ante o Barcelona de Guayaquil-EQU.
Cuca acertou seu retorno ao Palmeiras (ge.com)
Cuca até que ameaçou fazer o time voltar a jogar um bom futebol, arrancou boas vitórias no Campeonato Brasileiro, devolveu a equipe ao G4, mas depois o time parece que não se encontrou mais, mesmo com o treinador “pedido” pela torcida. De quebra, o técnico ainda participou das duas eliminações marcantes da equipe no ano: ante o Cruzeiro nas quartas de final da Copa do Brasil e nos pênaltis para o Barcelona de Guayaquil.
Goleiro Banguera (Barcelona) defende pênalti de Egídio e elimina Palmeiras da Libertadores
O time não encontrava nem um bom futebol e muito menos uma regularidade. Quando o time teve a oportunidade de empacar uma sequência de vitórias e se aproximar um pouco do líder que estava distante, o time perdeu para o Santos e empatou com o Bahia, ambos os jogos em casa. Resultado: Cuca foi dispensado.
Coube a Alberto Valentim assumir a equipe até o fim do campeonato e o que restou foi um pedaço de sonho ao torcedor ao ver a diferença de pontos pro Corinthians diminuir um pouco. Mas no confronto direto, o Palmeiras vacilou e praticamente deu adeus à disputa.
Valentim melhorou o time do Palmeiras, mas não o suficiente para trazer a taça
Fora das Quatro Linhas
Uma delas, Felipe Melo vazou um áudio chamando o Cuca de mau caráter, mentiroso, falso, etc. Com isso, a decisão da cúpula alviverde foi afastar o volante e deixa-lo apenas treinando sem fazer parte do time. Decisão correta por um ato de indisciplina, porém, mostrou certa incoerência por parte do comando do verdão. Por que incoerência?
Houve outro caso de indisciplina: após o empate em 2x2 diante do Bahia, Roger Guedes que cometeu um pênalti ridículo foi visto saindo de campo rindo com os jogadores do tricolor nordestino. Ato reprovado pela cúpula do verdão que resolveu afastar também o jogador. Mas por cargas d’água rodadas depois resolveram integrá-lo novamente ao grupo, mesmo com o Keno voando em sua posição.
Roger Guedes treinando pelo Palmeiras
Não só reintegrado como também começou a ter novas oportunidades na equipe. Imagina como deve ter ficado a cabeça do Felipe! Errou, pagou por isso. Aí chega o Guedes, erra, e tem nova chance? Cadê a coerência? Ainda mais que pelo menos dentro de campo o Melo não comprometeu em nada tecnicamente! Já o Guedes, preciso falar nada. Em 2017 achava que era o Marco Reus brasileiro. Muito estrelismo para pouca bola.
Uma Despedida Animal
De positivo fica a saída de Zé Roberto do time. Um cara que a torcida respeita muito não só pelo seu discurso quando chegou, mas sim sobre todas as vezes que entrou em campo e correspondeu de maneira extremamente positiva. Mesmo com a limitação de sua idade, nunca faltou técnica ao meia, volante, lateral esquerdo, enfim, a este vovô garoto. Deixou um legado de extremo profissionalismo e comprometimento, algo que vem faltando no futebol brasileiro de maneira geral. Seja como for o futuro do Zé, no Palmeiras é possível dizer que foi um animal também. Não tanto quanto o Edmundo, mas foi. Acima de tudo, respeitou a instituição. Uma honra ao Palmeiras ter sido o último clube de Zé Roberto como jogador!
Jogadores do Palmeiras "festejam" e se despedem do "animal" Zé Roberto
Considerações finais
Por que deu errado 2017? Na verdade só saberemos se 2017 deu errado se em 2018 os mesmos erros forem cometidos. 2017 é um ano a ser olhado com atenção pelos homens fortes do Palmeiras. Alexandre Mattos precisa parar de contratar em quantidade e formar um grupo de qualidade. Já passou da hora de contratar apenas três ou quatro peças. De 2016 para 2017, não foi vista UMA contratação para posição que precisava: laterais e meia armador. O que o Palmeiras teve que fazer foi improvisar segundos volantes como meias armadores ou sobrou até para o Dudu algumas vezes.
Outro aspecto: treinador. Trouxeram o Eduardo Baptista que é um cara com potencial, etc., mas que falta mais cancha pra ele segurar a bomba de time que tem que ganhar título todo ano, como é o Palmeiras. Aí trouxeram o Cuca que quis outros jogadores “de confiança dele” como Bruno Henrique e Deyverson que não renderam em nada. 
Maurício Galiotte! Saia de cima do muro! Feche com o treinador assim como o Nobre fechou com o Cuca em 2016! Fala pros jogadores que eles têm que obedecer o técnico! E quem estiver fazendo biquinho que rode do time! É inadmissível ver o Keno titular só na reta final do Brasileiro quando em 5 jogos jogou mais bola que o Roger Guedes em 35! Inadmissível ver reintegrarem o Guedes ao time enquanto o Melo não! E olha que em suas funções preciso nem falar quem foi melhor! Acorda! Você está na presidência de um clube grande e não em um conto de fadas!
Agora contrataram mais um treinador da “nova geração” que é o Roger Machado. Nada contra, mas ele saiu criticado do Grêmio e do Atlético-MG. Vamos ter comando ou não, senhor presidente? Ou será que treinador sozinho vai ter que segurar as bombas nos vestiários? Só em 2018 saberemos!






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Leonardo Paioli Carrazza

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