O Atlanta Falcons vive uma saga após a derrota do Super Bowl. Os 28 a 3 ainda perseguem o time da Geórgia e seus torcedores. É comum que isso seja traumático, afinal, os Falcons estariam conquistando sua maior glória até o último minuto, quando perderam tudo que conquistaram até lá. 

As sequelas do Super Bowl continuam sobrevoando, como um falcão, por cima do Mercedes-Benz Stadium. São claros os vestígios daquela derrota vergonhosa em Houston. O problema do Atlanta Falcons não é a linha ofensiva, não é o quarterback e nem os jogadores de habilidade. Não é a linha defensiva, nem a secundária e nem o segundo nível da defesa. O problema não está no time de especiais e nos treinadores. O problema é mental. 

Para a minha argumentação, seleciono dois jogos: Detroit Lions e Seattle Seahawks contra Atlanta Falcons. Um na terceira semana e o outro na mais recente. Contra os Lions, os Falcons lideravam o jogo por 20 a 13 no intervalo. Iniciando o segundo tempo, Detroit começou a reagir e chegou aos 26 pontos, contra 30 de Atlanta, até o final da partida. Matthew Stafford comandou, ao final da partida, uma virada para os Lions. Detroit vence o jogo com um touchdown, contudo, as zebras anulam a jogada da pontuação e os Falcons se salvam. Contra os Seahawks, liderava novamente e só não foi para a prorrogação por um erro de field goal do Blair Walsh 

Apesar das duas vitórias, os Falcons faleceram ao final do jogo. Na parte decisiva da partida, o Atlanta começa a patinar. Foram onze partidas jogadas até agora, sete delas foram resolvidas por uma posse de bola. Das quatro derrotas de Atlanta, três são por 6 ou 3 pontos. A outra derrota foi justamente contra o New England Patriots, em horário nobre. Assistindo aos jogos de Atlanta, é claro que um filme passa na cabeça de cada um dos jogadores que foram até Houston em fevereiro. O medo da virada adversária faz o corpo pesar toneladas. 

A maior contratação que pode ser feita para o Atlanta Falcons é a de um terapeuta. Foi traumático e certamente os Falcons teriam uma campanha melhor do que a atual, se não fosse o medo de uma derrota iminente. Claro, sem Kyle Shanahan pode haver um declínio ofensivo, mas nada tão irrecuperável. 

O problema dos Falcons é psicológico. O time de Atlanta precisa urgentemente de uma terapia, tirar o fantasma de Houston da cabeça dos jogadores. Tirando o peso da derrota do Super Bowl é a chave para uma segunda tentativa. Se não se recuperar mentalmente, os Falcons sucumbirão do mesmo jeito que o Georgia Dome.  

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