Caros palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir hoje a vitória do Palmeiras ante o Atlético-GO fora de cada, pós demissão de Cuca. A grande curiosidade do torcedor era ver como o verdão entraria em campo com um novo professor, mas nem tanto. Já aproveito, neste dia 15 de outubro para felicitar todos os professores neste dia do professor, mas Alberto Valentim foi o professor da tarde/noite. Vamos ao jogo.

Valentim inicialmente escalou o Palmeiras no 4-4-2 com Prass, Mayke, Dracena, Juninho, Egídio, Bruno Henrique, Tchê Tchê, Moisés, Guerra, Dudu e Willian. Porém, Guerra alegou problemas particulares e pediu dispensa da partida (sempre que tem oportunidade, faz uma coisa dessas). Professor Valentim então resolveu colocar o verdão no esquema 4-3-3 com o Keno fazendo a ponta direita. 4-3-3, esquema que não vinha funcionando com Cuca, de novo isso? Eu pensei dessa forma e ainda bem que estava errado. Palmeiras começou bem a partida, mas o Dragão veio para cima. Não chegou  a cuspir fogo, fez apenas uma fumaça em chute de Luiz Fernando. Mas quem realmente estava para incendiar o jogo esse era Keno. Recebeu bola de Willian e arrancou pela ponta direita. Com maestria, serviu Willian que tocou para o fundo das redes do goleiro Marcos (lembrando que Santo só tem um!). A ressalva nesse lance do Palmeiras fica para um empurrão de Dudu no defensor que reclamou, mas o árbitro deixou de enxergar.

Palmeiras então tinha os setores do campo muito próximos e tocava bem a bola. O time parou de dar 4, 5 toques na bola antes de passar e agora dava no máximo 3 (incluindo o toque final). O verdão ainda buscou jogadas pelo lado esquerdo com Dudu, mas ele estava bem marcado. Qual seria a solução? Claro! Bola na direita pro Keno, ele arrancou de novo e dessa vez serviu Moisés que chutou forte, no canto direito baixo de Marcos.

Veio a segunda etapa e Alberto Valentim recuou um pouco o time.  A princípio o verdão apenas chamou o Dragão para seu campo de defesa, mas em contragolpe, matou o jogo em mais uma jogada de Keno que serviu Dudu para fazer o terceiro gol de cabeça. O ponta direita logo em seguida foi substituído por Erik. Minutos depois, Moisés saiu para a entrada de Thiago Santos, assim reforçando a marcação do time e no final Borja entrou no lugar de Willian. Para premiar a valentia do time de Goiânia, Mayke foi infantil e cometeu penalidade que Walter converteu para os goianos. De resto, uma atuação segura, 3 pontos consolidados na "reestreia" de Alberto Valentim.

Palmeiras fez uma partida tranquila. Falando em professor como no começo do texto, Keno deu uma verdadeira aula ao Roger Guedes, afastado, de como se joga em pró de um time. Melhor em campo fácil, mesmo sem ter feito um gol. Moisés tocava rápido a bola, Bruno Henrique firme na marcação, etc., mas a pergunta que fica é: será que a postura será sempre essa? Dá para confiar? Ou será que a apatia de jogos anteriores vai voltar? Será que se empenharam por terem "técnico novo"? Ou realmente fecharam com o treinador? São perguntas que só o decorrer do campeonato irá nos confirmar. 

Valentim queimou minha língua ao armar o 4-3-3 do Palmeiras (decentemente, por sinal). Algumas ressalvas ficam pra alteração de Moisés por Thiago Santos. Fazer isso com o Atlético-GO ganhando de 3x0 realmente não muda muita coisa em termos de pontuação. Mas fazer isso contra um time de melhor qualidade, chamar o adversário para cima e anular quase que todas as criações do jogo é bem arriscado. Se Moisés sentiu alguma coisa, cansaço, etc., o mais coerente é colocar Hyoran no meio para manter o setor. Futebol atualmente se ganha praticamente no meio de campo e não se deve nunca deixar esse setor carente durante uma partida. Valentim pecou nesse aspecto e espero que não torne a fazer isso. 

Próxima partida é contra a desesperada Ponte Preta. Querem salvar 2017? Então joguem bem o próximo jogo. 



Compartilhe:

Leonardo Paioli Carrazza

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours