Vamos acompanhar semanalmente o mandato do prefeito tucano João Dória à frente da Prefeitura de São Paulo. O Gestor, como ele bem frisa, terá muito trabalho no comando da maior cidade da América Latina, e estaremos atentos a todas as suas ações. Portanto, todo sábado, traremos aqui um compilado do que o mandatário realizou em suas atribuições.


 
21ª Semana De justificativa “fétida”  a medida pouco eficaz




Trajado de jardineiro, Dória encerrou a 20ª Semana defendendo a manutenção do PSDB na Base do Governo e disparando que o aumento no trânsito no 1º trimestre deste ano se deu, não por falhas na estrutura das vias, mas por uma melhora na economia e com isso o aumento no “volume de veículos nas ruas”. “As pessoas começaram a utilizar mais os seus automóveis, isso os dados da CET demonstraram. Tanto mais veículo nas ruas, um pouco mais de confiança na economia de pessoas que não estavam usando seus carros durante a semana”¸ como declarou o prefeito à Folha de S. Paulo. Em reportagem, o jornal trouxe números que evidenciaram um aumento de 75% nos congestionamentos das Marginais. 


No domingo (21), o prefeito foi adiante, bem mais adiante. Sem trajes fantasiosos, Dória e quase 1000 policiais invadiram, numa operação de “inteligência”, a região da Cracolândia, na Luz. Sob olhares da imprensa que cobria a ação, o prefeito e o governador, Geraldo Alckmin, se vangloriaram de ter retomado o controle da área e, enfim, encerrado o De Braços Abertos, programa de ressocialização de dependentes químicos da antiga gestão, e iniciado o programa Recomeço com propósitos parecidos ao “de braços”, mas que, para Dória, é superior e não irá “financiar o tráfico de drogas na região”, como chegaram a publicar jornalistas “azevedianos”. O programa é do Governo do estado e atua internando dependentes, ao invés de desenvolver a ressocialização por meio da estruturação do usuário. Aparentemente, a ação de Dória limpou a antiga feira em que se comercializavam drogas e agora a prefeitura estuda restaurar “urbanisticamente” – Dória, no domingo (21) - a região. Enquanto isso, as centenas de dependentes correram, deixaram a ruas tomadas pela força policial e se realocaram em ruas e avenidas próximas dali.


A falta de trato em relação ao aspecto social da invasão policial à Cracolândia levantou uma crise na administração municipal que se ateve a declarações rasas sobre a realocação dos usuários e a exoneração da secretária da pasta dos Direitos Humanos, vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), que não compactuava com a ação policial realizada na Cracolândia. Ela saiu e, entre quarta (24) e sábado (27), ativistas ocuparam o prédio da Secretaria dos Direitos Humanos. A sequência como se deram os fatos, desde a reunião com o ex-governador do Paraná, Jair Lerner, na sexta (19), até a manhã do fatídico domingo (21), sustentam a tese de que a ação não teve nada de inteligência e não passa de retomada de espaço para a “revitalização”. Infelizmente, o prefeito intensifica sua posição quanto ao uso da Máquina ao sabor, nada agradável, de sua cabeça.


No “clube do Dorinha”, Olho no Olho, desta semana, Dória recebeu o proprietário da rede de comunicação paranaense, “Massa”, o apresentador Ratinho. Semanalmente, por meio de conversas rasas, o prefeito vai se afirmando nas redes sociais. 


“Cadeirante” pelo Cidade Linda, na Av. Sumaré, na Zona Sul, a semana encerrou com Dória feliz por ter ganhado da justiça o presente de poder internar compulsoriamente dependentes químicos pela Prefeitura. Agora, eles serão encaminhados, de acordo com o prefeito, a hospitais fechados, como mostrou reportagem do Estadão esta semana, e para o já sobrecarregado sistema de saúde publica municipal.    

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Claudio Porto

Jornalista independente.

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1 comments so far,Add yours

  1. Veja, o que estamos vendo na "gestão" de São Paulo é uma cidade sendo administrada como fosse empresa, não importando os CIDADÃOS que aqui vivem. O prefeito determina que funcionários em determinado setor "não dão lucro" e isso vai gerar demissões, o prefeito entrega tudo á iniciativa privada, num modus operanti que deixa no chinelo a antiga "Privataria Tucana" como se o cidadão não pagasse caros impostos e merecesse receber de volta, serviços PÚBLICOS de qualidade.

    E agora essa última, trataram humanos, viciados E NÃO, como ANIMAIS, pior do que animais, como ANOMALIAS e agora pretendem e começam a os amotoar em CONTEINERS, essa é a gestão eficiente? Em que mundo vivem os apoiadores de "Dorinha".

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