Amigos! Nação Corinthiana! É sempre muito doloroso tratar das coisas do time no momentos de derrota, de eliminação, mas, jamais nos omitimos. O Corinthians teve nesta quarta (19) mais uma eliminação em casa, após sentar em uma vantagem minúscula em parte do jogo, perder oportunidades de praticamente matar a eliminatória e assistir ao Inter crescer na raça, na "empurrança" como diz VSR e nos eliminar nos penais. Não tirando os méritos do Colorado, longe disso, aliás, mais méritos ainda eles tiveram, pois fizeram ao contrário deste Corinthians de Carille que se limitou, eles SE SUPERARAM para conseguir o 1 x 1 que levou o jogo a prorrogação e o goleiro com menos história, os batedores com menos técnica (supostamente) acabaram sendo mais felizes e levando a classificação para o Beira Rio. Além da tristeza e da frustração, essa derrota precisa deixar fundamentais lições.


O Corinthians começou muito bem o jogo, criando as principais possibilidades e o gol saiu cedo, após lateral, a zaga adversária marcou a bola, foi ajeitar, mas a bola escapou e como um passe, sobrou perfeita para Maycon fuzilar. Em seguida em passe fantástico de Rodrigo, novamente o camisa 7 chegou, finalizando pra fora uma grande chance.

A partir dai a acomodação tomou conta do time e praticamente todo o restante da etapa inicial o time fazia parecer passar o tempo, como se revelara depois em entrevista de Jô na saída de campo, parecia (para eles) que aquele 1 x 0 no placar significava "grande vantagem", nada, seria o Inter fazer um gol que estaria tudo empatado, o Corinthians tinha de ter seguido em cima pra fazer o segundo. Um "surto" nos minutos finais da etapa inicial e o time voltou a criar, em jogada trabalhada pelo ataque de pé em pé, Romero finalizou de prima (não com a força ideal) e parou no bem colocado Lomba. Era interessante ver que o Corinthians no pouco que chegava, o fazia com qualidade, uma evolução nesse aspecto.


Na etapa final, antes de o time ceder a raça adversária outra chance claríssima com Rodrigo após o camisa 11 cruzar da esquerda, a cabeçada foi a ideal, mas acabou indo pra fora por muito pouco. Sem outra alternativa e com duas mexidas, Zago passou a colocar o Inter pra frente. Romero que em jogada anterior tinha errado feio, foi substituído por Clayton que posteriormente perderia gol na cara.

O Inter crescia na partida ante o excesso de espaços deixados pelo Corinthians, marcar na frente como no começo do jogo? "Para quê? se a vantagem de 1 x 0 era 'explêndida'". O castigo então veio, na base do bumba meu boi o time do Sul chegou com Carlos que entrara também no jogo, Cássio fez defesa fenomenal, mas no rebote Nico Lopez chutou de qualquer maneira, a bola explodiu em Fagner e estufou a rede. Era o empate e a demonstração cabal de que a postura de "deixar rolar" de descer só na boa e não tomar conta do jogo pra decidir a partida, traria sérias consequências. Marcos Gabriel entrou no jogo e até participou bem da criação nos minutos finais, ah se o time tivesse jogado com 10% daquela volúpia após o gol, teríamos definido talvez no tempo inicial, mas, este que entrou depois mostraria sua verdadeira face.

O Corinthians mostrou que era melhor e podia criar, Lomba apareceu milagrosamente salvando o Inter e Cássio também foi muito bem quando exigido, o jogo foi para os penais.


Nas cobranças, Marcos Gabriel foi displicente na sua, aliás, quando este não é displicente, até quando a torcida olhará pra campo e verá um jogador que está *agando e andando para o time, para a competição? Eu sempre disse que a camisa do Corinthians é muito pesada, Arana e Maycon foram visivelmente nervosos para suas batidas, mas vem fazendo um grande trabalho com a camisa do clube, não merecem ser responsabilizados. Cássio foi estupendo no jogo, mais uma grande partida, mas nos penais, foi outra disputa em que fica uma frustração. Claro que o ônus no pênalti é sempre do batedor e ninguém é maluco de exigir que o goleiro "pegue todos" os penais, longe disso. Mas Cássio tem nada menos que 1.95, o mínimo que se espera é que AGUARDE A BATIDA para saltar, na ÚNICA vez que fez isso, o adversário bateu mal e ele pegou, nesse aspecto, Lomba que tem quase 10cm a menos foi excepcional.


Mas não, carmas como Marcos Gabriel a parte, não foi nos penais que o Corinthians perdeu a classificação, menos ainda na perda de chances claras, sobretudo as com Rodrigo e Jô, chances onde a bola não entrou por milímetros, ou por espetaculares intervenções do arqueiro adversário. Perdemos a classificação na COVARDIA, ou, de forma mais polida, no "Excesso de confiança no padrão tático". Ora, se o time envolvia o Inter nos minutos iniciais e chegou ao gol, por que não manter? Por que não fazer o segundo e matar a eliminatória? Por que isso vai contra "os princípios" e a "segurança tática" de Carille? Ora, Jô, ARTILHEIRO, porém..Enfim..Que "vantagem" era esta que tu bradava no microfone global no intervalo? Um gol do Inter e viraria "Loteria" (não acho que pênalti seja "loteria", mas é esse o jargão) que fim deu essa vantagem?

A grande prova de que o time tem mais qualidade e poderia ter feito uma história diferente foi a forma como as nossas chances foram criadas e a forma como o time chegou ao ataque nos minutos finais, após sofrer o gol. O Corinthians é mais time que o Inter e não impôs isso por acomodação, ou por algo muito pior, que é o que temos dito aqui frequentemente, parece que Carille não acredita muito neste time, parece que para Carille e até para alguns, como Jô, o time é ainda mais limitado do que parece? Em sua história, o Corinthians VENCE as dificuldades e faz MAIS DO QUE PODE, não menos. A COVARDIA não é uma palavra e uma atitude condizente com nossa história, é bom abrir o olho, pois o time está claramente evoluindo, este time hoje produz muito mais do que aquele que penou ante o Botafogo/RP, isso há o quê? Duas semanas apenas, essa é a prova cabal de que este time, que sim, tem limitações claras, mas apesar delas, pode muito mais, basta ACREDITAR nisso.


É nesse sentido que acredito que parte de nós têm de parar um pouco de "querer que o comentarista elogie", de querer que o comentarista tenha o ufanismo que por vezes temos. Quem analisa o futebol comenta com a verdade que vê e a verdade é essa, hoje, é mais agradável ver o Corinthians jogando que há duas semanas, mas ainda assim, é preciso muito mais para uma temporada longa, para um campeonato de pontos corridos e até mesmo para um mata-mata, não se pode jogar sempre no limite, é claro, quando se joga ante um time muito superior, aí sim, defende-se até com o Presidente (apesar que..), mas quando se é superior, se faz notar isso em campo, se controla o jogo, a posse, provoca-se o erro no adversário, era assim que víamos Tite jogar, mas parece que Carille se inspira mais no antecessor dele.


Agora, é erguer a cabeça. compreender efetivamente que em grande parte do jogo a postura foi errada e propiciou tal cenário, e novamente em casa no Domingo, JOGAR FUTEBOL, afinal, o rival fez uma grande partida ante o Cruzeiro e quase reverteu a vantagem ante um time muito mais pronto, muito mais estruturado e treinado pelo cara que claramente, mais influenciou nosso comandante. É torcer, é debater, é cobrar do técnico e do time mais ação ofensiva e menos reação defensiva e esquecer um pouco das opiniões de terceiros, afinal, elas são de terceiros, não nossas.




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Foto: GazetaPress. 




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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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