Vamos acompanhar
semanalmente o mandato do prefeito tucano João Dória à frente da Prefeitura de
São Paulo. O Gestor, como ele bem frisa, terá muito trabalho no comando da
maior cidade da América Latina, e estaremos atentos a todas as suas ações.
Portanto, todo sábado, traremos aqui um compilado do que o mandatário realizou
em suas atribuições.
17ª Semana De caçador de
“Lula” à “vagabundos”, “preguiçosos” e
“pelegos”
Curiosamente
há duas semanas, Dória não tem nos forçado a iniciar o seu modesto quadro, Semana do Gestor, com suas experiências
enquanto gari, pedreiro ou jardineiro pelo Cidade
Linda. Aparentemente, as viagens ao exterior fizeram o prefeito arrefecer o
ímpeto político das ações junto à população, naquilo que é o seu único tesão à
frente da Prefeitura. Paralelo a essa
curiosidade, o prefeito passou o fim de semana com a família. Segundo ele, foi
o primeiro fim de semana de folga desde que assumiu em janeiro.
Entre
o sumiço do Cidade Linda e a folga do
prefeito, em entrevistas cedidas à alguns jornais que circulam fora do estado
de São Paulo, entre eles o Correio Braziliense
e Estado de Minas, Dória, mais
uma vez, discursou contra ex-presidente Lula e disse que peregrinará por todo o
País para evitar que o petista volte ao Planalto. “Ao lado de quem merecer indicação, seja pelo PSDB ou por um conjunto
de partidos que possam impedir que esse mal volte a ocorrer no Brasil”. Dória, sempre fazendo uso do pejorativo,
frisou que fará essa tal de “peregrinação” como cidadão e não como, já aclamado
por muitos, candidato do PSDB ao pleito do ano que vem. “Ora, que tenha o mínimo de consciência do mal que fez e do mal que vai
responder. Nesse sentido, serei mais do que tudo um cidadão, um brasileiro. Eu
vou usar toda a força da minha voz”. As entrevistas foram publicadas no
domingo (23), e nesse mesmo dia, a revista Poder
trouxe também a possibilidade, cada vez
mais clara para a imprensa, do prefeito se lançar na corrida presidencial do
ano que vem. Em forma de adereço ao
clímax pró Dória, o Estadão publicou
uma matéria em que o prefeito rasga elogios ao juiz Sérgio Moro e diz que o
sindicalismo já uma realidade ultrapassada. “Se
não fosse Moro e Lava Jato, o Brasil estaria destruído hoje” comentou o
prefeito que ainda, como de costume, disparou que “acabou o tempo do Brasil sindicalista, o Brasil protecionista”.
Assim que voltou ao trabalho, na segunda-feira (24), Dória,
após ter construído toda a sua campanha no ultimo fim de semana, voltou a
defender a candidatura de seu padrinho, Governador Geraldo Alckmin, para a
Chapa tucana no ano que vem. O prefeito voltou a afirmar que “coloca a mão no fogo” pelo Governador
ou o “santo” das planilhas da Odebrecht.
O inicio da semana ainda reservou à Prefeitura e seus
comandantes, explicações para as muitas contrariedades dessa Gestão. De cara,
ainda na segunda-feira (24), a aparente falta de controle dessa gestão às áreas
sensíveis persiste lesando o já lesado paulistano. Na saúde, a “Coruja” há
tempos não dá as caras. Nem mesmo números daquele que parecia ser a única ação
de Dória na Saúde, o Corujão da Saúde,
têm sido divulgados. Os hospitais em obras, na Brasilândia, Zona Norte, e em
Parelheiros, na Zona Sul, seguem sem qualquer declaração e se mantém na explicação
do secretario de Fazenda, Caio Megale, de que não há dinheiro e o rombo de R$
7,5 bilhões deixados por Haddad fazem cair por terra qualquer tipo de avanços
nas obras. Enquanto isso, a população tem entrado em conflito com as más
administrações das OS (Organizações Sociais) nas UBS da cidade. Muitos dos
acordos entre a Prefeitura e essas OS foram firmados ainda na gestão passada,
ou seja, 17 semanas de Governo e o prefeito, aparentemente, está sem tempo
hábil para resolver esse e muitos outros imbróglios na administração.
Ainda envolvendo números, a CET, desde que aumentou as
velocidades nas Marginais Tietê e Pinheiros, não divulga nenhum comparativo
sobre os dados envolvendo acidentes nas vias. Com a justificativa de que os
métodos de contabilização foram alterados, ela continua publicando números que
sustentam a opinião de que os aumentos só trariam mais acidentes. Segundo ela,
3 meses após a alteração, 7 pessoas morreram em acidentes nas duas marginais.
O prefeito ainda aproveitou a semana para lançar o dronepol: drones com câmeras
sincronizadas com a GCM. De acordo com ele, a Prefeitura conta com 5 drones que
serão usados pela Guarda-civil para monitorar grandes contingentes de pessoas
nas regiões de comércio, no Centro.
No “clube do Dorinha”, o olho
no olho, mais um notável se juntou ao seleto grupo de especialistas do
prefeito. Uma semana depois de ter recebido a “Garota de Ipanema”, Dória passou
parte da noite de quinta (27) ao lado do jornalista Reinaldo Azevedo.
Com o ímpeto desmedido, Dória que iniciou essa semana
lançando indiretamente sua campanha presidencial através das entrevistas dadas
ao Correio e o Estado de Minas, não conseguiu termina-la com muito prestigio. Tudo
porque a semana também foi marcada por uma Greve
Geral na sexta (28) e o prefeito, no popular, “deu uma de ganso” e publicou
vídeos onde se posicionava contra a paralisação que promovida pelas Centrais
Sindicais e grupos organizados contra as Reformas do Governo federal. Em alguns
vídeos, Dória anunciou que tinha fechado acordo com taxistas para o transporte
de servidores, já que houve a paralisação dos transportes públicos; em outras
oportunidades, o prefeito disparou termos fortes contra os apoiadores da Greve. Em entrevista a Rádio Jovem Pan, chegou a chama-los de “vagabundos”, “preguiçosos”, “pelegos”.
Em uma publicação em suas redes, ele falou que há outros momentos para se fazer
greve ou manifestação. O prefeito, inocentemente, citou o fim de semana ou, até
mesmo, a hora do almoço como oportunidades para o trabalhador demonstrar sua
indignação. Mal sabe o prefeito que o Congresso Nacional trabalha intensamente
para retirar esses momentos que, para ele, são os mais apropriados para Greve ou Manifestação.
Pois é, esta figura nefasta BRINCA com os equipamentos públicos, fingindo varrer, fingindo podar, fingindo recapear ruas, como se a população fosse (e infelizmente foi "ecucada" pra ser) imbecil, começa a mostrar suas garras de CORONEL conservador, como seu antepassado. Para ele, os mortos na marginal merecem ser pisados, a flor em sua homenagem merece ser jogada no chão, chão este que o GARI DE VERDADE que ele desrespeita ao fazer isso, limpa. E para este verme, o trabalhador que luta por seus MÍSEROS direitos, é "vagabundo", para este escravagista, direito é "protecionismo"..As cobras ultraliberalistas estão armando o bote, no Brasil e no mundo, esta é apenas mais uma.
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