Mudar só se faz
indispensável quando é para melhorar, caso contrário é Temer
O clichê de usar a reforma, mesmo que pequena, de uma
residência em que assoalhos são trocados, paredes são pintadas e cômodos
modificados ou até mesmo construídos, como exemplo, um paralelo as reformas que
o presidente Temer tem insistindo em realizar, Previdência e Trabalhista, além
das que já estão em vigor como a Reforma do Ensino Médio e a imposição de um
teto para os gastos, inclusive investimentos, é ter a plena certeza de que o
presidente pode sim estar realizando reformas, já que haverá mudanças, mas essas,
diferentes da casa ou apartamento não trarão muito conforto.
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Imagem: QUADRINSTA (@Quadrinsta no Instagram e no Twitter) |
Desde que assumiu, há 11 meses, o presidente Temer tem
discursado pela retomada do crescimento, o estancamento da crise
financeira-política e para isso suas ações revelaram, curiosamente, que o
crescimento demorará a voltar, isso se é que em algum dia ele esteve por aqui,
a crise financeira que outrora se resumia a alta da inflação, mesmo com a
divulgação de que a inflação atual é a menor para um trimestre
desde a implantação do Real, em 1994, parece tão desmedida que milhões seguem desempregados, o poder de compra quase não existe e não há qualquer perspectiva
de melhora. No outro lado da crise, a engrenagem desengraxada desde a
Proclamação, a Política, as várias tentativas de se proteger, se blindar as
operações aparentemente incisas, expõem um painel de estagnação em que a
solução apresentada por eles, as Reformas de Temer, convoca a opinião pública,
ou pelo menos deveria, ao questionamento da existência de uma solução cabível
ou se estaríamos apenas perdendo tempo, esse pouco mais de dois anos entre a
queda de Dilma e a escolha, nas urnas, do sujeito/sujeita e ideologia que
guiará o País nos próximos anos.
Fato é que esse meio tempo até as eleições gerais do ano que vem, especialmente se houver a aprovação de todas as Reformas, entregará ao próximo presidente, um País diferente e caótico, isso em uma análise superficial sobre as mudanças desse Governo.
Fato é que esse meio tempo até as eleições gerais do ano que vem, especialmente se houver a aprovação de todas as Reformas, entregará ao próximo presidente, um País diferente e caótico, isso em uma análise superficial sobre as mudanças desse Governo.
O cenário é único, a população discute Política com
retóricas vazias e cabrestos imaginários, sem permitir que o tão proferido bom
senso tenha qualquer chance de se fazer presente. O momento é tão peculiar que
a busca por um super-herói, aquele capaz de resolver qualquer tipo de problema
nas estórias, que há tempos estava relacionado à infantilidade, de certa forma,
contaminou os adultos, votantes, especialmente depois da mais longa pré-estreia de um filme,
os três anos em que “a lei é para todos”
estarreceu, conduziu e molda o pensamento de milhões que, agora,
compactuam, não com a corrupção, mas com disparates de “fraquejo” e “arrobas”
de um militar aposentado, idolatra de nióbio, batizado em águas israelitas. Em
2017, esse ex-militar ao lado de um personagem do Poder Jurídico são
considerados, um,
um mito nas redes sociais, o outro, um super-herói que resolverá os problemas, que vão além de investigação e busca por corruptos de uma Nação.
um mito nas redes sociais, o outro, um super-herói que resolverá os problemas, que vão além de investigação e busca por corruptos de uma Nação.
Enquanto da sociedade, na opinião pública a repulsa a classe
politica é exalante, o Brasil segue sob o comando de um politico reformista.
Aquele que não tem muita popularidade, mas que dispara suas qualificações
corajosas, audaciosas e, por vezes, prepotente em lançar ao Brasil uma agenda
distante do ideal, para sua maioria, porém próxima, até demais, da classe
empresarial.
Em todas as Reformas é evidente a relação tão próxima entre
o atual Governo e a classe “empregadora”, a base patronal. Com interesses
desses setores sobre a mesa, Temer mostrou que os gastos públicos terão rédeas,
ao menos para investimentos, modificou o Ensino Médio com a implantação do
imediatismo do Técnico e seus cursos de poucos meses, recentemente as
tratativas em relação aos trabalhadores, a terceirização e a reformulação na
Previdência Social com suas mudanças pontuais, para os empresários, em direitos
quase centenários.
A inércia é uma escolha e a luta uma vocação. Diferente da
religiosa, em que o ser superior promove sua escolha através da subjetividade,
essa vocação é determinada apenas por um mínimo, porém existente, senso
crítico.
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