Amigos! Nação Corinthiana! Mais uma vez juntos para acompanhar a partida de ida da decisão que após 40 anos rememora a final de 77, entre Ponte Preta e Corinthians, com o primeiro jogo em Campinas. Um adversário que chegou com todos os méritos e créditos para a decisão, eliminando outros dois, assim como ele, grandes e jogando um futebol de muita qualidade, sobretudo no que tange o jogo ofensivo, um grande desafio para dar o norte do que o time pode objetivar no ano, além claro, de só por ser uma final e um clássico, já ter enorme importância.


Ante o Palmeiras, a chave da classificação foi o sufoco nos minutos iniciais, parecia a Alemanha, quando Prass e seus companheiros viram, já estava 3 x 0, isso praticamente definiu o classificado para a final ainda nos primeiros 45 de 180 minutos. Isso não ocorreu na decisão, a Macaca não conseguiu sufocar nos minutos iniciais, aliás, a primeira chance foi do Corinthians, além de um primeiro lance onde Romero poderia ter ficado na cara do gol não fosse marcado impedimento. E o primeiro gol também foi do Corinthians aos 13, no mesmo minuto onde o time se defendia de escanteio, Cássio repôs com precisão, fez muito bem o trabalho de pivô rolando para Romero, que achou novamente o camisa 7, ajeitando para Rodrigo abrir o placar.

Após o gol a Ponte tentou vir pra cima, mas de forma descoordenada, o Corinthians, como tem sido praxo com Carille, "deixou" a posse um pouco mais com o adversário, o que é sim perigoso, mas não é o melhor jogo do time campineiro, como se sabe, a Ponte joga melhor explorando as pontas, as bolas esticadas para Lucca e Pottker. Mas além de recuar, o time começou a fazer faltas imbecis, e tendo somente Cássio e a dupla de zaga não pendurada, as faltas tolas são ainda mais recrimináveis, em dois minutos, o time perdeu dois de seus principais jogadores pra decisão na Arena, Gabriel (ok, esse por milagre não recebeu cartão na decisão ante o SPFC) e o autor do gol, Rodrigo. Após isso, o time pareceu entender o que dissemos aqui, que não há necessidade de dar campo ao adversário, quando se tem no mínimo o mesmo nível que ele e terminou melhor a etapa inicial.



Na etapa final o Timão esteve ainda mais arrasador, se no primeiro tempo, ali pelo meio da etapa o time rateou, deu campo pra Ponte e tomou dois cartões, o domínio foi completo. Até que numa jogada individual espetacular, Rodrigo arrancou pela ponta esquerda, passou pela defesa praticamente inteira da Ponte e rolou pra Jadson fazer. Após isso a equipe da casa ficou ainda mais desnorteada e o Corinthians dominou por completo, tirou de campo Gabriel pra evitar expulsão. Mas o jogo seguia todo do Corinthians, que acabou fazendo ainda o terceiro gol aos 34, na cobrança de lateral de Fagner, onde a bola passa pela falha defesa adversária e alcança novamente ele, Rodriguinho, o craque da partida, um cara que, apesar de muitos (sabem-se lá o por que) não irem com a sua cara, vem fazendo a diferença pro Corinthians, entrar no meio da área e marcar de cabeça. Rodrigo vem se mostrando um jogador completo, valeu a pena mantê-lo e valorizá-lo.



E foi assim que o time colocou em Campinas as duas mãos na taça, futebol é futebol e não se pode dar "100%", mas ouso dar 99.8% de chance de título ao Corinthians, até por que, dificilmente este vai se expor a ponto de ser goleado pela Ponte, se tem uma tecla que batemos aqui, até em tom de crítica, é que esse time tem tática, por vezes, tática até demais, como contra o Inter.

E foi justamente por "subverter" essa tática que o time abriu essa expressiva vantagem de 3 x 0 na casa do adversário. Após o primeiro gol, como já dito, o time se postou atrás dando espaço, mas os cartões acordaram o time, a atitude quando o time tinha a bola acordou o time no sentido de que dá sim pra jogar, dá pra "administrar" o resultado querendo ampliá-lo e não com a corda no pescoço. Dá sim pra saber jogar quando se é superior tecnicamente. Não há razão pra se diminuir, essa foi a diferença fundamental deste confronto de "mata" com o duelo ante o Inter, onde o time se limitou, a "tática" é bem vinda, sobretudo quando se enfrenta um adversário tecnicamente superior, vencemos um Derbi dessa forma. Mas quando se é superior, o correto é mostrar isso durante os 90 minutos e na maior parte deles, o Corinthians o fez, para 40 anos depois, muito provavelmente, erguer de novo contra a Ponte a taça.


Antes de finalizar eu queria fazer apenas uma colocação rápida. Será que parte da torcida não está "sangrando" demais com esse negócio de "quarta força" não? Será que todo torcedor do Corinthians olhava para o elenco no começo do ano e dizia que era time pra ganhar tudo, "galáctico"? Pera lá minha gente, ninguém aqui acha o time espetacular, além do mais, estamos prestes a erguer a taça do CAMPEONATO ESTADUAL, temos ainda todo um campeonato de pontos corridos pela frente e é nos pontos corridos que se vai medir a regularidade do time e o quão forte é o elenco, além de um mata-mata continental, que é a Sulamericana, o ano está só começando, não há que se vangloriar de nada agora.




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Foto: GazetaPress. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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