Amigos! Nação Corinthiana! Estamos de volta, agora não menos críticos (afinal, não somos comentarista de resultados) mas bem mais felizes e aliviados. O Corinthians confirmou neste Domingo (23) na Arena Corinthians a classificação que tinha encaminhado no Morumbi, o primeiro tempo transcorreu tenso até o gol que praticamente matou o aniversário no fim (com polêmica, vamos falar disso) e na etapa final aí sim, a postura do time foi mais próxima da que consideramos interessante e o São Paulo até chegou ao empate, mas ficou nisso, 1 x 1 e reedição da decisão de 77 no ano em que se completam 40 anos daquele duelo épico que representou a talvez principal, das históricas guinadas na história do clube.


Como dito na introdução, não gostei do primeiro tempo, apesar de seu desfecho e apesar de as principais chances terem sido do Corinthians, o adversário teve espaço e se tivesse criado mais, se tivesse sido mais feliz na escalação (eles escalaram dois centroavantes, mas ficaram sem jogadas pelas pontas para acioná-los) poderia ter causado sérios problemas.

Até a metade da etapa inicial o adversário teve o domínio territorial, controlou, a bola rondou, mas nada efetivo, Cássio não sujara seu chamativo uniforme. Após isso, o adversário sim passou a levar perigo e exigiu de Cássio boas intervenções. Mas como já dito, as principais chances foram do Corinthians, a principal delas com Romero, que acertou a trave de Renan. 

No finalzinho da etapa inicial a polêmica, uma "vantagem" após "falta" (é complicado avaliar, se o lance seguiu com a bola em posse do adversário) o lance seguiu, a bola voltou pro controle do Corinthians e falta lateral pro time bater no último lance do primeiro tempo, bola levantada, na batida estava em impedimento, não há discussão quanto a isso, a dúvida é se Pratto desvia a bola, se sim (e aí é que o fanatismo adversário e de quem SECA entra) não existe "invenção de regra pra favorecer Corinthians", existe uma regra estabelecida que ao desvio, gera-se um novo lance. E foi o que aconteceu, neste novo lance Jô não estava impedido e o gol foi legal. A dureza é saber de onde a arbitragem tirou a convicção de que o avante adversário desviou a bola, do movimento? Enfim, honestamente essa dúvida nem a TV (até o final desta edição) me tirou, o que importa é que no entendimento da arbitragem do lance, não houve erro, se sim, houve o desvio no camisa 14, o gol é legal, aceitem ou não.


Com o saldo da etapa inicial altamente positivo, com o adversário até tendo o domínio, mas o Corinthians tendo a principal chance e chegando ao gol no fim, o cenário era claro, desespero adversário e o que finalmente me agradou, o time se soltou mais e passou a chegar mais vezes no ataque adversário, criando situações interessantes, com Jadson dando continuidade a todas as jogadas, com Jô segurando, o Corinthians saia muitas vezes tocando após o SPFC rondar o gol e tinha uma situação até certo ponto tranquila no jogo, apesar do clima de tensão em campo cada vez maior.

Das mudanças do adversário, só uma foi realmente feliz, a entrada de Luiz Araujo, mas ainda assim era pouco, ele sozinho teria de cair por ambas as pontas pra municiar Chavez e Pratto, ainda por cima o técnico adversário tirou o melhor de seu time, pra colocar uma aposta. Não que Cássio não tenha trabalhado, trabalhou bem mais que no primeiro tempo e com grandes intervenções, com bola rolando, o camisa 12 vem numa sequência excelente. Mas, é natural, afinal, o SPFC precisava ao menos de dois pra levar aos penais, estranho seria se não atacassem.

Arana, que teve espetacular atuação na defesa acabou cansando e dando lugar a Moisés, este sabemos, é estabanado tadinho, não tem noção tática nenhuma. E demonstrando isso entrou avançando demais e deixando o buraco, perdeu bola e deu a oportunidade para Thiago Mendes fazer grande lançamento na direção de Pratto, este finalizou do jeito que deu, como ótimo centroavante que é, para empatar aos 38 e dar um fio de esperança ao Tricolor. Porém, em seguida o volante rival viria a ser expulso de forma justa, após entrada por trás, sem maldade como tiveram outras, mas passível sim de amarelo, daí em diante foi levar a partida ao fim, sem maiores sustos. Ufa, o time se classificou em casa.



Agora raciocinem comigo, que time vocês gostariam de ver, dentro claro das possibilidades que este Corinthians de 2017 tem? O apático dos 1º tempos ante o Inter e hoje, que mostrou qualidade só em escapadas? O desesperado após sofrer o empate perto do fim no meio de semana? Ou o da etapa final de hoje, que ok, também se defendeu, mas parecia saber o que fazer a cada vez que tinha a bola, que tinha segurança, que sabia a diferença entre jogar SÉRIO e jogar COM MEDO? Não sei pra vocês, mas pra mim a resposta é muito clara.

É claro que a forma como o Corinthians foi eliminado ante o Inter machuca bastante, afinal, como dito naquele texto e em vários outros, o time SE LIMITOU e com isso, acabou sucumbindo a um time inferior tecnicamente. Hoje o time adotar uma postura como essa e até como aquela é mais "compreensível", afinal, o duelo é bastante igual, dentro das potencialidades de cada time, no fim das contas, os dois se equivalem, nas qualidades e nos defeitos, portanto, ceder espaços para um adversário desesperado poderia gerar um gol que diminuiria 40% do caminho pra eles no mínimo, ok. A questão é que o Corinthians não precisa ser sempre a tática, ele pode, como hoje, usar a tática de forma inteligente, não é uma subversão dela e sim um aprimoramento.


Corinthians foi bem como um todo, Pablo ganha cada vez mais notoriedade na zaga, Gabriel finalmente não recebeu cartão, enfim, outros já destacados de alguma maneira. Mas quero rapidamente falar uma coisa sobre Jadson. Jadson lembra muito Danilo, tanto um como o outro são jogadores de qualidade técnica inquestionável, decisivos, que podem decidir em uma bola, ou orquestrar de forma decisiva as partidas, como no caso de hoje. O que mudou tanto em um como no outro no Corinthians? A vontade, a gana de jogar futebol, o sangue correndo nas veias. Compare ambos antes do Corinthians com agora, só não enxerga a diferença quem não quer.

Um recado final para Jucilei, que fez um bom trabalho quando aqui passou, mas parece um tanto confuso. Tudo bem, muito jogador não teve acesso ao ensino, a gente sabe como é. Mas MESMA LINHA não é impedimento. Ou Jucilei tem déficit educacional, ou de caráter, ou não viu nenhum programa esportivo, pois o gol de Jô na ida foi tido como legal em praticamente todas as análises, o que ele confusamente disse no microfone da Globo ao final da partida, não corresponde a verdade.



Por fim, sobre "tática", vem aí a Ponte Preta revivendo 77, que com totais méritos e muita qualidade, sobretudo no aspecto ofensivo, eliminou Santos e Palmeiras. Como jogar em Campinas? Esse padrão tático por nós adotado "encaixa" com o jogo da Ponte? O duelo na primeira fase pode ser uma indicação. O que sei é que este duelo em mim deixa e deixaria ainda mais se fosse o técnico, profundas dúvidas. Vejamos qual será a "tática", a postura e o que traremos de Campinas, sem nenhuma demagogia, NÃO HÁ favorito nessa decisão.



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Foto: GazetaPress



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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