Caros amigos, torcedores da seleção brasileira, vamos repercutir aqui mais uma vitória da seleção canarinho, desta vez diante do Paraguai pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo Rússia 2018. O jogo foi disputado na Arena Corinthians em São Paulo e mais uma vez o Brasil teve uma bela atuação. As vezes algumas dificuldades, mas o importante é que o time consegue crescer e buscar jogo durante a partida. Hoje (ontem) foi mais um caso. Vamos ao jogo.

Brasil foi escalado por Tite com Alisson, Fagner, Marquinhos, Miranda, Marcelo, Casemiro, Paulinho, Renato Augusto, Philippe Coutinho, Neymar e Roberto Firmino. Um 4-1-4-1 que Tite tanto gosta, com dois pontas de velocidade e habilidade, que fazem bem infiltração indo em direção ao gol, etc. Um volante fixo no caso do Casemiro que permite que os laterais apoiem mais o ataque. Mas não foi com todos esses ingredientes que o jogo começou. Do outro lado estava um "desesperado" Paraguai. Sabia do perigo de enfrentar a seleção brasileira em seus domínios e para isso, Francisco Arce armou um sistema de marcação para conter as subidas do meio de campo do Brasil, bem como "segurar as pontas". Estava dando certo.

O Brasil não conseguia ter aquela chance clara. Quem a teve primeiro foi o Paraguai em chute cruzado que passou à direita de Alisson, mas foi apenas esse o susto. O maior problema estava em tentar furar um ferrolho paraguaio muito bem plantado em seu campo. Brasil chegava na intermediária ofensiva, mas era desarmado sem ter a chance de concluir a gol. As jogadas muitas vezes começavam com Fagner pela direita e terminavam em um Marcelo até então engolido pela marcação. Foi então que o Brasil começou a ser Brasil. Buscar alguma jogada treinada, rápida, entrosada, que desmonta qualquer ferrolho. Com Neymar? Não. Philippe Coutinho arrancou pela direita, tocou para Paulinho que devolveu de calcanhar para Coutinho arrematar para o fundo das redes: golaço.

Philippe Coutinho comemora seu gol com Neymar (uol.com)
E assim terminou a primeira etapa. Tite voltou com Thiago Silva no lugar de Marquinhos, algo que deu um frio na barriga de quem acompanhou o zagueiro que atua pelo PSG da França. Mas o Brasil queria matar o jogo a qualquer hora e foi para cima. Neymar conduzia bem a bola quando foi desarmado dentro da área e o juiz equivocadamente assinalou a penalidade. O próprio cobrou e o arqueiro defendeu. A tendência seria o Brasil sentir o golpe e recuar, mas não foi isso. Temos um técnico, alguém que transmite confiança para os jogadores, alguém que insiste que não desistam. Se Neymar não conseguiu na marca da cal, arrancou do campo de defesa deixando um corredor paraguaio para trás, gingou dentro da área para deslocar a marcação e finalizou para o gol. A bola ainda desviou no marcador antes de morrer no fundo da rede do Paraguai.

Neymar celebra belo gol (uol.com)
Outra qualidade dessa "nova" seleção brasileira é o fato de estar sempre buscando ampliar o marcador. Não importa a altura do jogo, não importa o adversário, o que importa é estar cada vez mais distante no placar. Não faltaram jogadas de diversos tipos e estilos para ampliar. Teve gol bem anulado do Neymar, teve jogada de escanteio com Thiago Silva e Miranda, teve chute de fora e de dentro da área com Paulinho, mas estamos falando de futebol. Futebol que as vezes premia até aqueles que não vinham bem na partida. Lembram do Marcelo? Não estava bem mesmo! Mas recebeu belo passe de Paulinho após mais uma bela troca de passes da seleção brasileira para decretar o 3x0. Três belos gols! Três gols com a cara de seleção brasileira que muitos cresceram assistindo. Fim de papo!

Mais um jogo bom da seleção. O começo foi difícil, mas o time parece que se acostumou a crescer durante as partidas em que a dificuldade aparece. Foi assim contra a Argentina em que eles ameaçaram pressionar. Foi assim contra o Uruguai, buscando um resultado fora de casa contra um grande adversário. Contra o Paraguai um teste de paciência para buscar alguma alternativa para furar uma retranca que impunha muita dificuldade para a criação. Foi então que apareceu o talento. O talento individual, mas que está sendo implantado em pró do coletivo. Traduzindo: toda e qualquer "firula" está sendo feita em direção ao gol - seja de Neymar, Coutinho, Paulinho, etc. Uma geração que muitos criticavam por não ter talento começa a mostrar as caras. Dificuldades impostas, dificuldades superadas.

O grande mérito dos jogadores e do técnico Tite é tornar a seleção um conjunto que funciona muito bem. Não é mais "bola no Neymar". Agora é bola para o Coutinho, bola para o Firmino, bola para o Paulinho, para o Marcelo, etc. Claro que Neymar é o grande jogador deste time, mas o importante é notar que o coletivo começa a ganhar destaque. Quem acompanha os times de Adenor Leonardo Bacchi aqui no Brasil sabe muito bem que quando o coletivo começa a superar a "dependência individual", a equipe passa a ser dura de ser vencida. Claro que podemos perder, não existe time invencível. Mas vamos competir e muito bem. Se tende a evoluir? Então só tendo a ficar otimista! Bom demais ver o Brasil voltar a jogar como Brasil!


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Leonardo Paioli Carrazza

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