Parlamentares estão
com “vergonha” da Reforma da Previdência
Trabalhar por 49 anos para receber o teto da aposentadoria, o total da média aritmética resultante de todos os salários pagos pelo empregador ao contribuinte que, necessariamente, terá de comemorar Bodas de Prata ou 25 anos de um sufocante, degastador e opressivo casamento com o INSS, são alguns pontos da principal reforma, pós Emenda do Teto dos Gastos, do Governo Temer. Mesmo sendo primordial e, de certa forma, angular, a Reforma que, estritamente segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem que ser aprovada nos moldes do texto original enviado pelo Governo ao Congresso Nacional, como consequência de “dias de trovão” no PMDB e por estarmos em ano precedente a eleições nacionais, deverá sofrer modificações, além do risco de um possível retardamento por parte dos parlamentares. Temendo uma reação não tão agradável assim por parte do eleitorado, eles estudam aprovar por afogadilho ou, até mesmo, não aprovar a medida.
Trabalhar por 49 anos para receber o teto da aposentadoria, o total da média aritmética resultante de todos os salários pagos pelo empregador ao contribuinte que, necessariamente, terá de comemorar Bodas de Prata ou 25 anos de um sufocante, degastador e opressivo casamento com o INSS, são alguns pontos da principal reforma, pós Emenda do Teto dos Gastos, do Governo Temer. Mesmo sendo primordial e, de certa forma, angular, a Reforma que, estritamente segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem que ser aprovada nos moldes do texto original enviado pelo Governo ao Congresso Nacional, como consequência de “dias de trovão” no PMDB e por estarmos em ano precedente a eleições nacionais, deverá sofrer modificações, além do risco de um possível retardamento por parte dos parlamentares. Temendo uma reação não tão agradável assim por parte do eleitorado, eles estudam aprovar por afogadilho ou, até mesmo, não aprovar a medida.
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Imagem: QUADRINSTA (@Quadrinsta no Instagram e no Twitter) |
A Proposta de Emenda Constitucional 287 enviada por Michel
Temer ao Congresso Nacional faz parte dos planos de restabelecimento do
crescimento econômico e, para ele, a solução do velho problema envolvendo a
seguridade social. Nesse momento, a Reforma se encontra em uma Comissão
Especial da Câmara Federal, e vinha caminhando tranquilamente, da forma que
planejaram Temer e Meirelles. Nas contas do Palácio do Planalto, a medida deve
ser aprovada ainda esse semestre, entretanto a aparente falta de ânimo com que
deputados estão levando esse 2017, com pouquíssimas ou quase nenhuma das
comissões da Casa instaladas, e os recentes conflitos de interesse entre
Executivo e Legislativo, contribuem para o retardamento dessa que é mais uma
imposição polêmica do Governo Temer.
Apresentada em 05 de dezembro do ano passado e,
apressadamente, aprovada a sua admissibilidade dez dias depois, o texto
original propõe alteração de, no mínimo, oito artigos da Constituição de 1988. Pontos
como o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para se obter o beneficio,
sem discriminação de gênero; 25 anos de contribuição ao INSS, também sem critérios
e discriminação em relação ao diversos tipos de ofícios; a desconsideração com
classes notoriamente importantes, como professores e agentes de segurança, que há tempos sofrem com o descaso do Poder Publico, e o ponto áureo que
esclarece as motivações da reforma, o total sucateamento da Previdência para a penetração
das previdências privadas, ou equiparação do Privado e Publico, como vem sendo
divulgado no “minuto da Previdência” de circulação em cadeia Nacional de TV e Rádio.
Fato é que a Reforma, mesmo sendo intensamente tratada como
fundamental por Meirelles, que já chegou ameaçar de aumentar impostos e cortar
repasses para programas sociais caso ela não seja aprovada, está enfrentando
certa resistência no Congresso. Mesmo o Presidente Temer tendo uma base, em
tese, grande e sólida, e todos divulgando um possível andamento acelerado da
Reforma, ela, a PEC 287, mexeu com aquilo que nenhum politico admite: perder
voto, ainda mais quando o “pepino” não é de sua autoria. Em linhas gerais, há
parlamentares querendo evitar a Reforma com medo de retaliações nas eleições
gerais do ano que vem. O medo é tanto
que senadores, inclusive da base de Temer, estudam apoiar a possibilidade de
instaurar uma CPI no Senado para investigar os números da Previdência e,
curiosamente, essa CPI foi um pedido da oposição no Senado. Chefiada pelo
senador Paulo Paim (PT-RS), a CPI é vista como uma boa cortina de fumaça para o
retardamento da Reforma. Atrasar também parece ser um ótimo caminho para os
parlamentares.
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Imagem: QUADRINSTA (@Quadrinsta no Instagram e no Twitter) |
Por outro lado, a instauração dessa CPI só será levada a
serio, caso o presidente acalente os ânimos com Jucá e acabe com o isolamento
de Calheiros. O ex-presidente do Senado anda choramingando por ter sido deixado
de lado pelo Presidente da Republica, principalmente quando houve as mudanças
na Secretária de Governo, a indicação do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), e
na pasta da Justiça com Osmar Serraglio (PMDB-PR), quando o Temer não o
consultou para as escolhas. Jucá ainda questiona o intenso alinhamento do
Planalto com o PSDB nos últimos meses. Para o senador, essas ações do
Presidente elevaram o clima dentro do PMDB, partido presidido por ele.
Outra situação apresentada para o andamento da Reforma da
Previdência é o vergonhoso afogadilho. Infelizmente eles também trabalham com o
pensamento de aprovar a medida sem muitas discussões e debates, de forma que o
tempo entre a sua sanção e as eleições de outubro do ano que vem, seja
suficiente para que os nomes de senadores e deputados caiam no esquecimento do
eleitorado.
Nessa próxima semana, deputados poderão, ainda, apresentar
emendas a PEC 287. Até o momento, foram apresentadas 57 emendas e boa parte
delas tentam preservar direitos presentes na legislação atual, e que o texto
pretende alterar. Lembrando que a CPI, caso instaurada, será no Senado, e não
na Câmara.
Os caminhos para uma possível aprovação, por
enquanto, são dois e eles levam, sempre, para a satisfação de interesses
pessoais e falência do coletivo, especialmente se esse coletivo for fraco e considerar
um mundo cada vez mais retrógrado, colorido e globalizado.
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Brilhante como sempre, apenas acho que eles não estejam com vergonha do ABSURDO texto da "Reforma" e sim da forma como a população reagirá, se for EFETIVAMENTE ORIENTADA sobre esse acinte.
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