Deixando a
“casmurricidade” de Machado de lado, parece que o nosso recente indicador de
posicionamento politico da população brasileira mostrou que, sim, podemos
melhorar
Assim que apontou o aumento de míseros, porém
indispensáveis, R$ 0,20 centavos nas tarifas dos transportes públicos de boa
parte do país em 2013, o brasileiro rememorou tempos que precederam a
redemocratização na década de 80, e tomou as ruas no que parecia um, enfim,
acordar da inércia que por tempos estávamos acostumados. E de fato, desde
então, vimos as pessoas ocuparem as ruas em levantes apartidários, com
discursos abrangentes e que questionava, de modo geral, as muitas deficiências
na administração do Estado. O Brasil se admirava com o contingente de pessoas
que as primeiras manifestações conseguiam convocar às ruas. Entretanto, como já
somos condicionados a viver sob a aura em que interesses apropriam-se de tudo,
os movimentos logo perderam a essência do respeito pela diversificação das
bandeiras levantadas e descarrilaram para os trilhos da polarização,
intolerância e subordinação, pontos áureos para o êxito da manipulação.
As cenas que sucederam mostraram que o inicio daquele que
parecia ser o despertar da inércia foi corrompido e movimentos de nomes
populares como “Vem pra rua!” e “MBL – Movimento Brasil Livre” assumiram
os levantes como sendo seus, iniciando o obscuro oficio de pautar todas as
intervenções populares realizadas até recentemente. Nesse meio tempo, três anos
de muita turbulência política, uma suposta difusão do conhecimento político entre
todas as classes, de repente todos começaram, por meio do senso comum, a
discutir “Política”, a Instituição que para alguns, é angular em qualquer
Sociedade. Fato é que uma Presidente foi
deposta, lideres desses movimentos assumiram o suprapartidarismo e ocupações em
muitos Legislativos Municipais, um juiz foi endeusado e a população
ilusoriamente, por vezes representados por marrecos, discursavam a sua ingênua
participação nas realizações dos mesmos e antigos interesses.
Há pouco mais de um ano, esses mesmos movimentos conseguiram
levar as ruas, segundo institutos de pesquisas e Policia Militar, o maior
número de pessoas da história do País. A adesão à derrubada de Dilma Vana Rousseff
e do Partido dos Trabalhadores foi enorme, gigantesca, deu o aporte para
espetáculos circenses como o do dia 17 de abril do ano passado e seguridade
para a fragmentação da Constituição como houve em 31 de agosto, quando Ricardo
Lewandowski, ex-presidente do STF, permitiu que se julgasse a inelegibilidade
da ex-presidente Dilma a parte, quando a Carta Magna diz que o presidente
deposto também deve ter seus direitos cassados.
Assim que Dilma caiu, alterou-se o foco para o apoio
incondicional ao combate à corrupção promovido pela figura de Sergio Fernando
Moro, o chamado por alguns de “juizeco”. Com sua imparcialidade exalante apenas
as narinas entupidas, o juiz é o principal comandante do que, até a ultima
manifestação do domingo (26), sustentava “Vem
pra Rua!” e “MBL”, a manutenção
dos avanços da Operação Lava Jato.
Tivemos manifestações em que ele, o Moro, foi aclamado e convocado a
lançar sua candidatura à presidência ano que vem. Assim como também houve, em boa parte delas,
a discussão de uma intervenção militar que, para esses manifestantes, poderia,
sim, ser comandada por aquele militar aposentado batizado em aguas israelitas.
O mesmo que já é considerado uma figura mítica nas redes sociais.
Esse ano, 2017, precedente a ano eleitoral, mudanças têm sido
impostas e igualmente repudiadas pela opinião publica. Os movimentos que,
atualmente, se fecham em pautas como o fim do Foro Privilegiado, contra a
anistia ao Caixa 2 e a possibilidade de uma lista fechada, estão perdendo
força, ou melhor, retomando aos seus devidos lugares. Estranhamente, nessas
manifestações, Reformas como a da Previdência e Trabalhista, e a recente
Terceirização irrestrita, impostas pelo Governo Temer, são constantemente
suplantadas pela tal intervenção, a prisão daquele que é réu em cinco ações
diferentes e a exploração do nióbio. Enfim, que eles continuem na luta dessas
causas, enquanto boa parte, agora, segue para o caminho do real combate.
Em contrapartida, as Forças e Centrais Sindicais
intensificaram ações de combate a essas políticas reformistas de Temer, e têm
levado números consideráveis às ruas. Assim como no ultimo dia 15 de março,
quando houve uma paralisação de alguns setores de produção e prestação de
serviços, elas já marcaram outra para a próxima sexta-feira, 31 de março.
Por fim, a polarização ainda persiste, mas parece que o lado
da maioria mudou. Na democracia, às vezes, a maioria é convidada a decidir os
caminhos, os rumos que se sucederão. Bem, talvez o fiasco de domingo serviu
para mostrar que os caminhos, os rumos, a partir de agora, serão de menos verde
amarelo e picuinhas em relação ao nióbio, castração química e revogação de
Estatuto de desarmamento, e passarão a efetiva participação em combater os
avanços de ideias cada vez mais retrógradas
da atual Política Nacional.
É isso, muito bem colocado e é importante a adesão plena da população a esse movimento que não é comandado por "Alexandres Patos", nem por figuras patronais que buscam o poder sabe-se lá pra quê?
ResponderExcluirMesmo com medo de perderem seus empregos, é hora do TRABALHADOR que se vê e verá afetado por essas "Reformas" patéticas de determinam O FIM DA SEGURIDADE SOCIAL no Brasil, irem ás ruas e pressionarem este "Governo" e o Congresso. Em toda América Latina, a população está se levantando contra a Onda Conservadora e mesmo enfrentando o medo e a desinformação, o povo precisa e pode se levantar e protestar DE VERDADE.